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Entendendo listas, pilhas e filas



Nesta edição do PET-Redação iremos falar sobre algumas estruturas de dados do mundo da computação, sendo elas: as listas encadeadas, as pilhas e filas.

No entanto, iremos abordar pontos específicos de cada uma delas, principalmente de que modo são estruturadas e como implementar algumas funções básicas para manipulá-las.

Listas encadeadas

Em uma lista encadeada , para cada novo elemento inserido na estrutura, alocamos um espaço de memória para armazená-lo. Dessa forma, o espaço total ocupado na memória é proporcional ao número de elementos da lista. No entanto, não podemos garantir que os elementos armazenados na memória ocuparão um espaço contíguo, e por isso não temos acesso aos elementos da lista diretamente.

Para percorrer e ter acesso aos elementos da lista devemos guardar o seu encadeamento. Sendo assim a estrutura consiste em uma sequência encadeada de elementos, chamados de nós da lista. Cada nó da lista tem a sua informação, podendo ser um valor inteiro, real, caractere ou até uma sequência de caracteres, e um ponteiro para o próximo elemento da lista.

A imagem a seguir representa este conceito, onde do primeiro elemento, temos acesso ao segundo, e assim por diante. Sendo que o último elemento armazenado um ponteiro inválido, com valor NULL, indicando o fim da lista.

 
 

O código abaixo exemplifica a implementação de uma lista encadeada na linguagem C para armazenar valores inteiros.

 
 
 

Devemos notar que essa estrutura é auto-referenciada, pois o campo “struct lista* prox; é um ponteiro para para uma estrutura do mesmo tipo. Além disso, uma boa estratégia e definir o tipo “Lista“ como sinônimo de ”struct lista“ conforme demonstra o trecho de código acima. Com isso, o tipo “Lista“ representa um nó da lista, e a estrutura de lista encadeada será representada por um ponteiro para o primeiro elemento da lista (tipo Lista*). Sabendo a definição de lista , agora podemos começar a implementar funções necessárias para manipular essa estrutura.

Função de inserir elementos

Para cada novo elemento inserido na lista devemos alocar dinamicamente a memória para armazená-lo, e posteriormente fazer o encadeamento na lista. Uma possível implementação dessa função é exemplificada a seguir. Deve-se observar que a inserção ocorre sempre no início da lista neste exemplo. A função tem como parâmetros um tipo Lista*, que representa um ponteiro para o primeiro elemento de uma lista e o valor da informação que queremos armazenar.

 
 
 
 

Note que após alocar a memória para o novo elemento, devemos atualizar o ponteiro que representa a lista. Nesse caso, o novo nó aponta (ou seja,tem como próximo elemento) para o elemento que era o primeiro da lista. E então a função retorna a nova lista, representada pelo ponteiro para o novo primeiro elemento.

Função para remover um elemento

Se o elemento que queremos remover for o primeiro, devemos fazer o novo valor da lista passar a ser o ponteiro para o segundo elemento, e então liberamos o espaço alocado para o elemento que iremos retirar. Se o elemento a ser removido estiver no meio da lista, devemos fazer com que o elemento anterior passe a apontar para o seguinte a ele, e então poderemos liberar o espaço de memória (free(p)).

 
 
 
 

A função percorre a lista em busca do elemento com o valor enviado como parâmetro, caso o ponteiro tenha como valor final NULL, significa que toda a lista foi percorrida e não foi encontrado o elemento. Caso ele seja diferente de NULL, o elemento foi encontrado e temos dois possíveis casos já citados anteriormente:

  • Caso 1 – o ponteiro para o elemento anterior na lista é igual a NULL, significando que o elemento encontrado é o primeiro da lista, então fazemos com que o ponteiro que representa a lista passe a ser o próximo (ou seja, o segundo).

  • Caso 2 – o elemento está no meio da lista, então fazemos com que o ponteiro do elemento anterior passe a apontar para seguinte em relação ao que queremos remover.

 
Função para imprimir uma lista

Para percorrer uma lista utilizamos uma variável auxiliar do tipo ponteiro, para armazenar o endereço de cada elemento. A imagem abaixo mostra uma função que percorre todos os elementos e imprime o seu valor.

 
 
 
 

Com estas funções básicas de manipulação de listas demonstradas acima podemos utilizar seus conceitos e melhorá-las,e assim criar funções de busca, inserções ordenadas, entre outras possibilidades.

Função para liberar a lista

Completando o conjunto de funções básicas de manipulação de listas, temos a função para destruir todos os elementos da lista e liberar a memória ocupada.

