Ir para o conteúdo Agência Da Hora Ir para o menu Agência Da Hora Ir para a busca no site Agência Da Hora Ir para o rodapé Agência Da Hora
  • International
  • Acessibilidade
  • Sítios da UFSM
  • Área restrita

Aviso de Conectividade Saber Mais

Início do conteúdo

O que é verdade ou mentira em relação à vacinação para a Covid-19?



No dia 17 de Janeiro, o Brasil aplicou a primeira dose da vacina que combate  a Covid-19. A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a doença, porém a medida foi pauta para criação e disseminação de notícias falsas que desorientam a população. Para esclarecer a questão, elaboramos um guia com as principais dúvidas sobre a vacina de acordo com fontes oficiais e entrevistas com profissionais da área. 

O Brasil é referência na vacinação em massa desde a criação, em 1973, do Plano Nacional de Imunização (PNI), que foi crucial para a erradicação de várias doenças no país, como a poliomielite, doença  que pode levar à paralisia. 

A esperança é que se tenha os mesmos resultados com a vacinação da Covid-19, por isso a necessidade de toda a população ser vacinada. Contudo, a circulação de notícias falsas, ou descontextualizadas, aliada a fraudes aplicadas por alguns profissionais da saúde, que não têm aplicado corretamente as doses nos pacientes, acabam contribuindo para disseminar desconfiança sobre a vacinação. Andressa Magalhães, enfermeira que está atuando na linha de frente da vacinação no município gaúcho de Palmeira Das Missões, relata que essas notícias de fraude geram insegurança por parte da população que está sendo vacinada. “Muitas pessoas pedem para ver se tem o líquido dentro da seringa, mas orientamos que a quantidade é meio ml e mostramos antes e depois da aplicação’’, afirma a enfermeira.

A vacinação representa solução para a pandemia. Créditos: Steven Cornfield/ UnsplashPhotos

O Secretário da Saúde de Palmeira das Missões, Izaias Malheiros, afirma que, na cidade,  a adesão à vacina é boa. Ele conta que, logo quando chegam, as doses são distribuídas para vacinar os grupos prioritários. “As vacinas chegaram na sexta e no sábado já estavam no braço de 1303 pessoas, em apenas cinco horas’’. Segundo o secretário, durante a semana a imunização é feita também nos acamados ou domiciliados, respeitando a faixa etária correspondente.

A enfermeira Andressa destaca que o número de doses recebidas está de acordo com a população da  faixa etária a ser vacinada, controle que se tem por meio das pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “As doses já vem certinho para aquele número de pessoas residentes no município’’, esclarece. 

Pode tomar a vacina da gripe e de COVID-19 juntas?

Outra dúvida que tem sido comum entre a população é a possibilidade de receber a vacina da covid-19 e da gripe ao mesmo tempo. Cristiane Moraes, enfermeira que trabalha com a imunização, diz que a vacinação contra a gripe tem a previsão para iniciar no dia 12 de abril. Ela afirma que é necessário um intervalo de tempo para receber os dois imunizantes. “É preciso ter um intervalo de no mínimo 14 dias para qualquer outro tipo de vacina, quem faz a vacina da covid-19 tem que esperar 14 dias antes e depois para poder tomar a da gripe”, explica.

Confira as respostas às principais dúvidas sobre a imunização contra covid-19. Os dados constam no Plano Nacional de Imunização (PNI) e no Plano Estadual de Vacinação (PEV) do Rio Grande do Sul:

Quem não deve se vacinar no Brasil: Gestantes, puérperas (mulheres com filhos recém nascidos) e lactantes;
menores de 18 anos; pessoas com hipersensibilidade à algum princípio ativo da vacina; pessoas com alergia grave a ovos.

Condições em que se deve adiar a vacinação:
Doenças febris moderadas/graves; suspeitas de COVID-19; pessoas confirmadas com a doença.

Os tipos de efeitos colaterais: 

Coronavac – no local da aplicação: dor, vermelhidão, inchaço, coceira, mancha roxa, caroço duro e infecções; ainda pode ocorrer dor de cabeça e nos músculos, diarréia, náuseas, cansaço e raramente febre.

AstraZeneca: Fadiga, náuseas, calafrios, mal-estar, febre.

O que fazer em caso de reação que precise de orientação profissional: o governo do RS criou o Ambulatório Digital para Eventos Adversos, em que os pacientes ligam e são atendidos por profissionais no Disque-denúncia – 150/RS.

O que levar para o local de vacinação: documento de identificação (RG/CPF) ou cartão SUS.

Quais vacinas estão disponíveis no país? CoronaVac e AstraZeneca são as únicas que estão sendo aplicadas no país. 

Onde verificar notícias confiáveis sobre o calendário de vacinação da cidade: Sites de Secretária de Saúde do seu estado.  Para quem vive no RS, aqui: Cronograma de Vacinação RS 

Como prevenir possíveis fraudes? O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) publicou uma nota em que orienta os pacientes a solicitarem a demonstração do passo a passo do procedimento de vacinação. Familiares e acompanhantes dos vacinados não podem ser impedidos de registrar em foto ou vídeo o momento da vacinação. 

 Tempo de intervalo entre as duas doses: CoronaVac: 2 a 4 semanas depois da primeira dose; AstraZeneca: 12 semanas depois da primeira dose.

Pode tomar vacina de diferente laboratório? Não, os estudos clínicos foram feitos com as vacinas produzidas pelo mesmo laboratório.

Sobre a conclusão da aplicação das vacinas, o secretário de saúde de Palmeira das Missões relata, ainda, que os municípios dependem do programa de imunização do governo federal, que hoje é responsável pela aquisição e distribuição das vacinas. Izaias Malheiros afirma que não existe uma previsão de quando toda a população será vacinada. ‘’Se dependesse das equipes que nos ajudam, nossa população em um mês estaria toda vacinada, o que nos falta é a vacina, não temos essa previsão e nem o governo federal tem uma data exata disso’’, aponta.

Reportagem: Camila Amorim e Fernanda Vasconcellos

Edição: Alice Pavanello e Luciana Carvalho

Divulgue este conteúdo:
https://ufsm.br/r-825-316

Publicações Relacionadas

Publicações Recentes