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Doutores do CT: conheça o Técnico de Laboratório Thiago Formentini



No mês passado, o Jornal Nexo publicou um estudo sobre a distribuição de pessoas com doutorado pelo Brasil, o qual apontou que a região de Santa Maria tem uma das maiores concentrações desse título: são 434 doutores para cada 100 mil habitantes, enquanto a região de Porto Alegre tem entre 121 a 182.

O número total de acadêmicos com doutorado registrados na plataforma Lattes é de mais de 200 mil, sendo cerca de 130 mil em ensino/pesquisa e 85 mil na área técnica/administrativa. Nas Engenharias, o número de doutores não é grande: pouco menos de 20 mil, superando apenas Linguística, Letras e Artes.

Decidimos então realizar um mapeamento dos doutores do CT, estudando suas características, divisões e ouvindo seus pontos de vista. Confira alguns dos dados coletados:

O Centro de Tecnologia possui 287 servidores;

Desses, 176 (61,3 %) possuem título de doutorado.

Entre os doutores, 166 (94,3%) são brancos, 8 (4,5%) são pardos e apenas 1 é indígena e 1 é amarelo. Não existem doutores negros no Centro de Tecnologia.

Quanto ao gênero, 128 (72,7%) são homens e apenas 48 (27,3%) são mulheres.

Enquanto 173 (97,2%) são professores, 2 são químicos, 1 é pedagoga, 1 é assistente de laboratório e 1 é técnico de laboratório.

Além disso, iniciamos hoje uma série de entrevistas com alguns dos doutores do CT, onde perguntamos suas motivações para a obtenção do título e de que forma isso os ajuda na realização de suas funções.

O primeiro entrevistado é o servidor Thiago Formentini, que trabalha como Técnico de Laboratório no Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental. Ele falou sobre suas experiências no doutorado e a importância dele para seu cargo atual. Confira:

O processo para obter o doutorado:

O Profº Adilson Pinheiro, pesquisador da FURB (Blumenau), foi quem me propôs o desenvolvimento de um projeto de doutorado, após ter sido membro da banca de defesa do meu mestrado. Acabamos fechando uma parceria com o Profº Cristóvão Fernandes, da UFPR (Curitiba), para executarmos um projeto em conjunto. Ambos já trabalhavam em parceria com minha orientadora de mestrado na UFSM, Profª Maria do Carmo Cauduro Gastaldini. Meu doutorado foi concebido, portanto, a partir de ideias e propostas de uma rede de pesquisa preestabelecida entre diferentes instituições.

Obtive meu diploma pela UFPR em parceria com a FURB. Realizei, ainda, experimentos em laboratórios da UFSM e do CEREGE, instituto francês no qual tive a oportunidade de realizar estágio doutoral de 9 meses com bolsa CAPES, orientado pelo Dr. Emmanuel Doelsch. Durante o estágio doutoral, pude também realizar experimentos no ESRF, acelerador de partículas situado em Grenoble, França.

Mudei de endereço sete vezes durante os quatro anos de doutorado. Morei 12 meses em Curitiba, divididos em dois períodos; 24 meses em Blumenau, divididos em dois períodos; e 12 meses em Aix-en-Provence/França, também divididos em dois períodos. Estive em contato com pesquisadores de diferentes áreas e diversas nacionalidades. A bagagem pessoal e profissional acumulada nesse período transformaram minha forma de ver o mundo e me despertaram para a importância da ciência na vida das pessoas e para o avanço das sociedades.

A escolha do cargo de Técnico de Laboratório:

Ingressei como técnico de laboratório na UFSM em 2004, quando ainda era acadêmico de Química Industrial nesta instituição. Graduei-me e em seguida desenvolvi minha dissertação de mestrado enquanto técnico de laboratório. Os incentivos da UFSM e o apoio irrestrito dos meus superiores possibilitaram progredir na carreira acadêmica concomitantemente às atividades de técnico. Finalmente, o doutorado na UFPR foi possibilitado graças ao programa de afastamento para qualificação de servidores da UFSM.

Portanto, o cargo de técnico de laboratório é anterior à obtenção do título de doutor. Isso evidencia o compromisso da UFSM no permanente aperfeiçoamento dos seus recursos humanos.

A importância do doutorado:

O doutorado é o grau acadêmico que certifica a capacidade de um pesquisador desenvolver uma investigação de maneira independente, bem como de orientar estudantes de graduação, mestrado e doutorado. O laboratório onde trabalho – LEMA (Laboratório de Engenharia do Meio Ambiente) dá suporte a aulas práticas dos cursos de graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental e Engenharia Civil. Serve, ainda, como local de trabalho para os experimentos de discentes de mestrado e doutorado dos cursos de pós-graduação em Engenharia Ambiental (PPGEAmb) e Engenharia Civil (PPGEC). Na condição de responsável técnico pelo laboratório, procuro auxiliar os estudantes com os conhecimentos adquiridos durante minha formação, complementando as atividades dos professores e orientadores.

Adicionalmente, o título de doutor me permite pleitear recursos junto à UFSM e órgãos de fomento estaduais e federais para financiar minha própria pesquisa. Isso traz implicações positivas para o próprio laboratório, onde os recursos são investidos. Desenvolvo também pesquisas em colaboração com os institutos franceses CEREGE, CIRAD e INRA, dando continuidade à parceria estabelecida durante meu estágio doutoral na França. Isso contribui para a internacionalização da UFSM e deve, num futuro próximo, proporcionar o intercâmbio de estudantes da nossa instituição.

Para mais informações sobre a reportagem, contate o Núcleo de Divulgação Institucional do CT pelo e-mail: ndict@ufsm.br

 

Texto por Lucas Gutierres, acadêmico de Jornalismo. – Núcleo de Divulgação Institucional do CT/UFSM.

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