Desta segunda (6) até quarta-feira (8), a UFSM sedia o 1° Simpósio Internacional de Games, Mundos Virtuais e Tecnologias na Educação (Sigatec) e o 2° Seminário de Arte Interativa e Tecnologias de Informação e Comunicação. O objetivo é discutir, através de palestras e apresentações de trabalhos, as implicações do uso de jogos digitais, mídias locativas, mundos virtuais e tecnologias na educação para a aplicação de práticas pedagógicas tanto na universidade quanto no contexto escolar.
Segundo a professora do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (DLEM), Susana dos Reis, a realização do simpósio se dá pelo interesse comum de dois grupos de pesquisa que há dois anos vêm trabalhando na produção de um jogo com fins educativos. A intenção é discutir de que modo os jogos educacionais podem ser mais atrativos aos jovens, de modo que os jogos tenham conteúdos que gerem interação, mais especificamente aos alunos de ensino médio e ensino superior.
“Há várias pessoas que afirmam ter aprendido inglês jogando, uma das minhas preocupações é justamente isso, é ver em que medida o aluno realmente aprende no jogo”, salienta. Os jogos estão sendo desenvolvidos para educadores aplicarem e usufruírem desse complemento para uma aula mais dinâmica.
Um dos destaques do evento será a webconferência do professor da Arizona State Aplicada, James Paul Gee, além das palestras de vários professores renomados, como a pesquisadora Arlete dos Santos Petry e a professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Viviane Maria Heberle.
Para Susana, a importância do simpósio está no fato de que não é mais aceitável que os professores sejam indiferentes às práticas tecnológicas, onde os alunos dessa nova geração digital estão engajados e usam a internet e outras tecnologias como ferramenta de entretenimento e informação. Ela salienta que é preciso que os professores inovem e se insiram no uso desses meios, porque os alunos não estão saindo preparados da escola.
Os alunos inscritos para a apresentação de projetos de jogos educativos terão a oportunidade de mostrar suas propostas e também aprender mais sobre esse tema, ainda pouco recorrente nos meios educacionais.
O evento é uma parceriaentre os grupos de pesquisa GRPesq/CNPq - Nupead - Núcleo de Pesquisa, Ensino e Aprendizagem de Línguas a Distância e Interact, e o Laboratório de Línguas e o LabInter, do CAL.
Mais informações no site do evento.
Texto: Mariana Flores, acadêmica de Jornalismo, bolsista da Coordenadoria de Comunicação Social