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​Equipe Formula UFSM acelera outra vez



Depois do desafio em solo estadunidense, a equipe Formula UFSM disputa a 12ª Competição SAE Brasil – Petrobras de Formula SAE, que acontece desta quinta-feira (1º) até domingo (4), em Piracicaba (SP). Para a competição, um novo carro foi desenvolvido, o que tornou 2015 um ano muito particular para a equipe.

Isso porque a ida para a competição nos Estados Unidos, que aconteceu de 17 a 20 de junho em Lincoln, no estado de Nebraska, exigiu da equipe a construção de dois carros. Segundo o capitão da equipe, Lucas Iensen Bortoluzzi, o primeiro motivo para construir um novo carro foi não ter a certeza se o veículo que foi para os EUA retornaria a tempo para a competição de Piracicaba. “A outra vez que nós fomos, tivemos problemas no retorno do carro e não conseguimos aproveitar diversas peças que estavam no outro carro para a competição brasileira”, disse.

Além disso, neste ano a competição acontece no início de outubro, antecipando-se aos outros anos em quase um mês e meio. “Tinha esse risco muito grande de o carro não chegar. Por isso, a gente optou por desenvolver um carro novo, com peças melhoradas, com projetos novos, já que nós teríamos que fabricar algumas peças por precaução”, diz Lucas.

O novo carro

Celeris (FU-15), carro que foi construído para o evento nos Estados Unidos, foi construído de novembro de 2014 a maio de 2015. Logo após a conclusão do 6º protótipo, a equipe já iniciou a construção do carro que vai a Piracicaba.

Mesmo mantendo o mesmo conceito, com rodas aro 13 e o kit aerodinâmico, a engenharia mudou bastante. A meta era diminuir a massa do veículo em 15%. Para isso, em muitos componentes o aço foi trocado pelo alumínio.

Além disso, a estrutura está menor, com o kit aerodinâmico menor do que o anterior, com novo projeto que altera os artpoints, pontos de fixação da suspensão, de amortecedores.

O sistema de direção também é totalmente novo, das mangas de eixo aos cubos de roda. O chassi também mudou, se adequando à estrutura. Com isso, o piloto ficou numa posição diferente em relação às rodas, mas mais confortável, porque o seu espaço também foi mudado para se tornar mais cômodo. O motor continua o mesmo, um Honda CBR 600RR de quatro cilindros, que vai de 0 a 100km/h em 3,9 segundos.

Experiência nos Estados Unidos

“Os juízes nos falaram que a única coisa que nos tirou do Design Finals foi o fato de que nosso carro tinha uma massa muito elevada. Estava muito pesado. Mas, tirando isso, nosso projeto era muito bom”, afirma Lucas.

O Design Finals, uma das etapas no evento dos EUA, consistiu na escolha dos 10 melhores protótipos apresentados entre os 80 que participaram do evento.

O projeto da equipe brasileira foi muito elogiado. “O projeto que levamos aos EUA foi desenvolvido num espaço muito curto de tempo. Quando falamos o tempo de projeto eles até se impressionaram com quanto de melhorias e conteúdo a gente apresentou”, reforça o capitão.

O feedback dado pela equipe de engenheiros no evento dos Estados Unidos, para Fernando Leal, ex-capitão da equipe, é muito proveitoso. Na disputa pelos primeiros lugares, os competidores são tratados, acima de tudo, como alunos.

Por isso, o grupo de inspetores avaliam o projeto dando ênfase às falas dos membros das equipes. “Eles analisam se o aluno domina o conteúdo, domina a engenharia e sabe passar ela, explicar e mostrar o que foi feito”, destaca Fernando.

Além disso, ressalta Lucas, “lá eles parecem ter uma preocupação maior com o estudante. Quando a gente apresenta o projeto, eles não ficam fixados no cronômetro”.

Os engenheiros que avaliavam, segundo relatam os capitães, ficavam até que houvesse algo a ser apresentado e mostravam interesse pelos projetos. “Não são apenas avaliadores que dão uma nota, eles indicam várias melhorias”, ressalta Lucas.

A busca pela diminuição da massa do veículo, por exemplo, foi uma melhoria buscada pela equipe graças ao feedback dado pela equipe de avaliação na viagem. O Silver (FU-15/2) ficou com 240 quilos, 40 a menos do que o Celeris (FU-15), primeiro protótipo de 2015.

Preparativos para a competição

Nos Estados Unidos, a equipe conseguiu passar pelas inspeções técnicas sem grandes problemas. No entanto, um problema interno no motor durante uma das provas acabou retirando a equipe da competição.

Além das modificações na engenharia, o grupo decidiu mudar o processo de construção do carro, que foi dividido em mais partes e subpartes, para que os membros fossem designados a essas partes e dessa forma conseguissem dar mais atenção a essas subpartes. Tudo para preparar o veículo da melhor forma possível para os quatro dias de competição.

O evento tem, no seu primeiro dia, nesta quinta (1º), a inspeção técnica do veículo, que vai até a sexta, quando acontecem também as provas de segurança. Esses testes examinam emissão de ruídos, além de garantirem a saída do piloto a tempo em caso de acidente. Além disso, existe também a tilt table, uma mesa inclinada em que é verificada a existência de vazamentos no carro e também se o carro se mantém sobre quatro rodas na superfície, o que garante o não capotamento do veículo em curvas.

No sábado, acontecem as provas de aceleração, em que o carro percorre 75 metros buscando o menor tempo; a prova de autocross, em que dois pilotos participam por equipe, dando duas voltas cada em que só a segunda delas vale – a prova é uma tomada de tempo rápida em que o melhor tempo ganha; a skidpad, também com dois pilotos por equipe dando duas voltas cada – valendo apenas a última de cada – simula a aceleração lateral. Uma pista em forma de 8 é percorrida e duas voltas são dadas para a direita e duas para esquerda, ganhando o menor tempo.

No último dia, domingo, geralmente pela manhã, acontece a enduro, também com dois pilotos, que percorrem um total de 22km. A prova visa avaliar a confiabilidade do veículo, já que a prova de longa duração permite ver se o seu veículo resiste até o final sem que peças se desprendam dele. Além disso, é uma prova em que, além de conquistar o menor tempo, o veículo precisa apresentar eficiência energética. Ou seja, precisa realizar a prova em pouco tempo gastando menos combustível.

A viagem até Piracicaba, a estadia de aproximadamente 30 integrantes da equipe e o transporte do veículo custam aproximadamente R$ 22 mil. A equipe já tem fornecidos, pela UFSM, R$ 18 mil, faltando apenas R$ 4 mil referentes à estadia.

“Esse ano a gente está enfrentando um pouco mais de dificuldade em conseguir esse valor. Mas a UFSM nunca nos deixou na mão nesse quesito”, informa o capitão, Lucas Iensen.

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