Na segunda-feira, dia 18 de junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou a nova versão da Classificação Internacional de Doenças (CID – 11), em que a transexualidade foi retirada da lista de distúrbios mentais. A transexualidade, antes, era considerada equivalente a pedofilia e cleptomania.
Apesar desse grande passo, ainda há caminho a ser percorrido, visto que a transexualidade ainda consta no documento da OMS, na categoria de “condição relativa à saúde sexual”, sendo diagnosticada como incongruência de gênero.
Em nota pública no site oficial da OMS, para justificar a decisão de incluir a transexualidade como incongruência de gênero, a mesma diz que devido ao enorme estigma para as pessoas trans, há uma necessidade significativa de cuidados a saúde que podem ser melhores se a condição for codificada sob o CID
Desde janeiro de 2018, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) determinou que psicólogos estão proibidos de tratar a transexualidade como doença, não podendo praticar terapias de conversão, reversão, readequação ou reorientação de identidade de gênero. O conselho entende que é um dever dos profissionais da saúde mental combater o preconceito e a transfobia.