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Gótico & Queer: representações de sexualidades divergentes

Técnico-Científicos Publicado: 4 agosto 2021 - 19:13 Última modificação: 5 agosto 2021 - 15:17 Ouvir

Google Meet - Santa Maria

09/08/2021 18:00 - 18/08/2021 19:00

Descrição

130º SEMINÁRIO DE ESTUDOS AVANÇADOS

Título: Gótico & Queer: representações de sexualidades divergentes.
Palestrante: Prof. Dr. Andrio J. R. dos Santos.

Mais informações: PROPOSTA DE SEMINÁRIO ANDRIO SANTOS 2021.docx.pdf – Google Drive

Ementa: O gótico queer apresenta-se como uma vertente da ficção gótica em que questões relativas a identidades e sexualidades queer ocupam papel central na narrativa. Esse tipo de ficção emergiu na década de 1990 em meio aos estudos feministas, cujas provocações e críticas de interesse teórico e político impulsionaram uma revisão de textos góticos. Por exemplo, o exame das relações homoafetivas em The Monk (1796), de Matthew Gregory Lewis, ou em The Picture of Dorian Gray (1890), de Oscar Wilde. Michael Warner (2004) se questiona se a sexualidade poderia ser considerada o principal objeto dos estudos queer assim como gênero se tornara o principal objeto do feminismo, o que reflete a proximidade entre os estudos do gótico e os estudos queer. A ficção gótica apresenta certa obsessão por temas limiares, e o processo de abjeção imposto pelo discurso hegemônico sobre sexualidades dissidentes seria também uma das características definidoras do gótico queer. Como ambas as questões estão quase que incondicionalmente relacionadas a corpo e gênero, o gótico queer – ou uma abordagem queer do gótico – levaria em conta essas instâncias da identidade.
Eve Sedgwick (1985) defende que a apreensão de qualquer aspecto da sociedade ocidental demanda uma compreensão crítica das relações e conceitos relativos à identidade de gênero, corpo e sexualidade. O gótico queer, demarcado pela centralidade de temas tabus, dissidências de gênero e de sexualidade, tonar-se um campo fértil para esse tipo de estudo. A partir disso, tonar-se pertinente realizar uma revisão de literatura sobre os estudos do gótico, concedendo especial atenção a obras que possam ser lidas como queer; Em The Castle of Otranto (1764), a masculinidade exacerbada de Manfred pode ser lida como produto da homofobia; Vathek (1786) enfatiza a paranoia que relaciona o “efeminado” ao desviante e, por consequência, ao monstruoso, tornando-o abjeto a partir desse processo. A caracterização queer lida em Madeline, de The Fall of the House of Usher (1839), e representada em Lucrece, de The Lazarus Heart (1998). Reexaminar essas obras nos permite discutir questões como autoria, representação de identidades e sexualidades divergentes, dando especial atenção às potencialidades subversivas assim como no frequente estado de abjeção imposto a tais identidades. Nessa lógica, queer se torna um tipo de força insurgente calcada de ação de rever, reler, repensar e recontextualizar. Pois, como Warner (2004) comenta, não se trata de encontrar o queer na teoria ou na crítica, mas de tornar queer a crítica e a teoria.

Programação

PROGRAMA

Unidade I: Tornando o gótico queer

  1. Encontros e desencontros crítico-teóricos sobre gótico queer
  2. Principais características e obras de destaque;
  3. Leitura crítica e discussão de textos, exemplificando questões supracitadas.

Unidade II: Reexaminando obras nascentes

  1. Fantasmagorias do desejo e ansiedades sociais: sobre corpo, gênero e sexualidade em The Castle of Otranto (1764), Vathek (1786) e The Picture of Dorian Gray (1890);
  2. Resgatando a autoria: de Horace Walpole a Oscar Wilde; 
  3. Leitura crítica e discussão de textos, exemplificando questões supracitadas.

Unidade III: Corpos abjetos: a corporificação de ansiedades sociais

  1. The Fall of the House of Usher (1839) e  Poppy Z. Brite;
  2. Sangue, saliva e entranhas nos contos de Wormwood (1993), de Poppy Z. Brite
  3. Leitura crítica e discussão de textos, exemplificando questões supracitadas.

Unidade IV: O diabo, a bruxaria e a sexualidade dissidente

  1. A carne, o diabo e a bruxaria: sobre julgamentos de bruxas e ansiedades sociais;
  2. Uma releitura queer: sobre misticismo, abjeção e perversão em The Daylight Gate, de Jeanette Winterson;
  3. Leitura crítica e discussão de textos, exemplificando questões supracitadas.
Inscrição

Através do formulário no seguinte link: https://forms.gle/ocaR9dxtbDyNz6JV9

Contato

ppgletras@ufsm.br

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