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Seminário do CTISM é tema de comunicado do governo da região do Vêneto




Reprodução do comunicado do site do governo vêneto, com foto do CTISM.

O governo da região italiana do Vêneto publicou, em seu site oficial, um comunicado que aborda o seminário promovido pelo CTISM sobre a língua talian. A notícia, divulgada na segunda-feira (13), conta a viagem que quatro vênetos fizeram pelo Rio Grande do Sul para participar de atividades sobre linguística e para entrar em contato com descendentes de vênetos no estado. Entre os eventos em que os viajantes participaram, estava o Seminário Internacional Talian, do CTISM.

A missão cultural faz parte do projeto Catarse tra Veneti (encontrar-se entre vênetos, no idioma vêneto). Entre os quatro viajantes citados pelo comunicado, está Alessandro Mocellin, diretor da Academia da Língua Vêneta e um dos palestrantes do seminário do CTISM. Os outros três fazem parte da associação InfoMedia Veneto, que atua na difusão da cultura da região.

Realizado em 25 de outubro, o Seminário Internacional Talian contou a história do idioma talian, desenvolvido no Sul do Brasil com base no vêneto pelos imigrantes originários das regiões do norte da atual Itália e pelos seus descendentes. O evento deu início ao Projeto Talian, o novo projeto de extensão do CTISM, coordenado pelo professor Marcos Daniel Zancan, que visa valorizar e preservar a língua talian.

Acesse aqui o comunicado no site do governo vêneto (em italiano). A seguir, leia a tradução do comunicado.


Vênetos no mundo: missão cultural de jovens vênetos no Rio Grande do Sul – assessora Lanzarin: “Encontro que amplia conhecimento sobre uma migração que transplantou língua e cultura vêneta em outra parte do globo”

Falando vêneto nos entendemos em diferentes continentes, e também com gerações distantes. Esta é a experiência de Anna Tolin, restauradora e diagramadora da província de Padova, Mattia Stopato, vereador de San Giovanni Lupatotto [cidade do Vêneto], Andrea Grazian, técnico agrícola da província de Vicenza, e Alessandro Mocellin, de Bassano del Grappa [cidade do Vêneto], diretor da Academia da Língua Vêneta. Os quatro foram protagonistas do projeto “Catarse tra Veneti” [encontrar-se entre vênetos], que levou jovens vênetos de diversas províncias a conhecer outros vênetos, do Rio Grande do Sul, descendentes dos que emigraram para o Brasil no final dos anos 1800 e início dos anos 1900. A missão cultural vêneta foi idealizada e organizada pela associação InfoMedia Veneto, que atua na difusão da cultura vêneta na região do Vêneto e no mundo. O projeto obteve financiamento também do Departamento de Fluxos Migratórios e dos Vênetos no Mundo da região do Vêneto.
 
Os quatro vênetos conheceram 9 comunidades de duas diferentes regiões do Rio Grande do Sul, 5 escolas, 3 universidades (Santa Maria, Caxias do Sul e Porto Alegre), onde participaram também, como palestrantes, no Seminário Internacional sobre o “Talian” [realizado no CTISM em 25 de outubro], no âmbito de projetos científicos voltados à promoção de projetos de divulgação e ensino do vêneto brasileiro (talian).
 
“A emigração no Brasil foi um fenômeno 90% vêneto. E ainda hoje o “talian”, que na verdade é o vêneto brasileiro, ou vêneto riograndense, é uma língua comum nas comunidades brasileiras de imigrantes do norte da Itália. Nomes de localidades como São João do Polêsine, Vale Vêneto, Nova Pádua, Nova Bassano, Novo Treviso, Val Veronês, Val Feltrina, Nova Udine, Nova Veneza e até mesmo “Monte Grappa” são provas convincentes de como os vênetos queriam reproduzir a sua terra em outra parte do mundo”, observam Mattia Stopato e Andrea Grazian.
 
“Foi, primeiramente, um momento para se conhecer e se reconhecer. Distante mais de 10.000 km do Vêneto, ouvir homens e mulheres, e também crianças, nascidos no sul do Brasil falar a nossa língua vêneta, que é a língua de seus pais, foi verdadeiramente emocionante”, comenta Anna Tolin.
 
Entre 1875 e a Primeira Guerra Mundial, daquela que era chamada “a Veneza” e possuía  2,6 milhões de habitantes, emigraram 1,4 milhões de habitantes. O vêneto brasileiro, em novembro de 2014, foi reconhecido oficialmente como língua do Brasil.
 
“Levamos nossa contribuição ao Departamento de Línguas Estrangeiras da Universidade de Caxias do Sul, para elaborar futuros projetos de divulgação e ensino do vêneto brasileiro”, ressalta o líder da delegação, Mocellin. A delegação vêneta participou também do seminário sobre multilinguismo organizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, de Porto Alegre, com docentes, estudantes e pesquisadores do Departamento de Línguas Estrangeiras.
 
“Estes projetos fazem bem à cultura, não somente à veneta e da imigração, mas à cultura em geral – comenta Manuela Lanzarin, assessora do Departamento de Fluxos Migratórios e dos Vênetos no Mundo – porque ajuda os jovens a se encontrar, reduzindo as distâncias e as feridas que a história às vezes criou, e recompensando os valores do estudo, do encontro, da troca, do respeito às identidades e ao desenvolvimento humano, dedicado ao patrimônio cultural e também linguístico vêneto, que inicia a ser estudado e reconhecido, de modo oficial, por universidades e instituições também do exterior.”
 
 
tradução Marcos Daniel Zancan
imagem Reprodução
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