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Produtividade do milho

Pesquisador da UFSM estuda o efeito da distribuição irregular de sementes no plantio



Você já pensou que a distribuição de sementes na fileira de plantação pode influenciar no  desenvolvimento das plantas? Foi essa a hipótese inicial que o engenheiro agrônomo Tiago Hörbe buscou provar em sua tese de doutorado em Ciência do Solo na UFSM no ano de 2015. O pesquisador acompanhou a safra de milho na cidade de Carazinho nos anos agrícolas 2013/2014 e 2014/2015. A produtividade do milho também foi avaliada de acordo com o sistema de plantio utilizado, pneumático ou mecânico, e o nível de nitrogênio das plantas.

A principal diferença entre os sistemas de plantio é o dosador de sementes. O sistema pneumático, que é movido a ar, possui dentro dele um separador e organizador de sementes que elimina os grãos que estão grudados para que não sejam plantados no mesmo lugar. A função potencializa a distribuição com distância adequada. Para o experimento, foi determinada a distância ideal de 25 cm entre cada planta de milho.

Após a realização dos dois experimentos, o primeiro em condições climáticas adequadas e o segundo com déficit hídrico, foi concluído que a utilização do sistema pneumático aumenta em 50% a quantidade de plantas com distância ideal entre elas quando comparada à distribuição feita pelo sistema mecânico. Isso resultou em um incremento de 10% na produtividade da colheita. A distribuição regular das sementes na fileira de plantio evita que elas compitam, entre si, pela incidência de radiação solar e pelo aproveitamento de água e nutrientes.

Na linha superior as plantas foram semeadas com o sistema mecânico, que causa variedade na qualidade das espigas. Na linha inferior, o plantio foi feito com a plantadeira pneumática.

Segundo Tiago, o nitrogênio é um dos nutrientes mais necessários para o milho, pois dá vigor a planta. Por isso, em sua pesquisa ele utilizou um sensor de tempo real, o N-Sensor, que identifica o vigor individual de cada planta e recomenda quando a variação de nitrogênio é necessária.  A variação permite que a planta com deficiência de nutrientes se recupere e cresça saudável. Tiago constatou que a utilização do sensor pode corrigir, em partes, a variação na produtividade causada pelo erro na distribuição das sementes. Mas o pesquisador ressalta que “o ideal seria utilizar o sensor para potencializar o plantio, e não suprir as falhas de distribuição do sistema mecânico”

 

O Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China. O predomínio da semeadura mecânica na agricultura brasileira e a baixa utilização da dose variável de nitrogênio podem ser os motivos para a menor produtividade do país, que produz quatro vezes menos que os Estados Unidos (84 e 345 milhões de toneladas) segundo o Departamento do Agronegócio da Fiesp. Tiago afirma que a utilização da semeadora pneumática e do sensor poderiam ser alternativas para incrementar a produção brasileira.

Reportagem: Andressa Foggiato
Fotografias: Divulgação

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