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Desvendando o Universo



 

“Na era das viagens espaciais, somos os responsáveis por levar a juventude no caminho das estrelas” – disse José Mariano da Rocha Filho, ao inaugurar, em 14 de dezembro de 1971, o Planetário da UFSM. Hoje, mesmo passadas quase quatro décadas de sua inauguração, o local continua sendo um ponto de referência dentro da UFSM, despertando o interesse e atraindo pessoas de diferentes lugares. Muitos creditam essa procura ao seu peculiar projeto arquitetônico, rabiscado em um guardanapo por Oscar Niemeyer e entregue ao fundador da instituição. Entretanto, o fascínio que o local exerce está muito mais relacionado ao tema com o qual trabalha: o universo, algo que deslumbra e ao mesmo tempo assusta os seres humanos, por seu caráter desconhecido, desde épocas remotas.

Em 2011, o Planetário passou por reformas. Com o intuito de modernizar seu sistema de exibição, houve a troca do antigo projetor Spacemaster pelo Digistar 4 que possibilita a visualização dos astros segundo a perspectiva de outros lugares do universo, e não somente da Terra. Além disso, o sistema possibilita, através de seus recursos multimídia, o ensino de diversas outras áreas do conhecimento, como história, arquitetura, engenharia, geografia, biologia e anatomia. Junto com essas modificações, está programada a reinauguração do Museu Interativo de Astronomia (MASTR).

De galeria a Museu: a criação

Desde 1998, o segundo andar do Planetário, que originalmente seria dedicado a uma galeria de quadros sobre astronomia, abriga o MASTR. A ideia da criação do Museu surgiu ainda no ano de 1998, no qual o atual diretor do Planetário, Francisco José Mariano da Rocha, assumiu o cargo “Resolvi usar aquele espaço para algo que eu tinha visto quando visitei o Museu de História Natural de Londres, e outros museus de ciências nos EUA, Portugal, Alemanha e Inglaterra”. A Disney também foi, segundo Francisco, uma das inspirações para o local, pois um dos objetivos do MASTR é aliar diversão e conhecimento.

Galeria do Museu Interativo de Astronomia. Imagem: cedida por José Mariano da Rocha Filho.

“A ideia começou de uma maneira muito simples, com poucos instrumentos, todos feitos por mim, os monitores e os voluntários. Quando recebemos o espaço, nem as todas as paredes estavam completas, não era pintado, não tinha piso”, afirma o diretor do Planetário. Até hoje, a primeira turma de voluntários que auxiliou na construção no Museu é lembrada, através de um quadro com os nomes.

As estações do saber

O Museu objetiva, além de despertar o interesse dos alunos pela ciência, fazer com que eles busquem mais. O ambiente, com a exploração das nuances entre claro e escuro foi criado, nas palavras de Francisco, para mostrar aos alunos que existe uma parte velada, que teria de ser procurada fora do museu. Ainda, segundo ele, o Museu é mais que um passeio, é uma aula, que serve de complemento ao ensino de Geografia e Física de ensino fundamental e médio.

O MASTR apresenta ao público a origem, a evolução, as características e as leis que regem o sistema solar, bem como a evolução do conhecimento astronômico desde o início da civilização até a conquista espacial. O Museu, em forma de anel galeria escura, está dividido em dez estações que exploram as diferentes temáticas ligadas à astronomia. Durante um passeio pelas estações, o visitante pode, por exemplo, descobrir quanto pesa um quilo em cada um dos planetas, ou observar a distância que pode ocorrer entre as estrelas de uma mesma constelação, entender o eclipse, através de experimentos com luz e sombra, aprender sobre a extinção dos dinossauros, além de inúmeras outras coisas.

Reestruturando para melhor ensinar

Desde março, o Museu está fechado para reformas. A previsão é de que a reabertura seja ainda este mês. Quase a totalidade dos experimentos foi melhorada. E o grande diferencial é, segundo Francisco, a colocação de um planetário no local “Ao contrário dos outros locais, onde o antigo projetor é tirado e vira peça de museu, nós colocamos ele numa outra cúpula adaptada que nós chamamos de Cúpula Santos Dumont”. O aparelho permite a projeção de um céu artificial que ainda pode ser utilizado para aulas. Mas Francisco alerta que o Museu e o Planetário, apesar das reformas, ainda não estão prontos “Nunca vamos dizer que o museu e o Planetário estão prontos. O bom é dizer que eles nunca estão prontos e nós estamos sempre buscando, melhorando. O nosso objetivo é esse”.

 

Mesa do novo projetor. Imagem: cedida por José Mariano da Rocha Filho.

As visitas ao Museu Interativo e ao Planetário são agendadas. O agendamento pode ser feito pelo telefone 3220 8226. Mais informações pelo site www.ufsm.br/planetario

Repórter:

Julia Do Carmo – Acadêmica de jornalismo.

Edição:

Lucas Durr Missau – Jornalista.

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