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Dia do Orgulho LGBTQIA+: conheça iniciativas de acolhimento da UFSM



No dia 28 de junho é comemorado no mundo inteiro o Dia do Orgulho LGBTQIA+. A data foi criada em referência à Rebelião de Stonewall, que aconteceu nesse mesmo dia em 1969, nos Estados Unidos, e foi um marco para a comunidade gay, que durante três dias enfrentou a polícia em defesa do movimento. Desde então, várias mobilizações ocorrem em todo o mundo como forma de celebrar a data e também para conscientizar a população sobre o combate ao preconceito. 

A UFSM conta com diversas iniciativas de acolhimento da comunidade LGBTQIA+ no ambiente acadêmico. Conheça algumas delas:

Grupo de Vivências LGBTQIA+

O Grupo de Vivências LGBTQIA+ é um projeto de extensão que existe desde agosto de 2016. Coordenado pela professora Cláudia Kessler, conta com a participação da psicóloga Fernanda de Oliveira Alves. Funciona com encontros semanais, todas às quartas, às 17h30, na Satie-Prae, em cima do Restaurante Universitário. Desde o início da pandemia, as atividades presenciais do grupo estão suspensas. A reunião semanal foi substituída apenas um grupo no Whatsapp para trocar informações.

O Grupo de Vivências LGBTQIA+ foi uma iniciativa que surgiu a partir de uma experiência que a professora Cláudia teve na Universidade de Amherst, na época que foi realizar sua pesquisa de doutorado. Lá existia um projeto semelhante, e isso deu a ideia de criar um espaço seguro para conversar sobre essa temática no ambiente universitário. 

Segundo Cláudia, o projeto demonstra que o espaço educacional pode ser inclusivo. É um local onde todo mundo se beneficia em ter um ambiente saudável, em que todas as pessoas se sintam acolhidas e pertencentes. Segundo ela, as questões de gênero têm sofrido ataques a partir de uma categoria acusatória denominada “ideologia de gênero”, a qual busca suprimir a diferença e impor uma única maneira de ser, viver e estar no mundo. “Falar sobre gênero e sexualidade é algo fundamental, pois faz parte do nosso dia a dia e nos afeta em diversos momentos (pensemos, por exemplo, nos modelos masculinidades e feminilidades que nos são impostos socialmente). A educação (não apenas em nível universitário) deve se adaptar aos novos tempos e dar mais atenção a pessoas que têm sido excluídas. Não me refiro apenas à comunidade LGBTIA+, mas também às pessoas com deficiências e todas as demais que não de adequam a normas sociais”, comenta.

A psicóloga Fernanda de Oliveira Alves realiza o acompanhamento dos encontros, e conta que tem uma questão bem pessoal com os temas que envolvem gênero e sexualidade dentro da prática da psicologia. De acordo com ela, falta aprofundamento e conhecimento de alguns profissionais para lidar com essas questões, seja no âmbito clínico ou educacional. A troca de experiências no grupo é aberta e diversa, o que torna tudo mais interessante.

“Descobrimos formas de enfrentamento que se fortalecem no coletivo, os participantes conseguem observar no outro algo que estão a caminho de compreender em si. Eu aprendo muito com o pessoal do grupo e prezo bastante pela liberdade da palavra. Meu papel é escutar, receber, mostrar como várias possibilidades existem para eles/elas. Esse movimento do grupo faz com que as pessoas passem a se movimentar na vida, na forma que agem e se identificam”, acrescenta Fernanda.

Nome social

Em julho de 2015 foi divulgada a resolução que garante o uso do nome social por travestis e transexuais na UFSM. O nome social é uma questão muito importante, é o modo como a pessoa se identifica, diferente do nome oficialmente registrado, que não reflete sua identidade de gênero. Pode ser utilizado em cadastro de dados e informações de uso social; comunicações internas; endereço eletrônico; crachá; lista de ramais e nome de usuários em sistemas de informática. Para solicitar a inclusão ou retirada do nome social, servidores e alunos devem protocolar um requerimento no Departamento de Arquivo Geral da UFSM. Menores de 18 anos devem apresentar uma autorização, por escritos, dos responsáveis legais.

Coletivo Voe

Ligado ao Observatório de Direitos Humanos (ODH) da Pró-Reitoria de Extensão (PRE), o Coletivo Voe é formado por estudantes, pesquisadores e ativistas que, reunidos em prol da defesa da diversidade sexual e de gênero, promovem espaços de formação sobre gênero, corpo e sexualidades. 

Relatos de vivências em vídeos

Em 2019, para marcar o Dia do Orgulho LGBTQIA+, foi lançado um material em parceria do Projeto Diversidade, TV Campus e Estúdio 21. O material compartilha uma série de vídeos que relata as vivências de pessoas de diversas identificações de gênero e orientações sexuais. Essa série de vídeos, disponível no YouTube, compartilha o conhecimento de sete pessoas, abordando diversos assuntos do cotidiano, como mercado de trabalho, nome social, autoidentificação, descoberta/aceitação, movimento LGBT+ na cidade, padrão de beleza, preconceito e religião. O principal objetivo do projeto é impulsionar a visibilidade das diferentes experiências (lésbicas, gays, bissexuais e transgênero) por meio do trabalho audiovisual.

Texto: Vitória Faria Parise, acadêmica de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista da Agência de Notícias

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