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I Fórum de Direitos Humanos da UFSM – Dia 2



O segundo dia do Fórum teve início com uma palestra da publicitária Lara Thomazini, promovida em parceria com o projeto 50/50, coordenado pela Profª Dra. Juliana Petermann. Lara, além de trabalhar com publicidade, é voluntária no Grupo de Planejamento, uma entidade sem fins lucrativos que, em parceria com o Instituto QualiBest, realizou a pesquisa Hostilidade, silêncio e omissão: o retrato do assédio no mercado de comunicação de São Paulo, que tratava das questões de assédio sexual e moral no ambiente de trabalho. A pesquisa, que contabilizou 1400 respondentes, 68% destes sendo mulheres, 32% homens, na faixa etária de 33 anos, foi disponibilizada na internet de 10 a 30 de outubro de 2017. Os resultados pela pesquisa foram apresentados por Lara em sua palestra, na manhã do dia 6. Em sua fala, Lara enfatizou que, apesar da pesquisa ter sido realizada em São Paulo, e ser voltada para profissionais do campo da comunicação, os resultados refletem uma realidade que mulheres e homens enfrentam em todos os campos profissionais, pelo Brasil e pelo mundo.

Após a fala de Lara, iniciou-se a roda de conversa “Política de Igualdade de Gênero na UFSM”. A Comissão responsável pela elaboração do documento estava presente, e foi representada na roda pelas servidoras Jaciele Carine Sell, Karina Freitas e a Profª Dra. Márcia Paixão. Em sua apresentação, elas exibiram a versão final do documento, que teve sua conclusão após oito reuniões nos quatro campi da universidade. A principal proposta da política é a criação da Casa Frida Kahlo, um órgão que agiria dentro do campus prestando amparo psicológico, social e legal para estudantes e servidoras vítimas de assédio. Ao longo da apresentação, a Comissão esteve aberta a contribuições e sugestões.

A parte da tarde se iniciou com a roda de conversa “Ser mulher: significados e representações” com a Profª Dra. Milena Freire e a cabeleireira e ativista transexual Hellen Byanchini. A professora Milena trouxe em sua apresentação, dados que demonstravam a desigualdade de gênero nas diferentes esferas sociais, fazendo recortes de classe. Hellen trouxe dados quanto à violência que as mulheres transexuais sofrem no Brasil, e falou sobre suas experiências de vida enquanto mulher transexual, além de falar sobre carregar o peso das expectativas que a sociedade deposita sobre mulheres cis junto do preconceito contra as mulheres trans. Ao final do diálogo, os membros da organização do Fórum falaram um pouco sobre como se deu a organização da roda, explicando que, optaram por convidar Hellen a participar de uma conversa sobre gênero em vez de uma conversa sobre LGBTs, devido à importância do diálogo sobre as interseccionalidades que constroem o “ser mulher”.

Na sequência, aconteceu a roda de conversa “LGBTQI+” com o doutorando Alisson Machado, do Núcleo Aquenda, e o jornalista Cristiano Magrini, representante do coletivo Voe. A conversa foi centrada nas dificuldades que a comunidade LGBTQI+ tem de se unir, usando de exemplo o coletivo Voe, que é constituído de pessoas homossexuais e bissexuais, mas que não consegue chegar até a comunidade trans, e também sobre as dificuldades que a comunidade enfrenta para ser aceita na sociedade, que foi exemplificado pelo ocorrido com a Parada LGBT Alternativa, organizada anualmente pelo Coletivo Voe, que neste ano sofreu tentativas de sabotagem e causou revolta em cidadãos, que se sentiram no direito de agredir verbalmente a organização do evento. A roda de conversa foi aberta com a leitura de um texto produzido por Alisson, em que ele fala sobre a pesquisa que realiza com mulheres transexuais, e a dificuldade de, parafraseando-o, “eliminar a distância que existe entre o arco da UFSM e o meio-fio da calçada onde elas trabalham todas as noites”.

E assim, encerrou-se o segundo dia do Fórum.

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