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UFSM participa de estudo sobre fabricação de compósitos de alto desempenho para a construção civil

O projeto é uma parceria entre instituições e busca desenvolver novas formas de matrizes cimentícias, mais resistente e com menor custo para a construção civil



O Grupo de Estudos em Materiais Sustentáveis para a Construção (GEMASC), vinculado ao Centro de Tecnologia da UFSM, está coordenando um novo projeto: o Centro de Inovação em Compósitos de Matriz Cimentícia de Alto Desempenho para o Fortalecimento da Cadeia de Ferramental na Indústria de Autopeças (CMACFER). A iniciativa é resultante de uma parceria entre a Universidade Federal de Santa Maria, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Instituto Hercílio Randon (IHR).

O CMACFER prevê estudos em conjunto entre pesquisadores do curso de Engenharia Civil das três instituições sobre matrizes cimentícias, material que é composto por aglomerantes minerais, podendo conter agregados, que dão origem a pastas, argamassas ou concretos. O objetivo é o desenvolvimento de materiais compósitos que possam ter diferentes aplicações industriais, sendo melhores utilizados e aproveitados do que os materiais convencionais, trazendo como benefício um melhor desempenho nas obras e redução de custos para a construção civil.

As especificações do trabalho a ser desenvolvido ainda estão em sigilo, mas cada instituição deve executar um subprojeto para a obtenção do produto final. Na UFSM, o subprojeto desenvolvido é coordenado pelo professor Erich Rodríguez, do Departamento de Estruturas e Construção Civil, e também conta com a participação de outros docentes da Universidade, como o professor Paulo Ricardo de Matos, do campus de Cachoeira do Sul, e com estudantes de graduação e pós-graduação.

De modo geral, para elucidar como o projeto funciona, Erich explica que o concreto com que fazemos nossas casas é um material compósito em que os agregados (pedras) seriam as partículas de reforço e o aço seria uma fibra contínua de elevada resistência. A partir daí, a iniciativa tem como objetivo fazer um material compósito de alto desempenho em que, em vez de agregados (pedras), terão partículas de dimensões muito menores (pó) e fibras curtas de apenas alguns milímetros e de diferentes naturezas, podendo ser cerâmica e/ou metálica. Até o momento já estão sendo desenvolvidos pela equipe alguns compósitos com elevada resistência mecânica e estudos de otimização e estabilidade térmica e dimensional.

A proposta foi aprovada no edital do Programa Rota 2030, uma iniciativa federal voltada para o desenvolvimento do setor automotivo no país. Com isso, o projeto recebeu o investimento de aproximadamente R$1,78 milhão da Financiadora de Estudos e Projetos S.A (FINEP) e pela e FRAS-LE SA, ligado ao Rota 2030. Este recurso será compartilhado entre as instituições e a UFSM atuará na gestão e coordenação do CMACFER.

O professor coordenador explica que para a UFSM esses recursos agregam na consolidação de parcerias com empresas privadas, formação dos docentes e participantes do projeto, além do reconhecimento como instituição de pesquisa. Esse valor também será utilizado na compra de equipamentos necessários para o desenvolvimento da iniciativa, materiais de consumo e eventuais bolsas aos participantes.

A parceria

Equipe responsável pelo projeto (Foto: Divulgação)

Com início em maio de 2022, o projeto está previsto para ter uma duração de 24 meses. A iniciativa se desenvolve através de uma parceria entre UFSM, UFRGS e IHR e objetiva promover uma rede de pesquisa entre os envolvidos, utilizando das especialidades de cada um dos centros: o projeto da UFSM tem focado no desenvolvimento do material, a UFRGS vai ser responsável pela caracterização micro estrutural e reológica e o IHR vai trazer sua experiência na aplicação e validação de um elemento protótipo.

Na UFRGS, o subprojeto é coordenado pela professora Ana Paula Kirchheim, líder do grupo de pesquisa Laboratório de Inovação em Cimentos Ecoeficientes (LINCE) e no IHR é coordenado pelo pesquisador Robinson Carlos Dudley da Cruz.

As reuniões de alinhamento entre os integrantes são realizadas semanalmente, de forma coletiva, e havendo necessidade, são feitas reuniões individuais, para os membros que precisam de auxílio ou queiram mostrar os resultados obtidos de acordo com as metas estabelecidas. Por meio dessa maneira de gestão, cada integrante possui atividades específicas designadas, tendo autonomia para tomar decisões rápidas e assertivas, explica o coordenador.

Esse formato de trabalho tem trazido bons resultados, conforme avalia a estudante de Engenharia Civil, Gabriela Iansen Silveira, integrante do grupo na UFSM. Ela conta que vê no projeto a oportunidade de explorar e estudar materiais que normalmente não teria contato, nem mesmo dentro da graduação. “Fazer parte de um projeto grande como esse agrega tanto como universitária como na construção da profissional que busco me tornar, pois me capacita para experiências futuras no ramo da Engenharia” destaca a acadêmica.

 

Texto: Tatiane Paumann, estudante de jornalismo e voluntária da Agência de Notícias
Foto de capa: Luísa Monteiro
Edição: Mariana Henriques, jornalista

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