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Negritude e políticas étnicos-raciais foram os temas de abertura da recepção aos calouros e alunos do CCNE

Neste ano, pensando em promover acolhimento e uma discussão sobre as políticas étnicos-raciais, o Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE) convidou o público do Centro a refletir sobre a importância do acesso de todas as camadas da sociedade ao ensino público e de qualidade. No dia 11 de março, os alunos foram recepcionados com as ações do projeto #CHEGAJUNTO e participaram de uma palestra que tinha como objetivo promover um diálogo sobre a universidade como um espaço plural, onde os estudantes encontram muita diversidade.



Neste ano, pensando em promover acolhimento e uma discussão sobre as políticas étnicos-raciais, o Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE) convidou o público do Centro a refletir sobre a importância do acesso de todas as camadas da sociedade ao ensino público e de qualidade. No dia 11 de março, os alunos foram recepcionados com as ações do projeto #CHEGAJUNTO e participaram de uma palestra que tinha como objetivo promover um diálogo sobre a universidade como um espaço plural, onde os estudantes encontram muita diversidade.

Perla Santos, professora da rede municipal de Porto Alegre, foi convidada a falar aos alunos na palestra de recepção. A professora atua também como coordenadora do projeto Meninas Crespas, projeto este que nasceu de uma necessidade de ajudar as jovens a recuperarem a autoestima e encontrarem o caminho da autoaceitação. Perla iniciou sua apresentação com a intervenção artística “Vitiligo Reverso” que trata sobre o racismo nas suas diferentes manifestações na sociedade. “É preciso dialogar, chamar atenção, informar e mostrar a importância de não invisibilizar o sofrimento do estudante negro, muitas vezes marginalizado nas instituições de ensino”, diz ela.

Além disso, com a intenção de desconstruir estereótipos, Perla questionou a plateia sobre qual a ideia que eles tinham sobre ser cientista, apresentando negras e negros que fizeram contribuições importantes para a sociedade científica, mas que não são abordados em livros didáticos e em aulas. Ela também contou sobre a sua história pessoal, ressignificada com as questões políticas e identitárias sobre o ser negra. “Desde muito pequena eu queria ter um cabelo diferente, uma cor de pele diferente”, lembrou ela, ao contar sobre os episódios de racismo que sofreu e que a motivaram a criar o projeto Meninas Crespas: “um espaço para reflexão, debate e conhecimento que objetiva valorizar o cabelo crespo, como também resgatar a identidade negra e o poder feminino”, finalizou.

A integrante do Grupo de Trabalho CHEGA, Louise Silveira, acredita que essa ação foi responsável pela criação de vínculos afetivos, que vão além do profissional, já que o CCNE é o lugar que esses estudantes frequentam por no mínimo quatro anos. “Esse evento vai ao encontro do desafio de Inclusão Social, proposto pelo PDI da Universidade, visto que se trata de uma oportunidade para a construção de uma formação acadêmica que abarque os aspectos de inclusão e diversidade, voltados para toda a comunidade acadêmica”, explica Louise.

Destaca-se que ações afirmativas como essa são responsáveis por quebrar estereótipos e difundir a cultura do respeito e da aceitação entre os indivíduos. Ao longo do ano, outras atividades serão pensadas através da mobilização do GT CHEGA, para que as diferenças que fazem parte do centro tenham uma atenção especial. Apresentando um universo plural como o da UFSM, é possível desdobrar, integrar e analisar privilégios e diferenças dos diversos grupos que formam a universidade, visando sempre o desenvolvimento e a inclusão de todos.

Texto por: Jéssica Medeiros, acadêmica de comunicação social – jornalismo e bolsista do Núcleo de Divulgação Institucional do Centro de Tecnologia da UFSM

Edição: Wellington Gonçalves, relações públicas do Núcleo de Divulgação Institucional do CCNE

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