O professor Érico Marlon Flores, do Departamento de Química da UFSM, proferiu uma palestra no 7º Encontro Nacional da Farmacopeia Brasileira, o qual foi promovido em Brasília, nos dias 16 e 17 de dezembro, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Tendo como título “Determinação de contaminantes inorgânicos em insumos farmacêuticos”, a palestra foi ministrada no segundo dia do evento. Nela foram apresentados resultados recentes na área de controle de medicamentos e as principais tendências para o controle de impurezas inorgânicas em matérias-primas, medicamentos comerciais e componentes fitoterápicos.
Durante a palestra, o professor Érico Flores apresentou diversos métodos analíticos recentemente desenvolvidos no Laboratório de Análises Químicas Industriais e Ambientais (Laqia), grupo que coordena na UFSM. O laboratório usa energias alternativas como ultrassom e radiação microondas na etapa de preparo e decomposição de amostras para posterior determinação de metais pesados e halogênios em medicamentos.
Participam do trabalho apresentado os professores Juliano Barin, do Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos, bem como os professores Edson Müller e Paola Mello, ambos do Departamento de Química. Há ainda alunas participantes do Programa de Pós-Graduação em Química: as acadêmicas Aline Müller e Rochele Picoloto.
O professor Érico é membro titular do Conselho Deliberativo da Farmacopeia Brasileira e do Comitê Técnico-Temático de Excipientes e Adjuvantes da Anvisa. Têm desenvolvido diversas monografias, algumas inexistentes em outros compêndios oficiais, para o controle de impurezas inorgânicas em medicamentos e insumos. Outros trabalhos seus na mesma linha de pesquisa receberam prêmios em congressos nacionais e internacionais, sendo parcialmente decorrentes de uma patente internacional cujo produto tem sido utilizado por laboratórios de vários países.
Entre os métodos apresentados no evento, o sistema de combustão iniciada por microondas recebeu destaque em vista das vantagens frente aos métodos tradicionais. Empregando este método, totalmente desenvolvido no Laqia, é possível a decomposição completa de amostras orgânicas, possibilitando a determinação de elementos em baixa concentração, praticamente livre de interferentes. Como não é necessário o emprego de reagentes concentrados, há uma sensível redução no volume de resíduos de laboratório, atendendo às recomendações e tendências atuais dos métodos de controle de qualidade.
Além do professor Érico, o Laqia é coordenado também pelos professores Cezar Bizzi, Edson Muller, Fábio Duarte, José Neri Paniz, Paola Mello e Valderi Dressler. Conta ainda com a colaboração do professor Juliano Barin e de diversos alunos do Programa de Pós-Graduação em Química da UFSM.
