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Entre flores e espirros

Primavera começa nesta segunda (23) e com ela os fatores que agravam doenças respiratórias



Dias ensolarados, um calorzinho e plantas de diferentes tipos que começam a florescer. Esta descrição parece agradar muita gente, porém uma parte da população enxerga o início da primavera como um período de bastante desconforto em função das conhecidas doenças respiratórias.

Conhecida como a estação das flores, a primavera tem como características a elevação das temperaturas, o desabrochar das plantas e o aumento da umidade. Tais fatores interferem diretamente na piora dos sintomas de certas doenças respiratórias como rinite, sinusite e asma. O famoso “tira casaco, coloca casaco”, ou seja, a grande variação de temperatura ao longo do dia, é outro agravante para os alérgicos.

O pneumologista Ariovaldo Leal, do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), explica que existem diferenças entre as principais doenças respiratórias. “A asma é um processo inflamatório crônico das vias aéreas inferiores. Já a rinite é o processo inflamatório das vias aéreas superiores. E a sinusite é quando ocorre uma inflamação bacteriana nas vias aéreas superiores”, comenta o especialista.

A asma é uma doença crônica que não tem cura e se caracteriza pelo inchaço do revestimento dos tubos brônquicos, que levam o ar para os pulmões, o que causa um estreitamento das vias aéreas e, assim, reduz o fluxo de ar dentro dos pulmões. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a doença pode se originar de fatores ambientais e genéticos, como variações de temperatura, histórico familiar, poluição ambiental e contato com alérgenos – substâncias que provocam alergias. 

De acordo com o Ministério da Saúde, a rinite possui diferentes tipos: inflamação aguda, crônica, infecciosa, alérgica ou irritativa da mucosa nasal. Os casos agudos são, em sua maioria, causados por vírus, enquanto os crônicos geralmente estão associados à alergia, ou seja, são uma reação à exposição a ácaros, fungos, pelos de animais, poeira, fumaça, entre outros fatores que podem causar uma resposta alérgica. 

Já a sinusite, segundo informações da OMS, é uma inflamação localizada no revestimento interno dos seios da face, que pode ser aguda ou crônica. A doença pode se manifestar como uma consequência de um resfriado comum ou uma gripe, e acomete em torno de 2 milhões de brasileiros por ano. 

Estas enfermidades afetam cerca de 40% da população nacional, especialmente crianças e idosos acima de 60 anos, de acordo com o pneumologista, e podem ter relação genética ou não. Os principais sintomas relacionados às doenças respiratórias são: chiado no peito, espirros, coriza, dores de cabeça, garganta seca, tosse e falta de ar – em especial nos casos de asma.

A vendedora Dyeynyfer Rodrigues, 22 anos, afirma sentir fortes dores de cabeça e ardência nos olhos e no nariz, em função de seu quadro de rinite. A jovem ainda conta que percebe uma piora nos sintomas com a proximidade da primavera, o que o especialista explica ser devido ao processo de floração e à liberação do pólen pelas plantas. “Eu já fui ao médico. Por isso, eu tomo antialérgico sempre antes de começar a mudar a temperatura”, comenta a vendedora.

É possível prevenir e tratar doenças respiratórias? 

O pneumologista afirma que sim. “Os cuidados em casa evitam essas substâncias que juntam poeira, como manter higienizados tapetes, cortinas, bichos de pelúcia e procurar utilizar sempre edredons e travesseiros antialérgicos, evitando utilizar travesseiros com penas de animais e cobertores de lã”, sugere. 

A agricultora Janete de Moraes, 37 anos, conta sentir muita dor de cabeça, principalmente na primavera e no verão. “Eu faço tratamento para sinusite. O meu filho tinha, mas fez o tratamento e se curou. Tem anos que eu percebo diferença com a entrada da primavera, mas tem anos que não”, relata.

Ariovaldo Leal recomenda que, se a pessoa sentir sintomas que indiquem uma doença respiratória, procure um médico para avaliação inicial. “Se for um caso mais complexo, o médico irá encaminhar para um pneumologista ou para um otorrinolaringologista que vai dar segmento ao tratamento” explica. 

Repórter: Érica Baggio de Oliveira, acadêmica de Jornalismo

Ilustradora: Lidiane Castagna, acadêmica de Desenho Industrial

Mídias Sociais: Carla Costa, relações públicas, e Nataly Dandara, acadêmica de Relações Públicas

Editora de produção: Melissa Konzen, acadêmica de Jornalismo

Editor chefe: Maurício Dias, jornalista

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