Na sexta-feira, dia 7 de junho, acontece a palestra "“A Aquisição de Crenças Religiosas e a Atribuição de Crenças Patológicas”, de José Eduardo Porcher. O evento acontece às 14h, na sala 2323 do prédio 74A (3º andar) com entrada livre.
O objetivo da palestra é examinar a pergunta ‘Por que a crença em Deus não é um delírio?’. Na primeira metade, é apresentada a distinção entre dois tipos de crença religiosa: institucional e pessoal. Então, passa-se em revista ao modo como a ciência cognitiva dá conta de processos culturais na aquisição e transmissão de crenças religiosas institucionais.
Na segunda metade, apresenta-se a definição clínica de delírio e sublinha-se o fato de que esta isenta crenças culturais do diagnóstico clínico. Finalmente, são explorados modelos cognitivos da atribuição intuitiva de transtornos mentais e como estes dão suporte à isenção cultural. Através da comparação dos modelos de aquisição cultural de crenças religiosas e de isenção cultural na atribuição do delírio, pretende-se tornar claro que podemos prover uma resposta à questão que motiva essa investigação: ainda que algumas crenças religiosas institucionais pareçam tão estranhas quanto os delírios mais extravagantes, seres humanos reconhecem facilmente que estas não são produto de disfunção mental devido ao fato de que a sua aquisição e transmissão está embutida em um contexto cultural.
A promoção da palestra é do Grupo de Estudos em Cognição e Realidade (GECR) do Departamento de Filosofia.