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Dia de Proteção às Florestas: conheça a atuação da UFSM na preservação das matas

UFSM conta com diversos projetos e iniciativas para que todos possam pensar e trabalhar no coletivo para um mundo mais sustentável



Foto colorida horizontal mostra uma armação de madeira em meio a uma floresta
Neprade tem por objetivo promover a pesquisa em restauração ecológica e recuperação de áreas degradadas

O Dia de Proteção às Florestas é comemorado neste sábado, 17 de julho. A data é uma forma de conscientizar e chamar a atenção de todos para a importância de se preservar as florestas. O dia também faz homenagem ao Dia do Protetor de Florestas, figura associada ao personagem do folclore brasileiro, o Curupira, essa figura protege as florestas das agressões constantes do homem, tais como desmatamento e caça de animais. 

A data é um estímulo para a reflexão, sensibilização e a promoção de iniciativas efetivas para deter o avanço e o crescimento do desmatamento e da exploração ilegal da biodiversidade. A UFSM faz parte dessa luta e conta com diversos projetos e iniciativas para que todos possam pensar e trabalhar no coletivo para um mundo mais sustentável, garantindo assim a diversidade e preservação das florestas brasileiras.

Uma das iniciativas institucionais é o projeto de extensão ligado aos  Departamentos de Engenharia Rural e Ciências Florestais, o Educa Floresta, coordenado pela professora Damáris Gonçalves Padilha. O projeto é voltado a ações de educação florestal e ambiental para crianças do Ensino Fundamental da rede pública de ensino de Santa Maria, com o objetivo de sensibilizar as crianças sobre os diferentes temas da área florestal e ambiental por meio da elaboração de material didático (analógico e digital) e de atividades práticas.

A coordenadora Damáris conta que o projeto atua nas escolas públicas desde 2017 e que no ano de 2019 passou a atuar na  Escola de Ensino Fundamental Padre Nóbrega. Quando o projeto atuava de modo presencial, os participantes levavam diferentes atividades práticas para estimular o senso crítico das crianças sobre temas como a importância das florestas, os diferentes produtos que elas originam, os cuidados com arborização urbana, dentre outros. “No contexto remoto, precisamos adaptar as atividades para que as crianças pudessem participar. Assim, em 2020, criamos canais digitais (YouTube, Instagram e Facebook) para manter o contato e enviar as atividades. Também enviamos uma cartilha didática impressa para todos os alunos para leitura em casa. Foi um desafio, mas tivemos um bom retorno”, conta Damáris.

A UFSM apoia diversas atividades de extensão e ações voltadas à qualificação do desenvolvimento humano, melhorias na qualidade de ensino, na promoção do desenvolvimento científico e no desenvolvimento do sistema produtivo local, regional e nacional. Damáris acredita que os projetos de extensão da universidade, com o  foco nas questões florestais e ambientais são sempre importantes e levar essas questões para as crianças é fundamental para uma sociedade que não apenas se preocupa com as questões ambientais, mas que entenda como essas relações nos afetam, e que sejam capazes de agir em benefício da sua conservação ou do seu uso de forma sustentável. 

“Valorizar a biodiversidade é valorizar a humanidade”

Outro projeto da UFSM que trabalha a pesquisa, o ensino e a extensão ligados à conservação e a valorização da biodiversidade é o projeto Valorizar a biodiversidade é valorizar a humanidade, ligado ao Departamento de Ciências Florestais. Coordenado pela professora Ana Paula Moreira Rovedder, o projeto tem embasamento na experiência do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Recuperação de Áreas Degradadas (Neprade), que visa à restauração ecológica de ecossistemas, mas sempre com um vínculo com as comunidades que foram afetadas por processos de degradação e passam a ser também beneficiárias de projetos de restauração.

A coordenadora explica que o trabalho vem sendo realizado desde 2010 com o início das pesquisas e ações no Corredor Ecológico da Quarta Colônia (localizado na região central do Rio Grande do Sul, é considerado área piloto da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica). Foram desenvolvidas ações de pesquisa, educação ambiental, adequação ambiental, resgate dos saberes tradicionais e valorização de espécies vegetais nativas e seus usos múltiplos. “Nessa caminhada, desenvolvemos oficinas, dias de campo, seminários, entre outras ações junto à comunidade do Corredor Ecológico. Em 2019, demos início  ao projeto Valorizar a biodiversidade é valorizar a humanidade: Tecnologias sociais para valorização da biodiversidade e do componente humano do Corredor Ecológico da Quarta Colônia.”

A proposta do projeto visa ao fortalecimento da relação desenvolvida, desde 2010, junto à comunidade regional e às comunidades do Corredor Ecológico da Quarta Colônia (municípios de Agudo, Faxinal do Soturno e Dona Francisca). Com a continuidade e fortalecimento  das ações de valorização da biodiversidade regional por meio do resgate do conhecimento tradicional e sua inserção no cotidiano das famílias rurais, promovendo adequação ambiental da propriedade rural, com restauração/conservação de recursos naturais e inserção/enriquecimento de sistemas produtivos biodiversos e multiestrato, a partir de uma abordagem socioambiental e participativa junto à comunidade do entorno do Parque Estadual da Quarta Colônia, Bioma Mata Atlântica, Rio Grande do Sul, desenvolvendo conhecimento e tecnologias sociais para usos múltiplos de espécies nativas, beneficiamento de produtos da sociobiodiversidade e práticas de conservação dos recursos naturais nos sistemas produtivos, com geração de renda.

Ana Paula explica que a região do corredor ecológico da Quarta Colônia, onde é desenvolvido o projeto, é uma área muito rica em termos de biodiversidade. É onde ocorre o encontro das formações típicas de dois tipos de bioma, a mata atlântica com o bioma  pampa que originam diversas formações de espécies, ecossistemas e habitats. “Em nível de Brasil, é muito importante a conservação dos ecossistemas, porque somos o país que reúne o maior nível de biodiversidade do mundo, isso nos dá uma grande responsabilidade. Ter o apoio da UFSM que desenvolve tanta pesquisa e  informação na área de conservação da natureza é crucial para essa região, onde temos um grande corredor ecológico que precisamos conservar e, assim, manter o fluxo gênico dessas populações de fauna e de flora e manter a conservação”. 

Texto: Ana Júlia Müller Fernandes, estudante de Jornalismo, bolsista da Unidade de Comunicação Integrada
Foto: Neprade/Divulgação

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