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UFSM
Universidade Federal de Santa Maria

Pesquisa da UFSM é vencedora do Prêmio Saúde-Editora Abril

O Prêmio SAÚDE reconhece e divulga pesquisas realizadas no Brasil em prol de uma vida mais saudável. Nesta edição, a XI, a premiação promovida pela Revista Saúde-Editora Abril teve como foco a nutrição. O evento foi realizado no dia 28 de novembro no Instituto Tomie Ohtake em São Paulo.

Jurados científicos elegeram, entre várias pesquisas e campanhas de prevenção, os 15 trabalhos finalistas desta edição, distribuídos em cinco categorias.

No segmento Trabalho Experimental, a pesquisa vencedora foi "Efeito neuroprotetor do açaí (Euterpe oleracea, Mart.): potencial uso como suplemento nutricional no manejo de doenças psiquiátricas", dos autores:Alencar Kolinski Machado, Euler Esteves Ribeiro, Aline Boligon, Ana Cristina Andreazza. Francine Carla Cadoná, Tatiane Morgana da Silva, Marcelo Soares Fernandes, Fernanda Barbisan, verônica Farina Azzolin, Graziele Castagna Weiss, Audrei de Oliveira Alves e Ivana Beatrice Mânica da Cruz. O trabalho faz parte dos projetos de pesquisa desenvolvidos pela professora Ivana Cruz, do Laboratório Biogenômica da UFSM, em parceria com a Universidade Aberta da Terceira Idade do Amazonas há mais de 10 anos.

No trabalho premiado, fizeram parte alunos dos Programas de Pós- Graduação PPG Bioquímica Toxicológica, PPG Farmacologia, PPG Tecnologia de Alimentos, PPG Gerontologia, todos da Universidade Federal de Santa Maria. O estudo premiado foi realizado em parceria com a Universidade de Toronto no Canadá, no Laboratório da Professora Ana C. Andreazza pelo egresso do Doutorado em Farmacologia, hoje professor da Unifra Alencar Kolinski Machado.

O estudo levou em conta que o número de pessoas com desordens como o transtorno bipolar vem aumentando e o uso prolongado dos medicamentos, capazes de controlar a oscilação de humor, pode resultar em disfunção renal, diabetes e hipertireoidismo. Os autores buscaram no açaí uma alternativa para ajudar a conter as manifestações de doenças psiquiátricas. Na investigação, foi avaliado o efeito do fruto nos neurônios, mais especificamente seu poder de corrigir uma disfunção nas células associada ao transtorno bipolar e à esquizofrenia. O pressuposto é que, por causa desse desarranjo, as células sofreriam com a maior geração de radicais livres. O açaí, famoso por sua capacidade energética, tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias – daí a hipótese de ter papel benéfico nesse processo. A simulação com o extrato do fruto realizada em laboratório conseguiu reverter os efeitos nocivos nas células – trazendo uma esperança para aliviar os sintomas dos distúrbios psiquiátricos e abrindo perspectivas para novos medicamentos.