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Conheça as carreiras que estão blindadas contra a retração econômica



Cresce a demanda por profissões novas, como as de analista sensorial e audiodescritor. Trabalhadores conseguem prosperar em nichos específicos, mesmo em tempos de crise.

 

 Os ponteiros do relógio têm ritmo próprio, dependendo de quem consulte as horas. Para aqueles que foram diretamente afetados pela crise econômica e o desemprego %u2014 que atingiu 6,9% em junho, a maior taxa dos últimos cinco anos segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) -, as horas andaram para trás. No entanto, para quem resolveu apostar em determinados mercados novos, em que há mais demanda do que oferta de profissionais, a marcha dos ponteiros continua à frente.

A procura por gerontólogos, audiodescritores, analistas sensoriais e algumas outras carreiras continua em alta, como atesta Yara Leal, que trabalha há mais de 20 anos como gerente de desenvolvimento de RH e consultora de consumo e negócios. “A crise muda tudo, mas alguns setores são menos afetados. São profissionais estratégicos em empresas ou que atuam em nichos específicos que continuam crescendo”, analisa a sócia-diretora do grupo Questão de Coaching.

“Há mais demanda por serviços de personal – como o organizer e o stylist – porque o estilo de vida mudou, e as pessoas têm menos tempo. É uma oportunidade para se especializar e até de oferecer novos subprodutos, já que isso está se popularizando, e a clientela não é mais só da elite. A área de atuação do gerontólogo cresce com o aumento do número de pessoas mais velhas. A carreira de audiodescritor está em alta não porque tenha aumentado o número de cegos: o que mudou é que eles estão mais inseridos na sociedade e cobram acessibilidade”, exemplifica Yara sobre novos nichos de mercado. Com relação a carreiras estratégicas, uma delas é a de analista sensorial. “Ele define diferenciais para um produto, como um cheirinho ou sabor característico. É um potencial pouco explorado que deve crescer”.

Confira o dia a dia de quatro profissões em ascensão e oportunidades de trabalho e cursos:

Audiodescrição

Função: transmitir objetivamente informações visuais contidas em obras de arte, filmes, espetáculos e eventos sem se sobrepor ao conteúdo sonoro, em um processo que visa compensar elementos visuais com palavras
Remuneração: em eventos presenciais, o preço médio da hora gira em torno de R$ 200. Pela diária de sete horas, os serviços custam de R$ 1.200 a R$ 1.400. No caso de audiodescrição voltada para tevê e cinema, o minuto de adaptação varia de R$ 100 a R$ 150, já que envolve outros profissionais, como roteirista e até diretor.

Em 2012, a discussão em torno das políticas de acessibilidade para pessoas com deficiência se intensificou com a criação do Projeto de Lei (PL) nº 4.248, que exige o uso de audiodescrição nos filmes exibidos nos cinemas e nos canais de televisão. Em consonância com o discurso, a Portaria nº 188/2010, do Ministério das Comunicações, determina o uso da audiodescrição em, pelo menos, duas horas semanais na programação das emissoras de tevê aberta que operam em sinal digital.

“O audiodescritor tem que entender a estética do produto que está traduzindo, essa é uma sensibilidade que se adquire com esforço e estudo”, explica a professora Soraya Ferreira, que coordena um grupo de pesquisa e extensão em audiodescrição na UnB chamado Acesso Livre. Há cerca de um mês, Sofia Fiore, 24 anos, aluna de pedagogia na insituição, criou uma empresa que oferece serviços de audiodescrição. A ideia que deu origem à Verbo Produções Audiovisuais surgiu no grupo de pesquisa e extensão coordenado por Soraya. “Começaram a nos chamar para realizar trabalhos fora da universidade, foi aí que eu me dei conta da alta procura por audiodescritores em Brasília”, conta a estudante.

 

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Sofia faz audiodescrição em eventos e percebe alta procura em Brasília

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Notícia publicada originalmente no Jornal Diário de Pernambuco, em 26/07/2015 (http://goo.gl/l70FjL)

 

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