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Laboratório da UFSM auxilia na criação do Plano de Mobilidade Urbana de Palmeira das Missões



Equipe do Lamot e direção do Campus de Palmeira das Missões junto com representantes da Prefeitura e de instituições locais, durante a apresentação do acordo de cooperação (foto: arquivo Lamot)

O Laboratório de Mobilidade e Logística (Lamot) da UFSM encerra nesta sexta-feira (11) a coleta de dados junto à população de Palmeira das Missões para a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana. O questionário on-line já recebeu mais de 440 respostas e superou a amostragem estatística exigida para o município com mais de 34 mil habitantes, localizado na região norte do Rio Grande do Sul. Atualmente o laboratório desenvolve 15 projetos de ensino, pesquisa e extensão.

Além de Palmeira das Missões, as cidades de Cachoeira do Sul, Taquari e Estrela Velha já foram auxiliadas com planos ou estudos técnicos de mobilidade urbana pelo laboratório. Todos os projetos foram desenvolvidos sem custo para os municípios. O trabalho realizado em Cachoeira do Sul ganhou destaque nacional ao ser citado pelo Programa Cidades Sustentáveis como uma das 10 experiências brasileiras consideradas como exemplos de parceria entre municípios e instituições de ensino superior.

A coordenadora do Lamot e professora do curso de Engenharia de Transportes e Logística (do Campus de Cachoeira do Sul), Vanessa Alves, destaca que, entre os principais desafios que vão constar no plano, estão a questão do transporte público, o aumento da segurança no trânsito e o incentivo à mobilidade sustentável – com preferência para meios de transporte não motorizados e coletivos. De acordo com a coordenadora, o Plano de Mobilidade Urbana será concluído em março de 2023.

Segundo ela, foi o Campus da UFSM em Palmeira das Missões quem trouxe o pedido da Prefeitura da cidade para o auxílio na elaboração de um Plano de Mobilidade Urbana. O Lamot já atua na cidade no projeto de construção de uma rótula de acesso ao campus, junto com o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). “Por se tratar da nossa universidade, mesmo que não seja o nosso curso, decidimos aceitar esse pedido apesar das dificuldades de mão de obra e da distância”, conta a coordenadora.

O acordo de cooperação técnica entre a UFSM e a Prefeitura de Palmeira das Missões foi assinado em junho deste ano, com duração de dois anos. Após a conclusão do Plano de Mobilidade Urbana, o Lamot vai auxiliar o poder público municipal a planejar ações práticas para a melhoria da mobilidade de Palmeira das Missões, com base nos itens mais urgentes encontrados no documento.

Vanessa destaca que esse tipo de colaboração entre universidades e prefeituras ainda é pouco comum e traz benefícios para ambos os lados. “Os municípios ganham com uma economia significativa, os alunos ganham a oportunidade de colocar seus conhecimentos em prática e a população se envolve mais porque vê a universidade como referência e deixa de tratar políticas de mobilidade urbana como uma questão partidária”, avalia.

Como é feito – A Política Nacional de Mobilidade Urbana, instituída em 2012, tornou obrigatório que cidades com população acima de 20 mil habitantes elaborem seu próprio Plano de Mobilidade Urbana. O objetivo destes planos consiste em desenvolver soluções de médio a longo prazo para resolver os principais desafios de mobilidade urbana de cada município. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, municípios com até 250 mil habitantes têm até abril de 2023 para entregar seus planos de mobilidade, que se tornarão requisito obrigatório para o recebimento de recursos federais para investir em infraestrutura.

O primeiro passo para a elaboração de um Plano de Mobilidade Urbana é traçar um perfil do município, incluindo suas características econômicas, principais trechos, condições das vias (o que inclui pontos relacionados a segurança e pavimentação), além do número de acidentes ocorridos no município. A segunda etapa é a elaboração de questionários para os habitantes, para compreender como eles se deslocam pela cidade e o que acham da mobilidade urbana. O número mínimo de respondentes é definido por meio da amostragem populacional.

Com os dados em mãos, inicia-se o desenvolvimento do Plano de Mobilidade Urbana, por meio de conversas entre o Lamot e a equipe que representa a Prefeitura. O projeto é apresentado à população por meio de audiências públicas, para ser discutido e até modificado. Após as reformulações trazidas pela população, o projeto é encaminhado para votação na Câmara de Vereadores. Aprovado, ele se torna lei e é tramitado para avaliação do Governo Federal.

Texto: Bernardo Silva, acadêmico de Jornalismo e voluntário da Agência de Notícias

Edição: Lucas Casali

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