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Incubadora Social da UFSM: transformando realidades



A troca de experiência e de conhecimento está no cerne de toda instituição pública de ensino, afinal, é preciso mostrar à comunidade o que se faz em uma universidade e como isso poderá mudar, efetivamente, a vida de determinado grupo social.

Um dos exemplos dessa troca está na Incubadora Social que a Universidade Federal de Santa Maria, possui. Atuando através da Pró-Reitoria de Extensão (PRE), a incubadora é responsável por atender, atualmente, nove grupos em situação de vulnerabilidade social e em processo de organização solidária: Ará Dudu – Coletivo de Arte e Cultura Negra;  Associação Comunitária Remanescente Quilombola de Júlio Borges;  Associação de Catadores de Materiais Recicláveis Palmeira Verde; Associação Quilombola Linha Fão; Coletivo de Resistência Artística Periférica; Grupo de Agricultores Orgânicos da Região Central – RS; Ketaju Tegtu & Guaviraty Porã; Marias Bonitas Fazendo História e Nível 8 – Mulheres na Construção Civil. A premissa básica da Incubadora Social é auxiliar esses grupos a gerarem não só renda, como também trabalho e, portanto, a conseguirem “alçar voo” sozinhos.

O processo de incubação destes nove grupos iniciou em 2017 e, desde então, eles participam de reuniões e encontros periódicos de capacitação. “Uma série de reuniões é feita, no sentido de capacitar o grupo e discutir sua estruturação, sua formação, sua organização e sua divisão de tarefas”, explica a coordenadora do projeto, Débora Bobsin. Em vista disso, pode-se dizer que o trabalho feito pela Incubadora Social é voltado para o desenvolvimento das pessoas, para uma discussão em torno disso, visando a compreender a realidade daqueles que participam dos grupos e possibilitando o trabalho com a linguagem que vai ser eficaz para eles.

“Pensamos em ações, em como o conhecimento da universidade auxilia no desenvolvimento desses integrantes. Mas, ao mesmo tempo, olhamos para a realidade deles, que acaba ajudando no desenvolvimento da própria universidade. Por exemplo, um grupo queria um site, então procuramos um bolsista de formação específica para ajudar a fazer. Isso exemplifica  a interlocução que temos – do aluno junto aos grupos – quando ele aplica seu conhecimento junto aos grupos e, de quebra, melhora a vida daquelas pessoas”, salienta Débora.

Dessa forma, a Incubadora ajuda, também, esses grupos a se organizarem financeiramente e, para isso, conta com o papel fundamental das empresas juniores da Universidade, fazendo com que ocorra uma aproximação entre aluno, professor e possíveis problemas que esses grupos vivem, o que acaba se transformando em estudo para os acadêmicos. “São ações que a gente acaba buscando desenvolver. E também fomentamos parcerias com organismos externos à UFSM, porque uma hora a universidade deixa de ter essa aproximação contínua e eles precisam seguir com o trabalho. Nosso desafio é não só auxiliar essas pessoas a terem independência -principalmente no que tange ao acontecimento dessas parcerias-, como também fortalecer a caminharem por si só”, comenta a coordenadora do projeto.

O processo de incubação tem duração de três anos e, em 2020, será aberto um novo edital para contemplar novos grupos. Atualmente, a metodologia da Incubadora Social da UFSM está sendo revista para aprimorar a capacitação dos próximos que serão incubados. “Estamos participando do Programa de Incubação e Aceleração de Impacto, que junta três instituições do país: a Associação das Incubadoras (Amprotec), o Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) e o Sebrae. Estamos participando desde dezembro de 2018, ano em que fizemos uma capacitação presencial e online, sendo que desde o início de maio estamos fazendo o plano de ação. Estamos, então, no processo de revisão de metodologia, para melhorar nosso processo”, explica Débora Bobsin.                                                                                                    

Como funciona o processo de incubação?

Um edital é aberto, a cada três anos, para selecionar propostas de trabalho de grupos que pretendem participar do processo de incubação. Nessa proposta, é preciso que os grupos deixem explícito o que pretendem fazer em termos de trabalho e geração de renda.

Após a seleção, os grupos entram na fase da pré-incubação.

Pré-incubação: durante três meses, os grupos selecionados passam pelo período de pré-incubação, em que se revisa, orienta e aprimora a proposta de plano de trabalho. 

Incubação: passados os três meses, os grupos entram no processo de incubação. A partir desse momento, um acordo de cooperação entre os grupos é feito, no qual fica estipulado que cada um tenha uma figura responsável, externa à instituição, que fique como contato entre UFSM e grupo. Além disso, também há um responsável institucional – professor ou servidor técnico-administrativo – que acompanha esse processo. Assim, além da equipe da Incubadora Social, há pessoas que fazem o trabalho de identificar as necessidades de capacitação, bem como de propor ações juntos aos grupos. Nessa fase, que dura três anos, o plano de trabalho é posto em prática para ajudar os grupos a gerarem renda e trabalho.

Pós-incubação: Findo os três anos, os grupos entram na fase de pós-incubação. Atualmente nenhum grupo encontra-se nesta etapa. Segundo Débora, acredita-se que, a partir do momento em que finalizarem a incubação, será feito um acompanhamento dos grupos, provavelmente dando seguimento a capacitações e formações. “Essas atividades podem servir como uma forma de manutenção dos grupos, de continuar garantindo que eles tenham processo de aprendizado, um acompanhamento mais contínuo”, finaliza.

 

Texto e foto: Andréa Ortis – MTB 17.642
Bolsista NDI PRE

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