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Bate-papo com os alunos da turma de 1966: Senta que lá vem história!



O auditório Pércio Reis recebeu na última sexta-feira (2) a primeiríssima turma de engenheiros e engenheiras do Centro de Tecnologia para um bate-papo com a comunidade acadêmica da UFSM. Os sorrisos largos denunciavam a alegria pelo reencontro dos colegas e amigos formados há 50 anos.

Depois da recepção calorosa e cheia de saudade, o diretor de Centro de Tecnologia Luciano Schuch fez a abertura do bate-papo e passou o microfone para o engenheiro civil Gelson Dal Forno, que não fez questão de esconder a emoção ao rever os colegas. “Sou chorão mesmo, vocês me desculpem”, disse ele. Gelson saudou a turma de pioneiros e chamou um a um dos que estavam presentes para a apresentação. O microfone passou pelas mãos do professor aposentado Oberon da Silva Mello e pelas mãos dos ex-alunos Carlos Vazquez, Edgar Pereira, Gelson Dal Forno, João Câncio Morais, João Manoel Alves, João Paulo Minussi, Laury Pötter, Marcírio da Silva, Maria Célia Souto e Wilson Barin.

O professor Oberon estava muito emocionado com a recepção e contou sobre as dificuldades para dar aula na época, principalmente as aulas práticas que eram muito afetadas pela falta de equipamentos e mesmo assim eles tiravam o máximo de aprendizado do que tinham. Outro desafio encontrado na graduação dos engenheiros foi a tradução dos livros didáticos que eram, em sua maioria, em inglês e por isso o dicionário de inglês-português foi um grande companheiro de estudo.

Entre uma história e outra, os colegas enfatizavam a união das turmas e a admiração que tinham pelos professores. “Evidentemente que nós estudantes sempre temos um ídolo como professor, o meu é o Oberon, que sempre nos incentivou”, disse Edgar Pereira depois de relembrar o esforço do professor Oberon para que sempre tivessem boas aulas.

A turma também foi marcada por ter pouquíssimas mulheres, apenas duas, e Maria Célia Souto representou as engenheiras no bate-papo. Alto astral e bastante saudosista, ela contou sobre as histórias que viveu aqui e como era estar em um grupo com tantos homens. Lá em 1966, o Centro de Tecnologia tinha somente um banheiro e, por isso, os amigos da Maria Célia ficavam na porta impedindo outros homens de entrar enquanto ela estivesse usando o banheiro. Entre várias gargalhadas, garantiu que só tem boas lembranças da graduação e ficou muito feliz em ver que hoje o CT conta com várias mulheres nas mais diversas engenharias.

As dificuldades com transporte e locomoção até a Universidade também não são de hoje, Wilson Barin que o diga. Bastante falante, ele narrou as histórias da vinda ao campus diariamente. Naquela época, o transporte era gratuito, mas era garantido somente um ônibus para trazer os estudantes. Então, eles já se organizavam em duas filas antes de embarcar: as do que iriam sentados e as do iriam em pé. Além disso, o tempo de locomoção era muito menor, 20 minutos era o tempo necessário para fazer o trajeto Centro-UFSM. Wilson também contou que algumas aulas eram realizadas na Gare da antiga Estação Férrea e outras onde hoje é o Carrefour, e reforçou que, mesmo com a escassez de equipamentos, as aulas eram extremamente bem aproveitadas e valorizadas.

Quem esteve presente no auditório pode sentir a alegria reverberando no espaço, as muitas histórias contadas a partir de diferentes visões garantiram uma porção de risos. O bate-papo informal e transparente fez a turma de 1966 se sentir em casa novamente e garantiu às futuras turmas de engenheiros e engenheiras uma visão, através do viés de quem já foi aluno, do passado do Centro de Tecnologia.

 

 

 

 

Texto por Leandra Cruber, acadêmica de Jornalismo. – Núcleo de Divulgação Institucional do CT/UFSM.

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