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Pesquisa aponta relevância da mídia no desenvolvimento da criança



Em texto publicado na última edição da Revista Comunicação e Educação, veiculado pelo Departamento de Comunicações e Artes da ECA-USP, a pós-doutora Ariane Porto faz uma análise da interação entre o público infantil e a mídia, e sobre as “relações, significados e vivências que emergem desta confluência”, como retrata o artigo
 
No contexto atual em que a população se encontra rodeada de informação e novas maneiras de comunicar com rapidez e fluência, é impossível, e também nocivo, pensar em uma infância sem a presença da mídia, de acordo com a autora. Por isso, a mediação de forma consciente por parte da família e da escola é importante, para que as novas tecnologias e mídias digitais se representem como ferramentas para a formação e desenvolvimento saudável da criança.
 
“As tecnologias promoveram muitas e diversas alterações nas relações socioculturais, como por exemplo o aumento da autonomia de consumo, não só pela diversidade e quantidade, mas também pela possibilidade de acesso on demand”, afirma Ariane. De acordo com a autora, isto possibilita o acesso da criança a produções que favorecem o reconhecimento de múltiplos discursos e vozes diferenciadas, que dialogam com sua cultura.
 
Além do consumo de culturas diferentes, uma nova possibilidade que a tecnologia trouxe é a inserção do público infantil como também produtor de cultura. A internet e as plataformas sociais permitem que a criança crie e compartilhe conteúdo com a rede mundial. “As tecnologias digitais proporcionam não apenas a polifonia, mas, fundamentalmente, cria ‘ouvidos’ para essas vozes. As crianças das novas gerações já podem se comunicar com o mundo todo – e isso é uma enorme revolução.”
 
Porém, é importante que escola e a família estejam atentas para a presença da mídia no imaginário da criança, e use esta conscientemente para o fim de educá-la. A mídia não é capaz de substituir um professor ou de resolver problemas da criança, sendo ela apenas um instrumento para estabelecer comunicação, algo que anda de mãos dadas com a educação, de acordo com Ariane.
Como explica a autora, a escola e a mídia são como “pais divorciados”: a escola é antiquada, enquanto a mídia é irresponsável. “A escola ensina conteúdos inúteis, e a mídia promove comportamentos inadequados e violentos. E poderíamos seguir com uma longa lista de acusações.”
 
É aí que entra a importância do estudo da educomunicação, curso inaugurado pela USP e área de especialização de Ariane. Este estudo trata de estabelecer pontes entre os novos formatos da mídia e a sala de aula, de maneira responsável, para oferecer um ensino mais completo e prático para estudantes de todos os níveis.
 
Um exemplo disto é a nocividade da publicidade infantil, algo que apenas recentemente tem sido regulamentado. Para Ariane, se trata de um tipo de mídia extremamente delicado, que não deve ser pensado com base em lógicas de mercado, já que pode causar sérios danos ao público infantil se mal realizado.
 
Porém existem possibilidades proporcionadas pela mídia que podem ser proveitosas para o público infantil, e devem ser valorizadas: com sensatez e comprometimento dos mediadores – como a família, a escola e o Estado – a mídia pode ampliar o conhecimento e capacidade criativa das crianças de maneira muito mais fluída e intensa do que era possível há décadas atrás, além de colocar a criança em contato com questões globais e complexas.

“Temos a questão ambiental como um grande ponto de conflito e gerador de questões estruturantes, que estão alterando sobremaneira os paradigmas de desenvolvimento atual”, adiciona Ariane. “Nesse ponto específico, as tecnologias possibilitam que questões globais como essa passem a fazer parte do cotidiano e das preocupações das crianças, talvez de forma muito mais intensa que na geração dos anos 90.”
 
O artigo completo pode ser lido no Portal de Revistas da USP.
 
 
 
Crédito foto: Telegraph.co.uk
Repórter: Vitor Andrade

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