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Cronistas do Diário: O grande teatro da UFSM, por Marcelo Canellas



Acho que quase todo santa-mariense já se perguntou: merecemos ser chamados de Cidade Cultura? Eu mesmo já meti o bedelho nessa polêmica. Se, por um lado, temos a vitalidade das iniciativas espontâneas que fervilham em grupos de teatro, cinema, dança e artes plásticas, de outro, nos faltam espaços públicos referenciais dessa nossa identidade cultural. É verdade que temos a nossa joia da coroa, o Theatro Treze de Maio, uma conquista da comunidade. Há, também, a proeza heroica de iniciativas como a do Espaço Cultural Victorio Facim e outras picadas arduamente abertas nesta selva de desestímulo e falta de incentivo. Mas, de resto, temos muito a lamentar.

O estado de nossos museus é de chorar. A situação da Casa de Culura, fechada, numa espera interminável por uma restauração que nunca começa, é constrangedora. Apesar do esforço grandioso de um grupo de abnegados, o que tem prevalecido é a visão míope e medíocre de que não se pode “gastar mais com cultura”.

Aí já vemos que a coisa começa mal, pois enxergar “gasto” naquilo que é puro investimento já inviabiliza o debate. Ainda estou no aguardo da explicitação da política cultural da nova administração municipal. Mas creio que, a partir deste ano, não será mais possível discutir cultura na cidade sem incluir o reitor da Universidade Federal de Santa Maria.

O professor Paulo Burmann entregará, dentro de algumas semanas, o presente dos sonhos de uma verdadeira Cidade Cultura. Será um acontecimento histórico, pois o maior teatro do interior do Rio Grande do Sul, construído no campus da UFSM, vai abrir suas portas à comunidade. Trata-se de uma casa de espetáculos de padrão internacional, com capacidade para 1,4 mil pessoas. Sua caixa cênica é tão imensa que comporta uma ópera inteira, com orquestra e figurantes: são 360m2 de palco. Só a boca de cena tem 17 metros de largura, 19 de profundidade e 9 de altura. Quem é de teatro sabe dessa grandiosidade.

Mas o teatro da UFSM não é apenas grandioso. É lindo. Vai virar cartão postal, ponto turístico. Em pouco tempo, quando alguém falar de Santa Maria, vai lembrar: ah, é a cidade daquele teatro! Os grandes espetáculos que passam por Porto Alegre sem triscar no interior por falta de estrutura, agora terão alternativa, colocando Santa Maria na vanguarda cultural do Estado.

É claro que será o grande palco das formaturas, mas o desafio do reitor e de sua equipe, agora, é o de tornar, de fato, esse maravilhoso espaço numa casa viva, convocando os vários grupos e atores culturais da cidade a participarem da formulação de uma política de uso comunitário. Um espaço público e democrático, de estímulo às muitas expressões de cultura que já temos. O presente é nosso, mas quem está de parabéns é a UFSM.

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