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Revista Arco
Jornalismo Científico e Cultural

Lentes e corpos

Noites porteñas com a venezuelana Verônica. Grupos que buscam prazer sexual pela troca erótica de poder. Uma família circense paraguaia. Rede de amigos nus. O que liga todas essas situações, aparentemente desconexas? Ale Ruaro, com sua câmera e lentes viradas para o ser humano, seus medos, caretices e perversões. Ale diz que foi o destino que o colocou na fotografia, em 1996. Dos prêmios que ganhou, o mais valioso é o respeito de algumas pessoas. A escolha por fotografias em preto e branco ou em cor é, para ele, só uma questão de linguagem. Dos trabalhos que já fez, todos lhe comovem. O ser humano, ele diz, lhe emociona. Sobre ser o fotógrafo invisível atrás de suas lentes, acredita que é a sua fotografia que deve intrigar, incomodar e acalmar. Do submundo até a alta sociedade, Ale diz que fotografa o que o fascina: o corpo humano, seus espaços, fetiches e preconceitos. A profundeza do fotógrafo gaúcho  já se mostra nas poucas palavras que trocamos. Mas, é diante da suas fotografias que ela se desnuda. Então, vamos a ela. Naked Friends: Desnudo meus amigos, depois de um tempo vieram amigos de amigos, é uma rede, que está se tornando uma grande rede. O objetivo é desmistificar o nu, quebrar paradigmas. Retratos de nu, o corpo e os espaços. Verônica: Buenos Aires - Argentina 2011 Acompanho durante uma semana essa travesti venezuelana para sentir na pele o preconceito de uma travesti prostituta estrangeira. El Circo: Ciudad Del Este - Paraguai 2016 Uma semana observando as dificuldades de uma família circense do Paraguai. Você pode conferir um pouco mais do trabalho de Ale Ruaro aqui. Reportagem: Andressa Foggiato Infográficos: Lucas Durr Missau Fotografias: Ale Ruaro