 
 

É importante notar que sempre guardamos a referência para o próximo elemento da lista antes de liberar o atual, pois perderíamos o encadeamento da lista e não teríamos mais acesso aos elementos, e acabaríamos tentando acessar um espaço de memória que não está reservado mais ao nosso uso.

Pilhas

Uma das estrutura de dados mais simples é a pilha. Sua ideia fundamental é que todo acesso a seus elementos seja feito a partir do topo. Assim quando um elemento é inserido na pilha, ele passa a ser o elemento do topo e só temos acesso a ele. Logo, os elementos da pilha só podem ser retirados na ordem inversa a ordem que foram inseridos : o primeiro que sai e o último que entrou (LIFO – Last in ,first out). Uma pilha pode ser implementada utilizando um vetor, se tivermos a informação do número máximo de elementos que iremos armazenar, ou utilizando uma lista encadeada quando não sabemos quantos elementos iremos armazenar.

Implementação de pilha com lista

Nesse caso os elementos são armazenados em uma lista encadeada, e a pilha pode ser representada simplesmente por um ponteiro para o primeiro nó da lista.

 
 

Para criar uma pilha, é necessário primeiro alocar a memória referente a estrutura da pilha e depois inicializamos a lista como vazia.

 
 

Ao manipular uma pilha temos duas operações básicas que devem ser implementadas, a de empilhar um novo elemento no topo (push) e a de desempilhar um elemento (pop). Sabendo que o primeiro elemento da lista representa o topo da pilha. A cada nova inserção esse elemento vai para o início da lista, e consequentemente, o elemento durante a operação de remoção também é o primeiro da lista. Segue abaixo exemplo das funções de push e pop.

Função push
 
 
 
 
Função pop
 
 
 

Note que a função retorna o valor do elemento que foi retirado.

Função para liberar pilha

Para liberar a memória alocada para uma estrutura do tipo pilha, temos que liberar primeiro todos os elementos da lista.

 
 
Filas

Na estrutura de fila, o acesso aos elementos também segue regras. Sua ideia fundamental é que só podemos inserir elementos no final da fila e retirar do início da fila (FIFO – First in, first out). Assim como a pilha, a fila pode ser implementada com vetores ou com listas encadeadas, dependendo apenas se soubermos a quantidade máxima de elementos que cabem nesta fila.

Implementação de fila com lista

Assim como na pilha, os elementos são armazenados em uma lista encadeada, no entanto teremos que inserir e retirar os elementos das extremidades da lista. A fila será representada por dois ponteiros, um aponta para o início e outro para o fim da fila.

 
 

Inicialmente criamos a fila, alocando a memória para a estrutura fila e inicializamos a lista como vazia.

 
 

Tendo criado a fila, agora podemos inserir elementos. Lembrando que as inserções ocorrem sempre no fim da fila. Vamos a um exemplo de implementação desse procedimento.

 
 

As remoções ocorrem sempre no início da fila, então devemos fazer com que o início da fila passe a ser o elemento seguinte.

 
 

Devemos ressaltar, que o primeiro “if” testa se a fila está vazia, entretanto no segundo “if“ o ponteiro para o início recebe o próximo elemento da lista, e então caso ele seja NULL, significa que a fila ficou vazia após a remoção. Em seguida, atualizamos o ponteiro para o final da lista como vazio.

Função para liberar fila

As funções para liberar a memória alocada para ambas as estruturas pilhas e filas, são semelhantes, nos dois casos temos que liberar primeiro todos os elementos da lista.

 
 

Devo ressaltar que existem variações dessas estruturas, como as listas circulares, listas duplamente encadeada, filas circulares e filas duplamente encadeadas. Além das versões de pilha e fila implementadas com vetores.

 

Caso tenha dúvidas a respeito de structs, ponteiros e alocação dinâmica:

https://www.ime.usp.br/~pf/algoritmos/aulas/stru.html

https://www.ime.usp.br/~pf/algoritmos/aulas/pont.html

https://www.ime.usp.br/~pf/algoritmos/aulas/aloca.html

 

Referências :

https://www.ime.usp.br/~pf/algoritmos/aulas/lista.html

https://www.ime.usp.br/~pf/algoritmos/aulas/pilha.html

https://www.ime.usp.br/~pf/algoritmos/aulas/fila.html

CELES, W.; CERQUEIRA, R.; RANGEL, J. L. Introdução à Estrutura de Dados. São Paulo: Campus/Elsevier, 2004.

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