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A trégua entre EUA e China e o Mercado da Soja no Brasil



Após anúncio de trégua na Guerra Comercial entre EUA e China, os futuros de soja em Chicago, com vencimento em jan/2019, operaram em alta de 29,5 pontos (3,30%) em relação ao fechamento da última sexta-feira (30/11/2018), chegando ao patamar de US$ 9,2375/bu e recuando logo em seguida. Neste momento (5h48m de Chicago e 9h48m de Brasília), o mercado opera em US$ 9,1225/bu.

O acordo prévio entre as duas maiores potências econômicas mundiais não prevê o fim da tarifa de 25% sobre a soja norte-americana, mas a não adoção de novas tarifas durante o período de 90 dias.

Diante disso, o cenário de mercado é o seguinte:

  1. Os PRÊMIOS de exportação NO BRASIL TENDEM A REDUZIR em proporção quase equivalente ao aumento das cotações em Chicago.
  2. O BRASIL está fechando 2018 com os MENORES ESTOQUES DA HISTÓRIA, segundo dados da Abiove: 1,065 milhão de toneladas de soja em grão;
  3. O MERCADO interno CHINÊS para FARELO DE SOJA segue IMPACTADO pelos surtos de GRIPE SUÍNA e os estoques de passagem da China estão em níveis considerados “confortáveis” no curto prazo;
  4. O nível de ESTOQUES nos EUA está extremamente ELEVADO;

Portanto:

  1. No CURTO PRAZO este movimento de ALTA EM CHICAGO TENDE a NÃO RESULTAR em GRANDES ALTERAÇÕES de preços NO BRASIL.
  2. A expectativa de concretude de uma BOA SAFRA NA AMÉRICA DO SUL no mesmo momento do anúncio de ACORDO ENTRE CHINA E EUA significa a RECOMPOSIÇÃO DOS ESTOQUES DOMÉSTICOS com a possível MIGRAÇÃO do importador CHINÊS para CHICAGO (não há dúvidas de que a preferência chinesa pela soja estadunidense é uma condição imposta por Trump para um possível acordo). Isto tende a gerar PRESSÕES DE BAIXA NO preço da soja no BRASIL.
  3. A FORÇA do MERCADO INTERNO BRASILEIRO deve AMENIZAR as PRESSÕES BAIXISTAS, pois nos primeiros meses de 2019 a agroindústria processadora tende a atuar fortemente para recompor seus estoques. Entretanto, essa força é relativa, pois 66% da produção brasileira é destinada para o mercado externo.
  4. A EXPECTATIVA é de que SE o FINAL da GUERRA COMERCIAL vier junto com uma boa safra no Sul, o bushel de soja gravite os US$10,00, pois apesar do apetite do produtor norte-americano, a concorrência sul americana pode limitar maiores altas em Chicago.

Neste contexto:

  1. A TAXA DE CÂMBIO (R$/US$) TENDE A SER, de fato, O FIEL DA BALANÇA no momento da definição de qual será o preço pago ao produtor brasileiro.
  2. Apesar das incertezas do momento, os AMBIENTES MACROECONÔMICO e GEOPOLÍTICO internacional TENDEM a IMPOR LIMITAÇÕES NAS QUEDAS DO DÓLAR no Brasil.
  3. A ATUAL CONJUNTURA permite PROJETAR COTAÇÕES DE BALCÃO VARIANDO ENTRE R$ 66,00/sc e R$78,00/sc na praça de Passo Fundo. Contudo, EM MERCADO NÃO EXISTE CERTEZA, POIS A CONJUNTURA PODE MUDAR A QUALQUER MOMENTO.

 Palmeira das Missões, 03 de dezembro de 2018.

 

Prof. Dr. Nilson Luiz Costa

E-mail: nilson.costa@ufsm.br

Núcleo de Pesquisas em Economia do Agronegócio (NPEA/UFSM)

Universidade Federal de Santa Maria, Campus de Palmeira das Missões.

 

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