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Esportes na vida universitária



Como as atividades físicas se tornam um escape da rotina e ajudam na saúde

Camila Oliveira, Beatriz Emer, Isadora Silva e Jaqueline Witter

     A vida universitária é desafiadora para os jovens que finalmente se deparam com o início da responsabilidade da vida adulta e precisam de escapes para cuidar da mente e do corpo, mantendo assim a qualidade de vida. A prática esportiva, que é o ato de praticar qualquer movimento do corpo, enquanto o exercício físico equivale ao movimento repetitivo e programado, tem o propósito de contribuir com a saúde, o que realmente é atingido.

     Diante disto, a Universidade Federal de Santa Maria, campus de Frederico Westphalen, fundou uma associação de esportes universitários. Nomeada em homenagem ao Coordenador de Patrimônio e Infraestrutura da UFSM/FW, a “Atlética Milton Guerra” oferece aulas de futebol, vôlei e handebol. Além da atividade física, também promove a interação e união entre alunos de todos os cursos.

Foto: Arquivo Reportagem para suportes digitais.
 

      “Dentro do esporte as pessoas criam um fascínio, capaz de unir pessoas diferentes por uma mesma paixão”, diz Brenda de Oliveira, 18 anos, codiretora de esportes. Ela comemora a aceitação na equipe na atlética, uma vez que se juntar à vida universitária já a encantava, e fazer parte de algo maior, que pode promover junção entre as pessoas, a deixa ainda mais gratificada. Por isso, quando a atlética surgiu com o processo seletivo para o cargo na direção de esportes, ela resolveu aproveitar a chance e acabou se classificando.

     Brenda relata, ainda, que foi incentivada a entrar nas práticas desde muito nova pelo seu pai, Celson Oliveira, um dos fundadores do União Frederiquense. Conforme conta, foi ele que conseguiu lhe transmitir a paixão familiar pelo esporte, algo que vive na garota até hoje.

     Para ela, a atlética está presente para que a universidade não se torne maçante aos jovens, servindo como uma válvula de escape, e os treinos acabam se tornando importantes para os estudantes associados. A atividade física ajuda na produção dos hormônios que trazem felicidade, liberando endorfina e serotonina no corpo, responsáveis pela sensação de bem-estar, que é exatamente como ela se sente após os treinos.

Foto: Arquivo Reportagem para suportes digitais.

     Gabriela Souza, 24 anos, acadêmica do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária e diretora da Atlética Milton Guerra, foi convidada, ainda em 2019, a fazer parte da gestão fundadora da “Migué”. Em 2021, após quase dois anos de atividades remotas, Gabriela dá continuidade e passa a integrar a gestão atual. Mais conhecida como Gabí, a estudante salienta que o esporte, além de ser a melhor ferramenta para o bem-estar psicológico, também auxilia no meio social. “Saímos do computador, estamos fazendo tudo ao vivo, revendo as pessoas, conhecendo outras. Acredito que, até pela questão da convivência, tem ajudado bastante”, destaca. 

     Hoje a Atlética conta com um número maior de participantes, tanto de gestores quanto de associados, apelidados carinhosamente de “rasantes”, em homenagem ao mascote da Migué: o quero-quero. “Mudou o ânimo das pessoas, estão mais empolgadas em participar”, relata a diretora. 

     A Atlética Milton Guerra está voltando com tudo, e não faltam projetos para o futuro. “São muitos planos. Um deles é a torcida organizada e as líderes de torcida. Queremos participar cada vez mais de campeonatos universitários e fazer com que todo mundo vá torcer”, conta Gabí, sem perder de vista o objetivo principal: viver a experiência universitária da melhor forma possível. E, nessa experiência, o esporte pode ser um grande aliado.

Foto: Arquivo Reportagem para suportes digitais.

     A prática esportiva vai muito além de manter um corpo saudável. A atividade física estimula a produção de hormônios associados ao prazer e bem-estar, como endorfina e serotonina, aliviando o estresse, melhorando a qualidade do sono e o humor, aumentando a concentração e reduzindo a ansiedade e a possibilidade de depressão. Carolina da Silva Oliveira, 20 anos, estudante do 8º semestre de Educação Física, considera o esporte coletivo não apenas benéfico, mas fundamental na vida dos universitários. “São muitas as vantagens individuais, e, mais do que isso, o esporte coletivo funciona com o trabalho em equipe, a socialização, que também é super necessária nesse momento”, aponta Carolina. 

     A prática de atividades físicas regularmente é a chave do sucesso para o desenvolvimento de uma qualidade de vida, social e mental, principalmente para os universitários, onde, em meio às mudanças de rotina, cuidar de si é essencial. Patrícia Neves, estudante de Relações Públicas, exerce a prática de exercícios físicos desde criança, e após o ingresso na Universidade Federal de Santa Maria, campus Frederico Westphalen, ela usufruiu da oportunidade de continuar sua rotina na prática de esportes, participando da Atlética Milton Guerra. Patrícia sempre participou de esportes, como karatê, natação, futsal e vôlei, quando cursava o Ensino Médio, na escola. 

