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Campus de estrelas

Exposição de fotografias ressalta as luzes e sombras do ambiente noturno da UFSM



A luz do dia evidencia as belezas do campus da UFSM às milhares de pessoas que por ele passam cotidianamente. No entanto, foram as nuances noturnas que chamaram a atenção de um grupo de fotógrafos santa-marienses.

 

Por duas noites, as lentes de Cris Fontoura, Karlos Ab, Fabiano Machado, Carlos Rangel e Rafael Beltrame registraram o eixo principal da UFSM, desde o início da Avenida Roraima até o entorno do Centro de Convenções. Campus de estrelas: um olhar noturno sobre a UFSM foi o nome dado ao conjunto de 16 fotografias produzido pelo grupo e que está exposto no Shopping Praça Nova, em Santa Maria, desde o dia 15 de março.

 

“Pensamos que a UFSM possui um conjunto arquitetônico muito interessante e que se revela surpreendente com as luzes e sombras do ambiente noturno. A Instituição faz parte da identidade de nossa cidade e merecia essa abordagem diferente e, de certa maneira, surpreendente”, destaca Rafael, egresso de Engenharia Elétrica e atualmente docente do Departamento de Processamento de Energia Elétrica do Centro de Tecnologia, na UFSM.

 

Fotografia de Carlos Rangel

Os cinco fotógrafos participantes da exposição fazem parte do grupo Os Elementos, criado em 2017 com o objetivo de reunir amigos que tinham a fotografia como hobby. Atualmente composto por 13 integrantes entre fotógrafos amadores e profissionais, a equipe já realizou a exposição Os 4 Elementos – que acabou dando nome ao grupo – e Os caminhos de Joanilson, ambas na Cesma, em Santa Maria.

 

Fotografia de Cris Fontoura

Para produzir fotografias noturnas, segundo Rafael, um bom tripé é imprescindível. “Como nem todos possuíam, nos emprestávamos. Esse é um dos papéis de um grupo”, destaca o docente e fotógrafo. No registro do campus, cada um usou um modelo diferente de câmera, de super zoom a câmeras de entrada – não sendo necessário equipamento profissional.

 

Rafael comenta que ambientes urbanos normalmente não são bons lugares para visualizar o céu, pois as luzes da cidade ofuscam as estrelas. Uma solução é usar a técnica de longa exposição na fotografia. Nela, o obturador da câmera – um dispositivo que abre e fecha, controlando o tempo de exposição do sensor à luz – fica aberto por um período longo, que pode ir de um segundo a vários minutos. Assim, é possível fazer com que as estrelas apareçam com nitidez no céu.

 

Fotografia de Fabiano Machado

A fotografia que ilustra a capa desta matéria é da autoria de Rafael, responsável por outras quatro que compõem a exposição. Ao registrar o Memorial do professor José Mariano da Rocha Filho, o fotógrafo quis retratar a beleza do céu noturno, a imensidão de estrelas que os olhos não conseguem ver, principalmente devido à poluição luminosa das cidades. A reitoria, o espaço multiuso e a escultura em forma de bússola, localizada na Avenida Roraima, foram outros pontos escolhidos por Rafael. “Falo como ex-aluno e atualmente docente: a experiência proporcionou-me uma sensação ainda mais intensa de pertencimento à Instituição”, salienta ele.

 

Fotografia de Karlos Ab

As fotografias ficam expostas até o dia 29 de março, no Shopping Praça Nova, das 10h às 22h, próximo ao Empório Amadeo.

 

Reportagem: Andressa Motter, acadêmica de Jornalismo

Fotografia de capa: Rafael Beltrame

Fotografias: Divulgação

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