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UFSM exibe o primeiro filme de realidade virtual criado em Santa Maria

Exibição marcou a abertura de exposição que segue até o dia 23, com entrada gratuita



Público assistiu à prévia do filme com óculos de realidade virtual

O Museu de Arte, Ciência e Tecnologia (MACT) da UFSM recebeu mais de 40 visitantes na quinta-feira (13), às 17h, para a estreia do “Virtual Ritual”, primeiro filme de realidade virtual a ser exibido em Santa Maria. A sessão de estreia contou com uma projeção do trailer do filme na cúpula do Planetário, junto de uma performance dos atores do trabalho. Após a exibição coletiva, o público pôde assistir a uma prévia do filme com óculos de realidade virtual.

Além do filme, há a exposição de trabalhos relacionados com a obra, como o “Relíquia”, que mostra objetos cenográficos construídos pelos atores para representarem os seus avatares, e “Morfose Interativa”, onde o público pode ver a sua representação virtual por meio da captura volumétrica, o mesmo recurso utilizado para capturar o movimento dos atores.

O projeto foi idealizado e dirigido pela artista multimídia e doutora em processos audiovisuais pela USP Carolina Berger. Segundo ela, o objetivo da exposição é usar a tecnologia como um meio de aproximar o público da natureza. “A realidade virtual nos faz enxergar os detalhes do mundo de outra forma, aprimora o nosso olhar. Então, deixo o convite para as pessoas virem conhecer uma nova forma de enxergar e se conectar com a natureza”, destacou. 

Durante a imersão, o espectador irá se encontrar com seis avatares que representam elementos da natureza e o convidam para dançar. No decorrer da experiência, surgem vários elementos, como árvores, lagos, fogueiras, as montanhas de Santa Maria e o nascimento de uma nova espécie. A experiência completa, de 15 minutos, é destinada ao público jovem adulto. Para as crianças, será exibida uma versão de dois minutos da obra.

Além do financiamento por meio da Lei Aldir Blanc, o projeto contou com o apoio de empresas, público de Santa Maria e alunos do Centro de Artes e Letras (CAL) da UFSM. De acordo com Carolina, no futuro, o objetivo é expandir a imersão do público na obra por meio da interação em tempo real com os atores através dos óculos de realidade virtual. 

A exposição conta com a curadoria da diretora do MACT, Juliana Vizotto, e do professor do Laboratório de Pesquisa em Arte Contemporânea, Tecnologia e Mídias Digitais (LABART), Fernando Codevilla. Juliana destaca que esta é a primeira exposição convidada a ser exibida no Museu. “É uma coisa nova na Universidade, na cidade, acho que é uma experiência única. Todo mundo está bem impressionado com as obras”, afirma. “A tecnologia promove um outro nível de relação entre o público e a obra”, completa Fernando.

A exposição abriu para visitação e ficará no museu até o dia 23 de outubro. Para visitá-la, é preciso realizar agendamento pelo email mact.ufsm@gmail.com. A entrada é gratuita.

O MACT fica no andar superior do Planetário e funciona das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30. Nas sextas, o museu fica aberto das 10 às 14h. Os curadores estimam que mais de 500 pessoas visitem a exposição.

Projeção na cúpula do Planetário teve performance dos atores

Surpresa para o público e também para o elenco

O professor do Departamento de Letras da UFSM Gil Negreiros foi à exposição pelo seu interesse em arte virtual e, junto com a sua filha Clarisse, teve a sua primeira experiência com óculos de realidade virtual. “Já havia assistido outras exposições que abordam esse aspecto virtual que eram mais materiais, mas hoje foi fantástico, não sabia que seria tão bonito”, conta.

Francine Nunes, também professora, é amiga de Carolina Berger e já trabalhou com ela em outras produções audiovisuais. Em “Virtual Ritual”, ela prestou consultoria na parte dos rituais por sua atuação na área de antropologia, mas não tinha tido acesso ao produto final. “Sabia como iria funcionar a montagem, mas não como seriam as imagens. Para mim foi uma surpresa, apesar de eu conhecer o projeto desde o começo”, afirma.

A exibição também foi uma surpresa para os próprios atores, que só assistiram ao filme completo na estreia. “Em nenhum momento eu imaginei algo como eu vi. Nós entramos para dentro de nós mesmos, nos sentimos grandes e pequenos ao mesmo tempo”, conta a atriz e estudante de Licenciatura em Dança Andressa Merlo.

“Senti surpresa e um pouco de estranheza ao ver o meu corpo virtual. É um outro entendimento sobre o meu próprio corpo, eu literalmente me transformei naquilo que eu imaginei”, afirmou Vanessa Bressan, formada em Artes Cênicas pela UFSM. Atualmente no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFRGS, onde estuda criação mista – que combina elementos reais e virtuais em apresentações -, ela conta que o trabalho de criação da obra hoje se reflete em sua prática acadêmica.

Texto: Bernardo Silva, acadêmico de Jornalismo, voluntário da Agência de Notícias
Fotos: Ana Alícia Flores, acadêmica de Desenho Industrial, bolsista

Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista

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