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Geoparque: você sabe o que é?



Já ouviu falar em “geoparque”? Sabe o que é? Para a UNESCO, um geoparque é um território de interesse geológico e geomorfológico que tenha uma estratégia de desenvolvimento responsável tanto social quanto ambientalmente.
Aqui na região central do Estado do Rio Grande do Sul, próximo à Santa Maria, há duas áreas propícias a se tornarem geoparques, de acordo com pesquisas de universidades e também do Serviço Geológico do Brasil: a Quarta Colônia – que possui fósseis únicos, do período Triássico, incluindo muitos dinossauros que não existem em nenhum outro lugar – e Caçapava do Sul – com sua formação geológica das Guaritas, que também são únicas e de grande beleza cênica. Essas características bastante peculiares dos locais acabam fazendo, portanto, com que esses territórios se tornem potenciais geoparques.
Um reconhecimento por parte da UNESCO traria grande visibilidade para a região. Por isso, desde 2018, a Universidade Federal de Santa Maria, através da Pró-Reitoria de Extensão (PRE), traça, como objetivo, transformar essas duas áreas em geoparques. No entanto, segundo a coordenadora do projeto, Jaciele Sell, não basta ter somente o potencial geológico, é preciso cumprir uma série de pré-requisitos para que o “selo geoparque” seja conquistado. Esses pré-requisitos estão divididos em alguns eixos temáticos.

Geoparque é um selo concedido pela Unesco para territórios que tenham, além de interesse geológico e geomorfológico, uma estratégia de desenvolvimento responsável tanto social quanto ambientalmente.

Eixos temáticos da Unesco
Para que o município de Caçapava do Sul e a região da Quarta Colônia adquiram o “selo Geoparque da Unesco”, precisam focar no desenvolvimento regional e local, uma vez que o potencial geológico já existe. Para isto, as localidades precisam atingir alguns objetivos propostos pela UNESCO, que envolvem educação, conservação do patrimônio, melhorias no setor do turismo e iniciativas que estimulem a capacitação de mulheres. Segundo a coordenadora do projeto na UFSM, a Universidade irá focar em seis dos eixos temáticos propostos pela entidade:
– Geoparques e conservação do patrimônio natural e cultural: visa à preservação e à conservação de locais de interesse geológico, ecológico, histórico e cultural;
– Geoparques e Educação: ações de educação voltadas para a conservação da natureza;
– Geoparques e Ciência: popularização de conhecimento científico destinados ao público em geral;
– Geoparques e Cultura: ações que visem ao fortalecimento das relações com a comunidade;
– Geoparques e Mulheres: iniciativas que estimulem a capacitação das mulheres, como a criação de cooperativas ou associações;
– Geoparques e Desenvolvimento Sustentável: estimular o desenvolvimento sustentável das comunidades locais.
Esses eixos têm como foco, portanto, desenvolver as localidades em todos os sentidos, tanto economicamente quanto social e culturalmente. “É preciso mostrar, para a comunidade, a raridade que eles possuem e como podem usar isso em prol do seu próprio desenvolvimento”, explica Jaciele.
Cumpridos todos os pré-requisitos dos eixos, um dossiê é criado e enviado à UNESCO. Após, representantes da entidade vêm até o local para comprovar se realmente o território tem condições de receber a certificação como geoparque. Caso seja confirmado, há o reconhecimento como tal. “O selo não traz recursos, é para ter o reconhecimento e, assim, atrair turistas, investidores, empresas. É o principal objetivo de todo o processo. Mas, para conquistar o selo, é preciso que tenha desenvolvimento na região”, comenta.
Para isto, uma chamada pública de projetos foi aberta, por meio da PRE, para tentar fazer com que tanto a Quarta Colônia quanto Caçapava do Sul atinjam esse patamar tão requisitado.

Inscrições
Desde fevereiro estão abertas as inscrições para projetos que visem a desenvolver as duas regiões com foco no “selo geoparque”. Desse modo, é preciso que as propostas se enquadrem nos eixos temáticos propostos pela entidade internacional. Assim, podem se inscrever ações que envolvam a questão da gastronomia, do melhoramento dos alimentos, de hotelaria, de hospitalidade, de criação de unidade de conservação, de campanhas de educação ambiental, entre outros.
As inscrições dos projetos, que podem ser feitas por servidores (técnicos ou docentes) da UFSM, podem ser de qualquer área do conhecimento, desde que consigam fazer essa ponte entre a comunidade e o desenvolvimento local/regional. “Pode ser uma ação dentro de um projeto que já esteja sendo desenvolvido ou de um novo, voltado só para a Quarta Colônia ou para Caçapava do Sul”, explica Jaciele.

As inscrições podem ser feitas até 25 de março e a ideia é iniciar os trabalhos no mês de abril.

 

Texto: Andréa Ortis/ Núcleo de Divulgação Institucional da Pró-Reitoria de Extensão

 

Revisão Textual: Erica Medeiros/ Núcleo de Divulgação Institucional da Pró-Reitoria de Extensão

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