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UFSM vai desenvolver o maior projeto financiado pela Huawei no Brasil

Projeto tem foco na segurança e na qualidade dos sistemas de geração de energia solar



foto vertical colorida mostra um totem com uma tela e demais equipamentos, de cerca de 2m de altura, exposto em um evento, com a logo da Huawei sendo visível
Totem apresentado em evento em São Paulo para demonstrar os riscos de arco elétrico e a tecnologia de solução é uma entrega preliminar do projeto

A UFSM firmou uma parceria inédita com a Huawei, uma das maiores fabricantes de equipamentos para telecomunicações e a maior fabricante de inversores fotovoltaicos do mundo, para desenvolver ações com foco na segurança e na qualidade dos sistemas de geração de energia solar. O objetivo da parceria é a execução de um projeto de pesquisa e desenvolvimento, em conjunto com a Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) do Instituto de Redes Inteligentes (INRI) da UFSM, para o qual estão sendo aportados R$ 5 milhões.

O projeto tem dois focos: o primeiro é desenvolver um software inovador para auxílio a projetos de usinas fotovoltaicas, e o segundo, o desenvolvimento de uma bancada didática inovadora para capacitação de técnicos e engenheiros quanto aos riscos que podem existir nos equipamentos que geram energia solar, e na mitigação destes riscos. Além de trazer recursos para equipar a Universidade e ajudar a fixar recursos humanos qualificados na região, a cooperação com a gigante chinesa deve fomentar a economia local, já que estão sendo contratadas empresas startups da UFSM para a realização de atividades relacionadas.

A parceria foi viabilizada devido à experiência da UFSM na área. “A Huawei já conhecia bem a nossa atuação na realização de ensaios e o know-how técnico-científico no tema”, relata o coordenador do projeto, professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE) Leandro Michels, que encaminhou o processo durante participação em diversos eventos do setor fotovoltaico nacional, como nos Fóruns de Geração Distribuída. “Também participei de alguns eventos da empresa, nos quais tive reuniões com diversas pessoas da Huawei para entender as demandas e construir em conjunto a proposta de projeto”, afirma Michels. Para os trâmites burocráticos e enquadramento legal, segundo ele, a Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec) prestou apoio fundamental.

O projeto foi assinado em dezembro de 2021, e tem duração até março de 2023. Do investimento previsto de R$ 5 milhões, em torno de R$ 3 milhões serão para a aquisição de equipamentos direcionados aos ensaios requeridos para o projeto. O montante previsto para bolsas é de cerca de R$ 450 mil, a ser destinado a doutorandos, mestrandos e alunos de iniciação científica, bem como para os pesquisadores envolvidos. Além do financiamento da Huawei, o valor total para custeio também inclui um aporte da Embrapii.

O projeto é gerenciado pelo INRI, órgão suplementar do Centro de Tecnologia (CT) que envolve diversos laboratórios, contando com a participação de professores e alunos do PPGEE, do CT, bem como de outros cursos do CT e do Colégio Técnico Industrial de Santa Maria (Ctism). O INRI é acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) para realização de ensaios para avaliação de conformidade de inversores fotovoltaicos a serem comercializados no Brasil.

Projeto é o maior financiado pela Huawei no Brasil

Michels destaca a importância desta parceria com uma multinacional do porte da Huawei não só para o PPGEE como para a Universidade. “A importância para a UFSM como um todo é muito grande. Por ser o maior projeto financiado pela Huawei no Brasil, projeta a imagem da UFSM como uma instituição de liderança técnica no Brasil e no mundo. A Huawei é uma das empresas líderes tecnológicas mundiais, e a parceria robusta com a UFSM demonstra a competência da nossa Instituição. Os projetos de grande porte são muito valorizados na nova metodologia de avaliação dos programas de pós-graduação da Capes, bem como em diversos rankings de qualidade de cursos”, avalia o professor. Por outro lado, este projeto possibilita à UFSM melhorar a sua infraestrutura de ensino, pesquisa e extensão e viabilizar que mais alunos possam realizar atividades de pesquisa.

O professor também salienta que projetos como o firmado com a Huawei ajudam a fixar recursos humanos qualificados na região e propiciam a entrada de recursos não só para equipar a Instituição, como também para fomentar a economia da região
, já que o projeto está contratando empresas locais e startups da UFSM para desenvolver equipamentos, software e serviços. “Precisamos potencializar este tipo de modelo para transformar economicamente a região, tornando-a um polo tecnológico”, afirma Michels.

Segurança é o foco do projeto

Os sistemas fotovoltaicos são em geral bastante seguros se bem projetados e implementados, segundo Michels. Contudo, o crescimento muito rápido do setor tem levado à inserção de uma grande quantidade de novos instaladores sem a qualificação adequada, o que tem resultado em instalações executadas com materiais ou métodos incorretos. Essas instalações oferecem
riscos de choque elétrico e ou mesmo de provocar incêndios nas edificações.

Neste sentido, uma das entregas previstas pelo projeto é o desenvolvimento de bancadas didáticas para treinamento e capacitação de pessoal, com foco em segurança. Estas estruturas poderão fornecer aos profissionais do mercado um ambiente de treinamento, para que possam entender e mitigar eventuais incidentes, que podem resultar em incêndios até mesmo de grandes proporções. “O objetivo é mostrar que execuções inadequadas fornecem risco e que o uso de soluções e proteções adequadas tornam esse risco
mínimo“, afirma Michels. O resultado do trabalho que está sendo desenvolvido pela UFSM será apresentado em eventos e utilizado para ações de capacitação de instaladores de todo o Brasil.

Texto: Ricardo Bonfanti, jornalista da Agência de Notícias
Fotos: Divulgação

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