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Plataforma inédita de defesa sanitária animal desenvolvida pela UFSM é utilizada em todo o estado



No ar desde 15 de setembro, a Plataforma de Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul (PSDA) foi pensada para agilizar e facilitar o processo de certificação de avícolas de reprodução. Antes da criação da plataforma idealizada pelo professor do departamento de Ciências da Computação, Alencar Machado, esse processo era totalmente manual, com formulários em papel. O projeto foi desenvolvido pela UFSM através de parceria público-privada com a Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (FATEC), o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa-RS), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR).

 

As avícolas de reprodução são as granjas de matrizes – aves que vivem em torno de 100 semanas e põem os ovos destinados à granjas de postura e de corte. O Ministério da Agricultura fiscaliza rigorosamente a disseminação de doenças nas granjas de matrizes a cada 12 semanas. O processo de fiscalização inicia com a coleta de material (sangue, fezes, ovos bicados, etc) pelo médico veterinário da empresa – devidamente credenciado no Ministério da Agricultura. Esse material é enviado para um laboratório agropecuário credenciado no Ministério da Agricultura, que fará a análise e emitirá um laudo a ser guardado pela empresa. Após obter um certo número de laudos, a documentação é protocolada na Superintendência Federal do Ministério da Agricultura, em Porto Alegre, para que a auditoria fiscal analise e emita o certificado ou indefira o pedido. Sem o certificado, as empresas não podem movimentar nem vender a produção de ovos. 

 

A partir do modelo de armazenamento físico, a plataforma veio para sistematizar esse processo. Ela é composta por um portal do representante técnico da empresa, um do serviço veterinário estadual e um voltado para os laboratórios agropecuários. Dentro da plataforma, há o módulo de certificação de granjas (disponível para todos os portais), um módulo de gestão de estoque de materiais de emergência (disponível para o serviço veterinário estadual) e um checklist de biosseguridade (disponível para as empresas). 

 

A plataforma é um elo entre o setor produtivo e o serviço oficial, fazendo com que, a partir do momento em que é feita a coleta ou digitado o resultado de um laudo, essa informação já esteja disponível para gerar um certificado. Com isso, o que antes demorava um tempo considerável, agora é instantâneo. No caso de positividade de doença, a plataforma notifica todo o serviço oficial automaticamente. A plataforma é organizada para que não vaze informações de empresa para empresa, por isso cada uma tem o seu ambiente, mas o serviço oficial tem acesso à toda informação. 

 

Depois de cadastrar as empresas, a equipe da plataforma oferece treinamento para os usuários, que passam a ter todas as suas informações e o certificado de forma digital. Segundo o coordenador do projeto, Alencar Machado, a tecnologia está em processo de registro para uso comercial e mesmo após o fim do ciclo do acordo – entre setembro e outubro de 2021 – a plataforma continuará disponível.  “Desenvolver esse tipo de tecnologia dentro da UFSM faz com que as empresas privadas nos recebam de portas abertas e não exitem em mostrar seus processos internos, porque fica clara a nossa intenção de resolver um problema, não tem a questão da concorrência comercial”, destaca o pesquisador. 

Texto: Giovana Dutra, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec)

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