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Projeto Retalhos da Memória de Santa Maria – artigo 020 A Vida do Solo



Fotografia em preto e branco, quadrada, em ambiente interno, de um homem e uma mulher manuseando um pipetador de análise de solo. Ao centro, de costas, o homem de jaleco branco, pele morena, cabelos curtos e escuros, levemente inclinado para frente, com a cabeça baixa e diante do pipetador. O pipetador tem cor clara, de aproximadamente um metro e meio de largura e sessenta centímetros de altura e está sobre uma mesa de cor escura encostada à parede branca. No equipamento, dispostas na parte frontal, pipetas finas transparentes, lado a lado, na vertical, do qual se pode ver, à direita do homem, as numeradas de três a nove. Abaixo de cada pipeta, um recipiente transparente, encoberto na parte inferior por uma calha escura, a qual o homem segura com as duas mãos, na altura da cintura. No canto esquerdo da sala, encostada na lateral da mesa e virada para a direita, a mulher, de pele clara e cabelos volumosos acima dos ombros. Usa óculos, jaleco branco longo e está com a mão direita sobre mangueiras finas presas à esquerda do pipetador. Atrás do pipetador, ainda sobre a mesa, parte de uma bandeja com filas de embalagens claras e quadradas de aproximadamente dez centímetros de altura. Na parede, um mapa de relevos do centro­-oeste do Rio Grande do Sul, encoberto na parte inferior pelo pipetador. À direita, uma bancada com nichos quadrados pequenos com superexposição de luz. Na parede esquerda, sobre a cabeça da mulher, uma janela basculante com persianas enroladas.

Verificamos o pioneirismo da Universidade Federal de Santa Maria em educação ambiental pois bem antes de se falar sobre a importância desta para a sustentabilidade do planeta, o Instituto de Solos e Culturas da UFSM produziu um projeto pioneiro em filme. A animação “A Vida do Solo” produzida em 1963 como filme 16 mm, com duração de 45 minutos, foi coordenada pelos professores Anna e Arhtur Primavesi; com participação na produção de José Feijó Caneda, fotógrafo; Orion Mello e Joel Saldanha, desenhista.

O vídeo intercala animação infantil com cenas do meio rural, tendo como trilha sonora a 5ª sinfonia de Beethoven. A obra mostra inúmeros personagens que representam os microsseres da natureza com o objetivo de apresentar de forma didática como se dá a vida no solo. Substâncias como cálcio, fósforo, nitrogênio, hidrogênio e oxigênio, assim como o húmus, os fungos e as enzimas, são representados por meio de figuras humanas ou animais.

A primeira exibição do filme ocorreu em 1968 durante o 2º Congresso Latino-Americano de Biologia e Microbiologia, realizado em Santa Maria sob o financiamento da Unesco. Depois de algumas sessões, não houve mais exibições para que o filme não ficasse comprometido.

 Quase 50 anos após a produção, a animação foi remixada para ser relançada em formato DVD. A primeira exibição ocorreu em 2012, no auditório da Associação dos Professores Universitários de Santa Maria (Apusm), com a presença da professora Ana Primavesi, 92 anos, e de outras pessoas envolvidas no projeto pioneiro.

Rainer Müller, ambientalista na Fundação Mo’ã – responsável pela iniciativa, que, na época dirigiu o Laboratório de Solos e Culturas, explicou que a produção do vídeo foi feita como uma forma de se chegar até os agricultores e com intuito de quebrar a barreira do idioma. “Eles (Anna e Arthur) tinham vindo da Áustria, um país que tem um quinto da área do Rio Grande do Sul e era o quarto maior produtor de madeira. Era difícil explicar sobre a necessidade de se preservar o solo. A queimada era algo natural”, lembra Müller, para a época.

Fotógrafo não identificado. Arquivo Fotográfico UFSM.1970.105.003.

Texto: Cristina Strohschoen, arquivista do Departamento de Arquivo Geral.

Audiodescrição da imagem: Fotografia em preto e branco, quadrada, em ambiente interno, de um homem e uma mulher manuseando um pipetador de análise de solo. Ao centro, de costas, o homem de jaleco branco, pele morena, cabelos curtos e escuros, levemente inclinado para frente, com a cabeça baixa e diante do pipetador. O pipetador tem cor clara, de aproximadamente um metro e meio de largura e sessenta centímetros de altura e está sobre uma mesa de cor escura encostada à parede branca. No equipamento, dispostas na parte frontal, pipetas finas transparentes, lado a lado, na vertical, do qual se pode ver, à direita do homem, as numeradas de três a nove. Abaixo de cada pipeta, um recipiente transparente, encoberto na parte inferior por uma calha escura, a qual o homem segura com as duas mãos, na altura da cintura. No canto esquerdo da sala, encostada na lateral da mesa e virada para a direita, a mulher, de pele clara e cabelos volumosos acima dos ombros. Usa óculos, jaleco branco longo e está com a mão direita sobre mangueiras finas presas à esquerda do pipetador. Atrás do pipetador, ainda sobre a mesa, parte de uma bandeja com filas de embalagens claras e quadradas de aproximadamente dez centímetros de altura. Na parede, um mapa de relevos do centro­-oeste do Rio Grande do Sul, encoberto na parte inferior pelo pipetador. À direita, uma bancada com nichos quadrados pequenos com superexposição de luz. Na parede esquerda, sobre a cabeça da mulher, uma janela basculante com persianas enroladas.

Comissão de Audiodescrição da UFSM.

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