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Projeto de extensão Esperançando retoma atividades e busca voluntários



Oficina de zines foi uma das atividades realizadas com os adolescentes antes da pandemia

O projeto de extensão da UFSM Esperançando retomou nesta semana suas atividades, que, em razão da pandemia de Covid-19, continuam sendo desenvolvidas de forma remota. Na quarta-feira (17), a equipe do Esperançando realizou a primeira reunião do ano com as equipes diretivas das duas instituições de acolhimento de Santa Maria, o LaMi (Lar de Miriam e Mãe Celita) e o Aldeias SOS. Nessa reunião, as equipes das instituições de acolhimento foram convidadas a avaliar as ações realizadas pelo Esperançando em 2020.

Por conta da pandemia, as ações originalmente planejadas para o ano passado tiveram de ser adaptadas para a nova realidade de distanciamento social. Assim, para que o vínculo do Esperançando com os adolescentes participantes do projeto não fosse interrompido, foram realizadas 22 rodas de conversa e oficinas no formato virtual. Os temas foram variados e buscaram atender às expectativas dos adolescentes, bem como focar em questões de formação para a cidadania. Destacam-se as rodas de conversa sobre o Dia da Consciência Negra, que também abordaram o sistema de cotas, a capoeira e a contribuição dos negros para a sociedade, o Descubra UFSM e as diferentes formas de acesso a cursos técnicos e superiores e aos programas de assistência estudantil, bem como oficinas de zine e de fotografia, entre outras.

Segundo a equipe do projeto, o feedback das instituições de acolhimento é muito relevante e servirá para o aperfeiçoamento das atividades neste ano. Dentre as atividades realizadas pelo Esperançando e destacadas pelas equipes das instituições está o programa Jovem Aprendiz, em execução desde 2019, e que sofreu limitações no ano passado em razão da pandemia. O programa busca estimular a inserção dos adolescentes a partir de 14 anos no mundo do trabalho.

Desde 2019, mais de 10 adolescentes em situação de acolhimento participaram do Jovem Aprendiz. Para isso, os adolescentes recebem uma formação via Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) enquanto atuam na condição de Jovem Aprendiz em setores diversos da Sulclean Serviços Integrados (empresa parceira do projeto que mais vagas pelo programa ofertou), Banrisul e Justiça Federal.

Para o ano de 2021, estão sendo planejadas novas turmas para o Jovem Aprendiz, oficinas voltadas à produção de currículos, entrevistas de emprego, entre outras. As rodas de conversa sobre temas variados e voltados à formação para a cidadania também terão continuidade. Ainda estão previstas ações de reforço escolar.

De acordo com a equipe do Esperançando, essas ações são realizadas, majoritariamente, por pessoas que doam o seu tempo em prol dos adolescentes e que desejam ajudar a transformar suas realidades, auxiliando-os a construir sua autonomia para a vida pós-acolhimento institucional. Portanto, voluntários são sempre bem-vindos.

O projeto precisa de pessoas que desejem ajudar com ações diversas, como oficinas, rodas de conversa, reforço escolar, entre outros. Quem tiver interesse pode entrar em contato pelo email esperancando.sm@gmail.com, visitar a página no Facebook ou preencher o formulário para trabalho voluntário.

O Esperançando (GAP/UFSM 051208) tem por objetivo fomentar uma rede de apoio para auxiliar adolescentes em situação de acolhimento institucional na desafiadora transição para a vida pós-acolhimento. Ao completarem 18 anos, os jovens precisam deixar os abrigos de Santa Maria em que vivem e nos quais muitas vezes viveram por muitos anos de suas vidas. O Esperançando trabalha com quatro frentes de ação – moradia, renda, educação e cidadania – e conta com o apoio do Observatório de Direitos Humanos (ODH) e da Pró-Reitoria de Extensão (PRE) da UFSM.

A equipe do projeto é atualmente constituída por servidoras docentes e técnico-administrativas e estudantes da UFSM e profissionais liberais: a coordenadora Alice Lameira Farias (CCSH), Elisete Kronbauer, Raquel Bevilaqua (Ctism), Luciana Traverso (CCSH), Karine Almeida Pacheco (psicóloga), Ana Luiza Koech e Stéfany do Amaral (acadêmicas de Sociologia).

 

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