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Vera França ministra aula inaugural no Poscom



Na tarde de terça-feira, 6 de maio, cerca de 80 pessoas assistiram à aula inaugural de 2014 do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFSM. “A dupla vida dos acontecimentos: fenômeno sensível, construção de narrativas”, tema da aula, foi ministrado pela professora Drª Vera França, docente do programa de Pós-Graduação em Comunicação na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenadora do Grupo de Pesquisa em Imagem e Sociabilidade (Gris) da FAFICH, na mesma instituição.

Com formação em Jornalismo, mestrado e doutorado nas áreas da Antropologia e Ciências Sociais, Vera França trouxe o acontecimento como tema central para sua aula inaugural no Poscom. “O acontecimento é algo que vem de fora, que nos coloca uma descontinuidade, é uma quebra do que vem natural. É tudo aquilo que provoca uma ruptura na rotina das coisas”, disse em seu discurso de apresentação. Organizadora dos livros “Mídia, instituições e valores” e “Acontecimento: reverberações”, a professora pesquisa além dos estudos sobre o acontecimento, os processos interativos midiáticos, com ênfase na televisão, sobre a relação popular/midiático e conceitos de público enquanto forma e experiência, orientando projetos entre suas pesquisas.

Durante a aula, Vera França intercalou seus estudos em comunicação acerca do acontecimento, demonstrando dois vieses para se ler o conceito – como “início” ou como “fim” – com assuntos em voga na sociedade, da qual a mídia é intrínseca. “O grito do ‘não vai ter copa’ é um grande acontecimento que começou em junho e vem ecoando. Nós ainda vamos ver o que vai acontecer. O que veio ecoando pra terminar em junho ou pra ter em junho uma outra etapa? A perspectiva de início e fim do acontecimento. Está tudo em aberto. Esse acontecimento definitivamente não terminou. Esse é o lado bonito e interessante: a imprevisibilidade do humano. A gente pode ter variáveis, elementos em cima dos quais a gente faz hipótese, mas ninguém pode dizer o que vai acontecer”, respondeu a professora durante a sessão de perguntas que ocorreu depois de sua apresentação.

Após deixar em aberto as possibilidades e desdobramentos das manifestações de junho de 2013, atual tema de análise e pesquisa do Gris, França ressaltou a importância de enxergar a “sociedade falando” e de ver que, além dos novos espaços e discursos que as tecnologias e redes sociais oferecem, a rua, sobretudo, não perdeu seu status de “lugar de fala”. Com a incerteza debruçada sobre as hipóteses científicas da pesquisa, a professora encerrou suas respostas na torcida de que surjam boas resoluções para os atuais acontecimentos do país.

“É fundamental que ocorra essa troca de saberes que está acontecendo aqui, entre os grupos de pesquisa”, disse a professora, que realiza seus estudos no Gris, o Grupo de Pesquisa em Imagem e Sociabilidade, que articula os pesquisadores da Pós-Graduação em Comunicação da UFMG entre estudos das práticas comunicativas, através do processo de análise da inserção e dinâmica das imagens e das representações nos diferentes modos de convivências sociais. “O conhecimento só cresce com esse nosso intercâmbio. Nós temos hoje centros de pós-graduação e centros de pesquisa que são ricos e a troca de experiências abre novos horizontes” completou.

Além da aula inaugural, a professora permanece em Santa Maria até o final da semana, ministrando o curso “Matrizes teóricas para uma abordagem interacional da comunicação”, direcionado aos alunos do mestrado e doutorado em Comunicação.

 

Notícia: Bibiano Girard e Marina Martinuzzi

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