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Laboratório Corpus promove seu 17° seminário



Política de Línguas e acontecimento discursivo: este é o tema do 17° Seminário Corpus, que acontece dia 10 de novembro, no Miniauditório do Programa de Pós-graduação em Letras (PPGL/UFSM), sala 3223 do prédio 16 (Centro de Educação – CE), com início às 14h30min.

A conferência de abertura “Museu da Língua Portuguesa: arquivo e acontecimento discursivo” será proferida pela professora Drª. Lucília Maria Souza Romão (USP-Ribeirão Preto), que estará lançando seu livro: Exposições do Museu da Língua Portuguesa.

Na mesma tarde, ocorrerá a conferência de encerramento, “Sentidos da língua nacional nos anos JK”, com a professora Vanise Medeiros (UFF), representante do LAS – Laboratório Arquivo do sujeito (UFF).

Após essas participações, às 17h, acontece uma reunião de trabalho com o tema Primeira discussão sobre Laboratórios em rede, que contará com a presença de integrantes dos Laboratórios Corpus (UFSM), E-L@DIS (USP Ribeirão Preto) e LAS – Laboratório Arquivo do sujeito (UFF).

A promoção do evento é da Linha de pesquisa Língua, sujeito e história-PPGL, dos Laboratórios participantes da discussão, do Departamento de Letras clássicas e Linguística, e conta com o apoio do Laboratório Entrelínguas e da Pró-reitoria de Extensão.

Para inscrições e mais informações, enviar e-mail para labcorpus@hotmail.com.

 

Lançamento do livro – Lucília Maria Sousa Romão, autora da obra Exposições do Museu da Língua Portuguesa, é livre-docente em Ciência da Informação na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. É bolsista Pq do CNPq. Especialista em Análise do Discurso, atua principalmente na investigação de materialidades discursivas ligadas aos seguintes temas: memória, mídia, questão agrária, textualidade digital e leitura. Coordena o Grupo de Pesquisa Discurso e memória: movimentos do sujeito, cadastrado junto ao Diretório de Grupos do CNPQ, e o E-L@DIS, Laboratório Discursivo – sujeito, rede eletrônica e sentidos em movimentos, financiado pela FAPESP.

No livro, Lucília propõe uma discussão sobre a noção de arquivo discursivo a partir de Michel Pêcheux, entendendo-o em sua espessura histórico-ideológica e em sua instância política constituída por clivagens subterrâneas, nas quais está em curso o tenso jogo entre a paráfrase e a polissemia.

De posse dos conceitos de língua, sentido, sujeito e arquivo, a autora analisa recortes de sequências discursivas materializadas nos catálogos oficiais, na página eletrônica do Museu da Língua Portuguesa e das suas exposições literárias. Ela aposta que a cada exposição, um “campo de documentos sobre uma dada questão” é combinado, composto e articulado para, em seguida, ser desmontado e dar-se como perdido, restando apenas registrado em fotografias.

Para que tal trabalho seja possível, a função da curadoria faz falar uma posição-sujeito importante nas exposições em geral e nessa em particular, visto que é a voz que idealiza, recorta, monta, arquiteta e desenha o modo como os sentidos de e sobre um objeto discursivo devem ser colocados em circulação; assim, é lugar de autoridade que entrelaça o começo e o comando de um arquivo ou do vir-a-ser em uma instituição de memória. Nessa posição discursiva, o sujeito precisa lidar com o caos e, simultaneamente, com a ilusão do todo; no primeiro caso, porque o material de uma exposição encontra-se espalhado por lugares nem sempre sabidos, ou seja, documentos, poemas, depoimentos, fotografias, registros privados, quadros, telas, passagens biográficas materializados em instituições diversas e não apenas nelas, pois há uma série de campos de documentos espalhados também na esfera privada em caixas, gavetas, pastas e armários ainda não abertos ao público.

O curador lida, então, com o disperso, o errante e o fugidio. Ao mesmo tempo, trabalha na tentativa de constituir uma instalação, exposição, montagem que dê conta de apresentar tudo sobre o seu tema, ilusoriamente tudo; nesse ponto, joga com a suposta completude do que irá tecer e acredita na unidade de sua construção, marcando-a com o efeito ideológico de continuidade, unidade e conclusão. Esse tudo-de-dizer constrói-se a posteriori, ou seja, no momento da exposição pronta e acabada, e fica retinindo como tal enquanto ela durar, melhor dizendo, no acontecimento discursivo da exposição literária do Museu da Língua Portuguesa. Depois de desmontada a exposição, o caos volta a se espalhar e os documentos perdem o fio tecido pela voz do curador, sendo devolvidos aos seus lugares de origem. Está encerrada a visitação.

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