     Após o início da faculdade, em 2019, as práticas foram contínuas. Mas em decorrência da pandemia, que levou ao funcionamento remoto da universidade entre 2020 e 2021, infelizmente os esportes deixaram de fazer parte da sua rotina. Com a volta às aulas presenciais em 2022, os treinos da atlética retornaram, e Patrícia voltou a treinar esportes como antes. Para ela, “os treinos são os momentos bons do dia, me sinto menos cansada e mais disposta, melhor do que se não tivesse feito exercício”. Dessa forma, Patrícia específica a diferença que existe na qualidade e motivação de vida em seus hábitos diariamente. 

     A prática de esportes ajudou Patrícia em sua ansiedade, estresse e dias ruins, conforme diz. “Acredito que, quando se trata de uma rotina acadêmica na vida de um universitário, os treinos influenciam de uma forma muito positiva, como um momento de integração e interação com outras pessoas, um momento de conversar e dar risada, onde o cotidiano da vida universitária fica mais leve de alguma forma, e nos tranquiliza mentalmente, além do que focar naquilo que quer e logo em seguida ver os resultados no corpo é satisfatório”. Assim, ela representa o quanto os esforços podem ajudar e influenciar de forma eficiente na vida do universitário, auxiliando no bem-estar, fisicamente e psicologicamente.

     Em relação aos estudos, Patrícia reforça como a prática de esportes ajuda no foco em seus trabalhos e diminui a rotina maçante de estar inteiramente, todos os dias, na faculdade. “A prática de exercícios físicos na atlética me proporciona uma vida diferente, em que posso usufruir junto com meu curso na universidade. Aliás, os treinos me ajudaram bastante nessa parte da disposição, em me sentir mais disposta a fazer outras atividades no meu dia a dia”. Dessa forma, ela caracteriza seu esforço como um entretenimento que possibilita progresso e evolução em seus estudos e consequentemente em sua carreira no futuro.

Foto: Arquivo Reportagem para suportes digitais.

     Sendo assim, como estudante universitária, Patrícia recomenda, para quem deseja iniciar uma vida ativa na prática de esportes, “investir em algo em que sinta prazer, satisfação e bem-estar. Gostar e se sentir confortável no ambiente onde irá praticar o esporte, seja coletivo ou individual, adaptando-se ao gosto de cada pessoa, e, claro, começar aos poucos e ir aumentando a frequência, conforme o gosto de cada um, pois, a partir do momento em que você começa a gostar, as chances de continuar e manter uma rotina são maiores”. Consequentemente, investir em treinos, de maneira adequada à rotina e vida de cada um, é o que prolonga sua qualidade de vida em relação à mente e ao corpo.

     É imprescindível que todas as pessoas cuidem de sua saúde mental, imprescindível na busca por uma boa qualidade de vida e bem-estar. Para o universitário, não é diferente. “Essa fase da universidade que os jovens vivenciam apresenta algumas particularidades, que fazem com que a gente tenha um olhar um pouco mais atento, de prestar mais atenção na saúde mental. Esse momento de vida geralmente é de muitas mudanças, não é só questão da universidade em si, mas tem a ver também com a construção de uma identidade, uma independência da família um pouco maior, é um momento de tomar algumas decisões da vida, que antes o estudante não tinha”, afirma Laís Piovesan, psicóloga da Universidade Federal de Santa Maria, campus de Frederico Westphalen. 

     Por isso, focar em atividades para além da universidade é fundamental, começar ou continuar executando atividades que são prazerosas para o universitário pode facilitar sua trajetória. “Esses outros momentos, seja de socialização, ou da prática de uma atividade física, acabam proporcionando um prazer que atua também como uma válvula de escape. Também eu não quero dizer que as atividades da universidade não possam ser prazerosas, mas é interessante manter um equilíbrio nesses âmbitos”, comenta Laís.

     Já virou consenso na área da saúde, reforça a psicóloga, que o corpo e a mente devem estar juntos em movimento. “A questão da atividade física, seja ela por meio de algum esporte ou outro tipo de exercício, está muito relacionada ao bem-estar, à diminuição do estresse e da ansiedade. E quando envolve interação social, como é o que ocorre na atlética, melhor ainda. Porque se torna uma atividade mais prazerosa, praticar essas atividades físicas vem sendo uma das opções que, conforme diversos estudos têm demonstrado, tem impacto bastante positivo na saúde mental”.

     Como mencionado ao longo desta reportagem, seja no trabalho em equipe, no espírito de liderança, na disciplina e, claro, em um cérebro saudável, o esporte é uma das ferramentas que ajudam todos esses fatores a se desenvolver em uma pessoa. Portanto, é essencial essa aproximação da atlética com os estudantes, pois essa interação acaba tornando a vida acadêmica mais leve.

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