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Geografia da Saúde

Projeto da UFSM busca redesenhar o sistema de saúde de Santa Maria



O Sistema Único de Saúde (SUS), previsto na Constituição Federal de 1988, define a saúde como direito de todos e dever do Estado. No entanto, ter o direito é diferente de ter o acesso. Pensando nisso, o professor do Departamento de Geociências da UFSM Rivaldo de Faria desenvolveu um projeto para redesenhar a distribuição das unidades do SUS em Santa Maria e garantir a universalidade do serviço.

Rivaldo é fundador do Núcleo de Pesquisa em Geografia da Saúde (NePeGS), primeiro grupo que aborda a temática no Rio Grande do Sul. O desafio é entender como as enfermidades se relacionam com o território, uma vez que “a saúde não é discutida geograficamente ou sociologicamente, mesmo que existam fatores físicos e sociais que expliquem as razões das doenças e da morte”, como pontua o pesquisador.

Denominado Implementação de tecnologia geográfica nas ações de planejamento e vigilância à saúde na área urbana de Santa Maria, o projeto teve início em 2016, a partir de uma parceria do NePeGS e da Secretaria Municipal de Saúde. Ana Paula Seerig, Assessora de Gestão, Projetos e Planejamento da Secretaria, conta que, através do projeto, “estabeleceu-se uma relação de parceria de trabalho, a qual agregou conhecimento, segurança e legitimidade ao processo”.

Através do estudo desenvolvido, propõe-se que seja realizada a territorialização da Atenção Básica à Saúde (ABS) em Santa Maria, ou seja, que se definam o território e a população de atendimento das unidades. Segundo Rivaldo, atualmente há muitos territórios desassistidos: “Quando a rede de Santa Maria foi mapeada, percebeu-se que falta serviço. A cidade não atende hoje nem 60% da população, há um vazio enorme”, explica o professor.

O estudo se baseia na estrutura atual do SUS, que é dividido em três níveis – primário, secundário e terciário, sendo o nível primário a porta de entrada do Sistema. Nesse nível, estão as Unidades Básicas de Saúde, cujo papel é promover as políticas de prevenção e prestar atendimentos simples. O seu bom funcionamento evita que os grandes centros especializados tenham que atender um alto número de ocorrências de simples resolução.

Em 2018 será implementado o Projeto Piloto, como previsto no Plano Municipal de Saúde. A escolha das unidades beneficiadas ficará a cargo da Secretaria da Saúde. Segundo Ana Paula, espera-se que até dezembro de 2020, data que marca o fim da atual gestão, toda a Rede de Atenção de Santa Maria esteja organizada. Diante da grande mudança que seus estudos podem trazer para a cidade, Rivaldo explica por que escolheu estudar a Geografia da Saúde: “Eu poderia exercer meu trabalho na área de geografia agrária, área econômica ou geopolítica, mas para mim não há nada mais econômico, agrário e urbano do que a vida das pessoas”, conclui.

Reportagem: Mariana Machado

Diagramação e Ilustração: Pollyana Santoro

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