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Reunião aberta discutiu novas formas de ingresso na UFSM

O foco principal do debate foi a implementação do Vestibular e do Processo Seletivo Seriado junto ao Sisu



foto colorida horizontal com um homem em pé, falando ao microfone, do lado direito, atrás, sentados, três pessoas, e ao fundo uma projeção em tela branca com dados, ano a ano, sobre universidade inclusiva
Pró-reitor de Graduação, Jerônimo Tybusch, apresentou a proposta

Na manhã desta quarta-feira (30), no Centro de Eventos do Parque Tecnológico (InovaTec), no Campus Sede da UFSM, a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) realizou uma reunião aberta para apresentar proposta de resolução que trata sobre novas formas de ingresso para a graduação da Universidade. A reunião contou com falas do reitor, Luciano Schuch, do pró-reitor de Graduação, Jerônimo Tybusch, e da vice-reitora, Martha Adaime, além do público participante, que pôde fazer suas considerações. O encontro contou com transmissão ao vivo pelo YouTube.

A discussão

O reitor, Luciano Schuch, iniciou a reunião destacando que discussões e atualizações nas formas de ingresso são ações comuns na Universidade, já que é preciso que esses processos estejam conectados com o contexto e realidade dos estudantes.  Ele explicou a necessidade da atualização das formas de ingresso, tendo em vista a comparação com práticas de outras Universidades que já estão utilizando o vestibular junto ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Um dos motivos para a alteração seria a identificação dos alunos com o curso e a Universidade. Segundo o reitor, “atualmente o aluno não se identifica com o curso e escolhe conforme sua nota”. Além disso, as vagas dos demais campi da Universidade acabam não sendo preenchidas pelo Sisu, e com as vagas divididas com as outras formas de ingresso, esta questão seria resolvida.

Após a fala inicial, o pró-reitor de Graduação apresentou os dados que embasaram a atualização da proposta. Ao longo de 2022, a Progad juntamente com a Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan), promoveu o Seminário de Regulação e Planejamento Acadêmico com o objetivo de debater aspectos da graduação na UFSM. A partir daí, Tybusch trouxe um relato do compromisso da Universidade com as ações afirmativas desde 2007, que conta com vestibulares próprios e outras formas de ingressos para determinados grupos. Jerônimo trouxe também levantamentos feitos com a comunidade acadêmica. As 2,5 mil respostas obtidas apontaram as inclusões do Processo Seletivo e do Vestibular como necessárias para resolver problemas de evasão nos cursos da Instituição. Métodos de ingresso como da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foram alguns exemplos apontados.  

Além da questão sobre a identificação do curso no momento do ingresso na Universidade, um dos pontos debatidos é a evasão durante o curso. Para isso, a UFSM conta com o projeto Integra, uma iniciativa da Prograd, Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan) e Centro de Processamento de Dados (CPD). Ele tem como finalidade reduzir a evasão e estimular a permanência dos estudantes nos cursos de graduação da UFSM e pode ser acessado pelos coordenadores de curso.

Diferentes pontos de vista

Após as falas iniciais, a reunião foi aberta para que os participantes pudessem contribuir com as discussões. Entre os presentes, um ponto em comum foi a necessidade de pensar, para além das atualizações na forma de ingresso, em ações que combatam a evasão e garantam a permanência estudantil. Outro ponto levantado foram os aspectos sociais e econômicos de cada período no país, que devem ser levados em conta no momento de tomar decisões sobre o ingresso e a permanência estudantil.

Ascísio dos Reis Pereira, representante da Sedufsm, questionou se o problema a ser enfrentado é o ingresso ou a permanência. “Precisamos discutir para além da forma de ingresso. […] Tudo que temos em uma instituição de ensino só faz sentido se tivermos a garantia da presença dos estudantes. Não existe Universidade sem estudantes. Todo o trabalho qualificado que é feito não fará sentido sem o corpo discente. E para que o corpo discente permaneça, é preciso de políticas públicas que garantam acesso e permanência”, destacou. 

Jerônimo concorda ao afirmar que um grande problema é a permanência e a falta de recursos voltados a ela. “A questão é sistêmica e complexa. Estamos diante de uma questão conjuntural, de ingresso e de permanência. Esses três itens devem ser considerados em toda essa discussão”, reflete o pró-reitor. Na mesma perspectiva, o reitor destacou que a permanência estudantil é preocupação constante na Universidade, no entanto, lembrou que o recurso do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) permanece o mesmo há 9 anos. “Mesmo com toda a crise econômica e a crescente demanda dos estudantes hoje, o valor recebido segue o mesmo. Ou seja, o nosso recurso não atende a demanda. Então temos dificuldade de conseguir dar a assistência estudantil plena para garantir a qualidade e permanência para o estudante mais vulnerável e de baixa renda”, explicou. O reitor ainda salientou a importância da continuidade da política de cotas que faz com que estudantes de baixa renda possam ingressar no ensino superior. ”Isso deve ser preservado e ampliado em nossa instituição”, finalizou.

Previsão de prazos

A partir de agora, a proposta será encaminhada para o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), o que deve ocorrer até janeiro. Caso a proposta seja aprovada pelo Cepe, para o segundo semestre de 2023 já será possível realizar as provas do Vestibular e do Processo Seletivo Seriado, gradualmente. A implementação completa, com 30% das vagas para o Sisu, 30% para o Vestibular e 40% para a terceira etapa do Processo Seletivo Seriado (acumula nota de três anos de prova dos estudantes do ensino médio), só acontecerá no primeiro semestre de 2026.

Texto: Letícia Klusener, acadêmica de Jornalismo, voluntária da Agência de Notícias
Fotos: Tatiane Paumann, acadêmica de Jornalismo, voluntária da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista

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