Assim como a vida, o Jardim Botânico de Santa Maria está marcado por um longo processo evolutivo. É possível resgatar um breve histórico do JBSM desde que o professor Renato Aquino Záchia assumiu a sua direção, no ano de 1997. Na época, o órgão já possuía uma área delimitada com plantio de mais de 2.000 árvores, embora contasse com poucos funcionários e o acesso ao local fosse difícil, resultando em uma baixa visitação por parte da comunidade acadêmica e de Santa Maria.
Construída entre 2006 e 2018, a equipe do Jardim Botânico sempre mostrou a importância do trabalho coletivo e construiu este de forma horizontal, possibilitando grandes conquistas para este órgão suplementar da UFSM. Sem dúvidas, uma das maiores características do JBSM é ser um espaço que contribui para o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão na instituição, através de seu inúmero acervo botânico. Isto corrobora para o trabalho de bolsistas, por exemplo, que podem usufruir do JSBM não apenas na realização de tarefas de manutenção, mas também fomentando trabalhos acadêmicos relacionados aos seus cursos e atividades específicas. Na estrutura local destacam-se a construção de diversos viveiros temáticos, como o bromeliário, o cactário e o orquidário, além das coleções de plantas, como as medicinais e carnívoras, que foram possibilitados devido ao trabalho em equipe, construído ao longo de 12 anos.
Durante estes anos e até os dias atuais, a qualificação de atividades, a diversidade nas coleções de espécies e o início de construções para atender de forma mais profissional as funções de conservação da flora e da natureza corroboraram um dos princípios fundamentais do Jardim Botânico: a obtenção de sua visibilidade e o atendimento ao público. O JBSM é um dos jardins botânicos mais importantes do Rio Grande do Sul e também chega a ser reconhecido no estado de Santa Catarina, devido à preocupação da equipe em manter o local como um espaço de conservação da natureza e cenário da ações de educação formal e não formal. No ano de 2017, o JBSM atendeu 7.500 visitantes, o que representa um marco não apenas para o órgão, mas também para toda a UFSM. Entre estes visitantes, foram estudantes do ensino fundamental, acadêmicos da universidade e também a comunidade de Santa Maria. O público que o Jardim recebe é de grande significado, pois para o professor Renato Záchia, ex-gestor do JBSM, “um jardim botânico que não atende ao público não pode ser entendido como jardim botânico”.
Além disso, o local conta com uma equipe multidisciplinar ocupando o espaço do Jardim Botânico no intuito de desenvolver projetos de ensino, pesquisa e extensão com coleta de água da chuva e propostas ligadas à permacultura.
É graças a estes processos de comunicação exemplar e divulgação, os quais constroem a imagem do JBSM e reforçam os seus objetivos para com o público, sendo um espaço que vai desde a educação até o lazer, que tornam as atividades de rotina e o local conhecidas pela comunidade.