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UFSM
Universidade Federal de Santa Maria

Estatuinte UFSM mobiliza a comunidade acadêmica

“Conhecer, participar e transformar” é o lema norteador do processo da Estatuinte UFSM, que une diversos setores da Universidade em torno da criação de um novo Estatuto. Atualmente, a instituição é regida por um conjunto de sanções criadas em 1988, e o consenso é de que se faz necessária a atualização desse regimento.

Para que se ofereçam subsídios às temáticas que entrarão em pauta no próximo Estatuto, debates vêm sendo promovidos para mobilizar representantes dos três segmentos – docentes, técnico-administrativos e estudantes.

No início de dezembro passado e na recente Semana da Calourada, o debate "Estatuinte: por quê? Você conhece a universidade que temos?", aberto a toda a comunidade, levantou a importância da participação coletiva nas decisões públicas.

Nesta terça-feira (15), mais uma vez, a comunidade acadêmica foi convidada a se reunir para tratar do assunto no Auditório Flávio Miguel Schneider do Centro de Ciências Rurais. 

Os debatedores convidados pela Comissão Pré-Estatuinte foram o professor aposentado do Departamento de Direito da UFSM Elvandir José da Costa; o servidor técnico-administrativo da UFSM e membro do Conselho Universitário Alcir Luciany Lopes Martins; e a estudante da UFSM e diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE) Pâmela Kenne.

Em sua fala, Pâmela reforçou que o processo “mexe profundamente com a estrutura da Universidade” e deve atingir níveis e apresentar resultados para além da comunidade acadêmica. Para ela, a distribuição dos espaços de poder e decisão precisa se dar de forma igualitária, e os estudantes devem se engajar na causa e reivindicar melhorias.

Em vista das falhas tentativas anteriores de reformulação do Estatuto, o professor Elvandir José da Costa mencionou a necessidade de os grupos se articularem e “acumularem forças para conseguir debater em conjunto os melhores caminhos, que beneficiem todas as categorias”.

Nessa mesma linha, o técnico em assuntos educacionais Alcir Luciany Lopes Martins complementou: “É preciso entender a Estatuinte como um rico e potente processo de transformação da democratização. Democratizar significa dividir decisões, recursos, prestígio, conhecimento e respeito dentro da universidade, entre todas as categorias e para com a comunidade externa”.

Esta é a primeira vez que há uma mobilização maior em torno das alterações no Estatuto, e o secretário geral do Gabinete do Reitor, Marionaldo da Costa Ferreira, classifica a gestão como “corajosa”. A atividade irá fazer com que o processo de criação do regimento interno seja de plena participação e diálogo. Só assim, segundo ele, serão estabelecidas novas diretrizes, adequadas ao momento atual.

Nesta quarta-feira (16), a Multiweb transmite os debates que ocorrem nos campi de Frederico Westphalen, das 8h às 12h, e Palmeira das Missões, das 14h às 18h.

Outra atividade de discussão, prevista para o dia 14 de abril, deverá contar com convidados externos.

Os debates preparam para um próximo passo. A intenção é de que, até julho deste ano, 300 delegados – representando os diversos centros de ensino e unidades e também a comunidade externa – estejam empossados e elaborem mudanças no Estatuto.

Texto: Tainara Liesenfeld, acadêmica de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias

Fotos: Germano Molardi, acadêmico de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias