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Curso de Odontologia da UFSM na mídia



Professor do curso de Odontologia, Gustavo Nogara Dotto, participa de equipe de pesquisadores do Hospital Universitário, na área de Radiologia e Imaginologia. 

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A tomografia computadorizada é um método já consagrado para diagnóstico em saúde. O tomógrafo Multi Slice está presente nos exames de radiologia da maioria dos hospitais públicos. O equipamento consegue obter imagens detalhadas dos órgãos internos do corpo. Pensando nisso, um grupo de pesquisadores ligados ao Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) decidiu reduzir as doses de radiação indicadas pelo fabricante do equipamento para a realização do exame. Desde 2012, um professor da instituição (e um dos idealizadores do projeto) vinha servindo de “cobaia” para a criação de um novo protocolo (forma como o exame é realizado, incluindo dosagens e medidas). O objetivo foi atingido e nasceu o protocolo CTdBem, que desde setembro de 2014 foi adotado para exames de aproximadamente 400 pacientes até o momento.

A inovação consiste em baixar a dose de radiação (para até 20 vezes menos do que a da tomografia convencional) sem perder a qualidade e a resolução das imagens, o que proporciona mais segurança para o paciente, precisão no diagnóstico e economia para os hospitais públicos. Na atual fase de implantação do protocolo, os exames de tomografia Multi Slice estão sendo usados para diagnóstico de infecções em outras partes do corpo, não apenas cabeça e pescoço, como na fase inicial.

O exame começou com o propósito de identificar, em pacientes hospitalizados, focos de infecção na boca que pudessem estar atrapalhando ou retardando a recuperação clínica.

“A presença de infecção prévia em dentes e ossos da mandíbula ou a má higiene bucal durante esses períodos de convalescência hospitalar podem resultar na morte do paciente. Por isso, é muito importante uma avaliação prévia dos dentes antes do início dos tratamentos”, explica Gustavo Dotto, professor do Grupo de Pesquisa CA+SA do Husm e um dos idealizadores do protocolo, sendo voluntário na testagem das doses.

Em seguida, o CTdBem começou a ser adotado para exames de pacientes da Hemato-Oncologia que fariam aplicação de radioterapia na região da cabeça e pescoço.

“Essa medida protetiva foi adotada porque, depois que irradiar a cabeça e o pescoço, o paciente não pode mais fazer extração dentária ou cirurgia que envolva raspagem do osso, pois não cicatriza. Qualquer machucado vira infecção”, afirma Dotto.

Desde julho de 2015, o protocolo vem sendo expandido para diagnóstico de focos infecciosos em outras partes do corpo. Atualmente, a tomografia Multi Slice com dose reduzida é feita em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Husm, e também em especialidades como traumatologia, cabeça e pescoço, bucomaxilofacial e cardiovascular. O exame facilita a identificação de foco infeccioso (que aparece na imagem com coloração mais escura) e auxilia no diagnóstico do paciente.

Outras vantagens – Esse tipo de tomógrafo, além da redução da dose de radiação, traz outras vantagens para a segurança do paciente: ele realiza o exame deitado, o que pode beneficiar pessoas que estejam desacordadas ou em coma induzido. Além disso, o tempo de aquisição da imagem é aproximadamente três vezes menor do que o do exame convencional.

“Na tomografia cone beam, o tempo de aquisição da imagem é de aproximadamente 20 segundos. Pelo protocolo CTdBem, o tempo é de no máximo 6 segundos. Esse é o período em que o paciente fica exposto à radiação”, afirma Giuliano Giacomini, cirurgião-dentista formado pela UFSM e participante do projeto.

Para dar uma noção do que essa redução representa, o paciente precisaria repetir essa exposição pelo menos 150 vezes, de maneira consecutiva, para apresentar um mesmo eritema (vermelhão na pele) provocado por uma queimadura solar.

Análise das imagens – Após a realização da tomografia, as imagens são encaminhadas para o Serviço de Processamento de Imagens Médicas (Spim) do Husm, lotado na Unidade de Diagnóstico por Imagem. Nesse momento, uma parceria com o Grupo de Computação Aplicada em Saúde (casaufsm.org) possibilitou um tratamento de imagem com custo zero para o hospital. Isso porque os pesquisadores do grupo selecionaram programas de computadores gratuitos para o serviço.

Com a redução da dose usada no exame, aumenta o que se chama de sujidade nas imagens (manchas). Mas com a ajuda desses programas, a equipe do Spim consegue “limpar” essa imagem. Além disso, um dos programas usados transforma a imagem bidimensional (2D) – capturada do exame – em imagem tridimensional (3D). A análise dessas imagens contribui com o diagnóstico ou planejamento pré-operatório.

“O que a gente fez de diferente foi estruturar o caminho para análise desses exames. O caminho a gente criou”, afirma Dotto, que também é integrante do grupo CA+SA.

O passo seguinte foi testar a aquisição de impressoras 3D em parceria com a empresa gaúcha Cliever, para reproduzir o órgão que vai ser operado em tamanho real. A aquisição foi possível graças à Gerência de Ensino e Pesquisa do Husm, onde o projeto está registrado. Os testes iniciais com uso destes equipamentos de impressão 3D aconteceram com o apoio do Santa Maria Tecnoparque.

“Tendo a réplica na mão, o planejamento do cirurgião melhora muito. Reduz tempo cirúrgico, reduz tempo de bloco, reduz o erro. Representa economia para o hospital e saúde para o paciente”, afirma Guilherme Weiss, físico médico e chefe da Unidade de Radiologia.

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Popularização do protocolo – Existe o desejo de difundir o protocolo CTdBem nos serviços de radiologia de todos os hospitais públicos. O protocolo pode ser implantado em qualquer unidade de saúde que tenha um tomógrafo Multi Slice e que esteja disposta a capacitar a equipe.

“Não haverá necessidade de investimento por parte do hospital, já que o tomógrafo usado para realizar o exame e os computadores já se encontram em suas sedes. E, os softwares para análise das imagens são gratuitos. Será realizada somente a implantação e adaptação do protocolo com reduzida dose de radiação e o treinamento para formatação das imagens”, afirma Dotto.

 Fonte: http://site.ufsm.br/noticias/exibir/protocolo-criado-no-husm-possibilita-tomografia-co

Notícias na mídia impressa: 

http://www.arazao.com.br/noticia/69584/husm-realiza-novo-exame-de-cardiologia-e-radiologia/

http://diariodesantamaria.clicrbs.com.br/rs/geral-policia/noticia/2016/09/husm-usara-impressao-3d-para-agilizar-cirurgias-7483842.html

Video da Reportagem

http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/bom-dia-rio-grande/videos/t/edicoes/v/pesquisa-de-santa-maria-reduz-radiacao-na-tomografia/5356561/

Saiba mais sobre os projetos do grupo de pesquisa do HUSM:

http://www.casaufsm.org/projetos-em-andamento/

 

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https://ufsm.br/r-443-252

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