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Pesquisa

Biorefinaria

O Grupo do LATER vem desenvolvendo pesquisas segundo o conceito de Biorefinaria, ou seja, objetivando a obtenção de bioprodutos, com valor agregado, derivados da biomassa residual, bem como bioenergéticos, biomateriais e produtos classificados como intermediários da química fina. Procura desenvolver novas alternativas de aproveitamento de resíduos da biomassa vegetal, que, muitas vezes, têm sido descartados irregularmente no meio ambiente. Com o agravamento da crise energética e o aumento do preço do petróleo, somados à preocupação com a solução dos impactos ambientais diretos e indiretos com causa no uso intensivo de derivados de petróleo, novas fontes de energia e de matérias-primas para a indústria vêm sendo investigadas. No Brasil, a biomassa é a substituta natural para o petróleo (apesar das recentes descobertas no pré-sal), que, além de renovável, pode reduzir a crescente poluição atmosférica e tirar proveito do grande potencial de energia solar do país. Diversos tipos de resíduos lignocelulósicos estão disponíveis como subprodutos e resíduos da indústria em geral, dos quais sobressaem os rejeitos agroflorestais – que, se bem aproveitados, podem gerar energia, potência e insumos químicos, além de mitigar impactos ambientais. No Rio Grande do Sul (RS), uma das maiores fontes de resíduos agrícolas é o cultivo do arroz. Segundo o IBGE, mais da metade da produção brasileira (acima de 10 milhões de toneladas anuais de arroz), é gaúcha. Em nosso estado, são gerados como resíduos, anualmente, 1,2 milhões de toneladas de casca de arroz (CA). Tal rejeito da indústria de beneficiamento de grãos, em estudos acadêmicos, tem se revelado excelente alternativa para a produção de um leque de bioprodutos de alto valor agregado. Conforme pesquisas conduzidas no LATER, a CA pode ser utilizada, com vantagem, p.ex., como matéria-prima para a produção de ácidos orgânicos, entre outros produtos de grande importância na química industrial.

 

Tratamento de Efluentes

Efluentes hospitalares vêm ganhando cada vez mais a atenção de cientistas à medida que têm se tornado crescentes os problemas ambientais e o risco à saúde pública. Nas últimas décadas a atenção esteve voltada para os poluentes clássicos, porém com o uso crescente de fármacos, medicamentos e produtos de higiene pessoal e coletiva, constituído por substâncias ativas, novas causas de impactos ambientais vêm sendo registradas. Efluentes hospitalares, em países em desenvolvimento, de maneira geral, não recebem o tratamento adequado e, assim, atingem cursos de água que compõem importantes recursos hídricos que abastecem cidades, indústrias e a produção primária. Os medicamentos, por exemplo, não metabolizados por pacientes, alcançam águas de superfície e, consequentemente, o ambiente de entorno. Estudos mostram que hospitais, clínicas e estabelecimentos afins, geram efluentes com grande potencial genotóxico, em virtude das espécies químicas farmacêuticas presentes nestes efluentes. Fármacos, como antibióticos, beta-bloqueadores e anti-inflamatórios, são utilizados em larga escala nestes estabelecimentos, atingindo cursos d’água na sua forma metabolizada ou in natura. Os fármacos, por sua persistência em águas de superfície, têm grande potencial poluidor como xenobióticos. Apesar da diluição, muitas vezes levada a níveis não detectáveis, sem uma adequada pré-concentração, nada garante que determinadas espécies não sejam bioacumuladas. A busca por tecnologias, que minimizem o potencial poluidor de efluentes gerados nos mais diversos segmentos da saúde, sem gerar novos poluentes, é de grande interesse público, governamental e industrial. Tecnologias como fotocatálise, (foto) peroxidação, ozonização, eletrocoagulação, entre outros Processos Avançados de Oxidação (PAOs), vão ao encontro deste desiderato. A detecção, quantificação e monitoramento de fármacos e seus metabólitos em efluentes oriundo de clínicas, serviço.