Além de apresentar a biografia de Thompson, que inclui estadia de Ritter nos Estados Unidos durante um ano estudando na New York University (NYU) através de estágio doutoral e participação na Gonzofest de Louisville (Kentucky), cidade natal de Thompson, o autor relaciona o estilo com a fala franca adotada pelo jornalista norte- americano em seus textos. “Hunter Thompson era o principal personagem de suas histórias. E, para isso, ele fazia uso da sua fala franca e assumia todos os riscos necessários para dizer a sua verdade nos principais veículos de comunicação dos Estados Unidos, como o jornal NewYork Times e as revistas Rolling Stone e Playboy”, destaca Ritter.
A obra conta com prefácio do jornalista, escritor e professor, Juremir Machado da Silva, e texto de abertura de duas pessoas que foram muito próximas de Hunter Thompson enquanto ele esteve vivo. Ron Whitehead, poeta de Louisville, destaca que acompanhou o trabalho de Ritter na sua estadia nos Estados Unidos. “Eu tive a honra de conhecer e conversar longamente com um dos principais estudiosos brasileiros do Jornalismo Gonzo e da vida e obra de Hunter Thompson, meu amigo Eduardo Ritter”, salienta em seu texto. Já Anita Thompson, viúva de Thompson,acentua que o cenário político e social vivido pelo Brasil aumenta a importância da obra de Ritter. “Como nos Estados Unidos, o Brasil também opera nas costas da classe trabalhadora e o trabalho de Hunter é um antídoto, que envolve, que motiva e que dá forças para lutar contra a corrupção dos poderosos”, acentua. Ela também relata que recebeu a visita de Eduardo Ritter em Owl Farm, fazenda em que Thompson viveu a maior parte da vida e onde escreveu algumas de suas principais obras, como Medo e Delírio em Las Vegas. “Das dezenas de escritores que produziram livros sobre Hunter, Eduardo é um dos que melhor conseguiu capturar o espírito gonzo totalmente”, comenta.
Com informações do jornalista Ronaldo Fronza