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Tratamento e uso agrícola de dejetos líquidos de suínos e bovinos em sistema de plantio direto: análise de ciclo de vida e estratégias de mitigação das emissões de gases de efeito estufa para uma agricultura de baixo carbono



Coordenador – Prof. Celso Aita

 

RESUMO:

O projeto foi aprovado junto ao CNPq, através do Edital MCTI/CNPq/CT-AGRO Nº 37/2013 – Mudanças Climáticas, Linhas B e C, processo 404203/2013-2. A suinocultura e a bovinocultura de leite constituem a principal fonte de renda de milhares de famílias de diversas regiões do Sul do Brasil. Todavia, o rebanho dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, de aproximadamente 13,5 milhões de suínos e de 2,5 milhões de vacas ordenhadas, gera um grande volume de dejetos líquidos, caracterizados pelo alto potencial poluidor do ambiente. A emissão de amônia (NH3) e de gases de efeito estufa (GEE), tanto durante o armazenamento dos dejetos quanto após o seu uso como fertilizante na agricultura, constitui a principal via de contaminação da atmosfera por estas duas atividades. No Brasil, pouco ainda é conhecido sobre a magnitude dessas emissões, as quais apresentam grande amplitude de variação, em função das diferenças nas condições de solo e clima. Portanto, é necessário e urgente quantificar tais emissões gasosas de NH3 e GEE, bem como encontrar estratégias para mitigar tais emissões. Isso é fundamental para que o Brasil possa atender ao compromisso assumido junto à Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças do Clima em reduzir entre 36,1 e 38,9 % as emissões de GEE projetadas até 2020. Nesse contexto, a presente proposta de pesquisa possui dois eixos de ação, sendo um relativo ao tratamento dos dejetos líquidos de bovinos e de suínos e outro relativo ao seu uso agrícola. Quanto ao tratamento dos dejetos será utilizado o processo de compostagem automatizada em uma plataforma de compostagem construída recentemente na UFSM. Será avaliado o efeito de diferentes aditivos (zeólitas, xisto e biochar) sobre as emissões de NH3 e GEE em pilhas de compostagem onde os dejetos líquidos serão adicionados a um substrato constituído pela mistura de maravalha e serragem. O composto produzido será utilizado em experimentos de campo na cultura do feijão, avaliando-se a produtividade da cultura e também as emissões de GEE, com interesse principal nas emissões de óxido nitroso (N2O). Quanto ao segundo eixo de ação, envolvendo o uso agrícola dos dejetos, está prevista a avaliação de experimentos já existentes na UFSM com aplicação dos dejetos líquidos de suínos em plantio direto nas sucessões aveia/milho e trigo/milho, onde está sendo avaliado o modo de aplicação dos dejetos (superfície x injetado) e o uso ou não de inibidor de nitrificação sobre as emissões de GEE. Através da presente proposta pretende-se continuar esses experimentos com dejetos de suínos para avaliar os efeitos em longo prazo, inclusive sobre os estoques de C no solo, e instalar experimentos similares, porém com o uso de dejetos líquidos de bovinos. Pretende-se ampliar a base de dados realizando os mesmo trabalhos na região Noroeste do Rio Grande do Sul, no CESNORS, e no Oeste de Santa Catarina, junto à EMBRAPA/Suínos e Aves de Concórdia, SC. Com isso se pretende, nos primeiros dois anos do projeto estabelecer os fatores de emissão de GEE para o uso dos dejetos líquidos de suínos e de bovinos em plantio direto nos dois estados, onde se concentra o maior rebanho de animais confinados do Brasil. O terceiro ano do projeto será destinado ao estudo de estratégias para mitigar tais emissões. Um ponto a destacar na proposta se refere à multidisciplinaridade da equipe do projeto, com pesquisadores de diferentes Institutos e estados do Brasil, do Canadá e da França, especialistas em estudos envolvendo a microbiologia do solo, as trocas gasosas solo/atmosfera e a quantificação dos GEE, a dinâmica da matéria orgânica do solo, a humificação de materiais orgânicos e também o uso da ferramenta de Análise de Ciclo de Vida (ACV).

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