Cepe aprova duas datas para início do 2º semestre de 2012
O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) definiu nesta segunda-feira (17) que a recuperação das aulas perdidas do 1º semestre letivo de 2012, em função da greve, será feita por carga horária, e não por dias letivos. Pelo calendário aprovado nesta tarde, os cursos terão quatro semanas para concluir as atividades do 1º semestre, incluindo exames, e as aulas do 2º semestre começarão em 15 de outubro. Já os cursos que concluíram as atividades do 1º semestre têm até esta sexta-feira (21) para encaminhar ao Departamento de Registro e Controle Acadêmico (Derca) solicitação com anuência de todos os envolvidos para aderir a um calendário alternativo, com início das aulas do 2º semestre na próxima segunda-feira (24).
- Após essa manifestação, vai ter uma operacionalização no sistema para deixar esses cursos com condições de início, para lançamento de notas, matrícula e todas as outras peculiaridades que são inerentes ao processo acadêmico da instituição - disse Evandro Dotto Dias, membro do Cepe e assessor de planejamento, controle e tecnologia do Derca ao garantir que o departamento tem condições de executar calendários paralelos.
Na sessão plenária, o Cepe rejeitou, por 35 votos a 8, a proposta de inclusão de um recesso, em janeiro, no calendário. Assim, as aulas devem terminar em 2 de março para os cursos que iniciarem o 2º semestre em 15 de outubro, e em 7 de fevereiro, portanto antes do Carnaval, para aqueles que aderirem ao calendário do dia 24 de setembro.
Segundo o reitor, Felipe Müller, o calendário original previa 18 semanas para o primeiro semestre, mas 15 serão suficientes para cumprir a carga horária exigida, com 100 dias letivos.
- Nós estamos preocupados que bom andamento das atividades letivas seja colocado em organização, que nós possamos ter todos os docentes envolvidos e cumprindo as suas obrigações e fazendo com que o ônus de uma greve seja minimizado - disse ele.
A bancada dos estudantes ressaltou implicações negativas para os alunos em função da existência de calendários concomitantes e votou contra a flexibilização do início do 2º semestre.
De acordo com o professor e conselheiro José Renes Pinheiro, autor dessa proposta, estima-se que a maioria dos cursos da universidade tem essa condição.
- Hoje não existe mais greve e nós já temos 60% das aulas [do 1º semestre] concluídas - disse ele.
- Esses cursos não tem o que recuperar. Ao invés de ficarem parados agora, eles ficariam parados em fevereiro - acrescentou o professor Leandro Costa de Oliveira em defesa da proposta aprovada por 25 votos a 20.