Ir para o conteúdo PET Agronomia Ir para o menu PET Agronomia Ir para a busca no site PET Agronomia Ir para o rodapé PET Agronomia
  • International
  • Acessibilidade
  • Sítios da UFSM
  • Área restrita

Aviso de Conectividade Saber Mais

Início do conteúdo

Sistemas de produção leiteiros



A bovinocultura leiteira é marcada tradicionalmente pela sua relação com pequenas e médias propriedades e agricultura familiar, no entanto, este cenário vem se modificando com a concentração em grandes produtores e alta tecnificação. Apesar da redução do número de produtores e do tamanho dos rebanhos, a tecnificação da produção proporcionou crescimento de 47% no ano de 2020. Esse valor representa um acréscimo de 9,5 bilhões de litros de leite produzidos no ano. Neste sentido, visando melhorar a condução e aproveitamento dos recursos da propriedade, o bovinocultor deve estar atento ao sistema de produção empregado e se são supridas as demandas do seu rebanho.

Existem diferentes regimes para a condução do rebanho, dentre os quais destacam-se os regimes extensivo, semiextensivo e confinado. O regime extensivo ou livre a pasto é caracterizado pela alimentação exclusiva de pasto, com ou sem suplementação de sal comum. O regime semiextensivo é caracterizado pela alimentação à base de pasto com suplementação no cocho, após a ordenha, com volumosos como a silagem e o feno, e concentrados a base de caroço de algodão e farelos. É a realidade de grande parte dos pequenos e médios produtores de leite do estado, o que caracteriza esse sistema como o regime onde ocorrem baixos e médios investimentos relacionados a tecnificação da produção.

No regime confinado o fornecimento de alimentos se dá exclusivamente no cocho, por meio da oferta de conservados volumosos, como a silagem, feno e pré-secado, suplementados com a utilização de concentrados. É o regime onde ocorrem altos investimentos em tecnologia, voltados principalmente ao bem estar animal e à redução da mão de obra. No que se refere ao regime confinado do rebanho, existem diferentes sistemas de produção ligados às acomodações do gado leiteiro. Os dois mais utilizados no estado são o Free Stall e o Compost Barn.

O Free Stall configura-se como um sistema conduzido em galpão coberto onde o gado possui acesso a alimentação em uma área restrita para este fim. Bem como uma área dedicada a exercícios e descanso das vacas, separadas em baias individuais, forradas com material de cama, como maravalha, areia e emborrachados, como é possível observar na Figura 1. A escolha do material de cama em ambos os sistemas é influenciada pelo custo da matéria prima, frete e disponibilidade de materiais na região da unidade de produção leiteira.

 

O Compost Barn é um sistema utilizado para bovinos leiteiros com uma área de descanso coletivo, coberta e livre de divisórias. A cama é a base de material orgânico, como maravalha, serragem ou casca de arroz, de modo que o gado não tenha contato com superfícies concretadas, exceto na sala de ordenha, como na Figura 2. Nesse sistema existe a necessidade diária de revolvimento da cama para aeração devido ao processo de compostagem a partir da mistura da cama com as fezes e urina dos animais.

 

A Embrapa Gado de Leite prevê que o crescimento da produção leiteira será sustentado mais pelas melhorias na gestão das fazendas e na produtividade dos animais do que pelo número de vacas em lactação. Portanto, a renovação dos sistemas e o emprego de novas tecnologias se fazem necessários para que o rendimento da produção seja mantido. A tendência é de que estes modelos de produção recebam mais investimentos e, consequentemente, dificulte a permanência de produtores não especializados e sem acesso a capital para investimento.

Assis et al. Sistemas de produção de leite no Brasil. Embrapa, 2005. Disponível em: ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/65268/1/CT-85-Sist-prod-leite-Brasil.pd f. Acessado em: 17 de dezembro de 2020.

SENAR. Tratamento de Dejetos Animais. Programa ABC Cerrado, 2019.

Fernanda Maria Mieth, acadêmica do 5º semestre de Agronomia e bolsista do grupo PET Agronomia — Universidade Federal de Santa Maria.

E-mail: fernandamieth@hotmail.com

Divulgue este conteúdo:
https://ufsm.br/r-779-958

Publicações Relacionadas

Publicações Recentes