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“Não há motivos para pânico”, diz professora da UFSM sobre fraude no leite



Na última quarta feira (8), foi descoberta uma fraude no leite no Rio Grande do Sul. A fraude consiste na adição de água e ureia ao leite, para aumentar o volume do produto sem que perca as suas características. A ureia contém formol em sua composição, que é considerado cancerígeno pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o que causou grande polêmica. Porém, segundo a professora Neila Richards, do Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos, não há motivos para preocupações.

Jonas Migotto – Beber o leite contaminado pode trazer algum prejuízo à saúde?

Neila Richards – Existem dois tipos de ureia. A ureia usada para a alimentação de ruminantes, que não contém formol, e a ureia usada em fertilizantes, que contém formol. Esta era a ureia usada no leite. Mas a quantidade que chega ao consumidor é muito baixa, não há motivos para pânico.

Só há motivos para preocupações se a pessoa ingerir 10 litros por dia, durante 50 anos, ou seja, apenas se ingerir uma quantidade muito grande. Nesse caso, poderá ter diversos tipos de câncer. Ingerindo normalmente esse leite, o único problema que pode ser causado é um desconforto. O maior problema é moral. O consumidor está sendo enganado, pois esse leite não nutre.

J. M. – Quais as dificuldades para detectar esse tipo de fraude?

N. R. – A ureia é rica em nitrogênio. A proteína também. A ureia, na mesma quantidade da proteína, engana o equipamento de análise. Apenas um analista muito experiente seria capaz de detectar a fraude.

Não é possível fazer análise de cada produtor e de cada carreta que chega. Faz-se apenas uma amostragem. Só se faz uma análise de fraude se houver desconfiança.

J. M. – É possível que aconteçam fraudes como essa no leite produzido na UFSM?

N. R. – O leite da Usina Escola de Laticínios da UFSM é pasteurizado, nesse tipo é mais difícil de acontecer fraude. Quando há uma desconfiança, faz-se uma análise de fraude, e se houver suspeita dessa e de outras fraudes, o leite é descartado.

J. M. – Que atitudes devem tomar os consumidores que adquiriram leite do lote contaminado?

N. R. – Os consumidores que adquiriram o leite do lote contaminado podem trocá-lo com a nota fiscal, caso não possuírem a nota, devem procurar o PROCON, no telefone (55) 3217.1286.

Foto: Ítalo Padilha.

Repórter: Jonas Migotto – Acadêmico de Jornalismo.

Edição: Lucas Durr Missau.

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