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PET Agronomia
Programa de Educação Tutorial

Cuidados na pós-colheita: Armazenamento do arroz

O Estado do Rio Grande do Sul é responsável por grande parte da produção de arroz do Brasil. Por se tratar de uma cultura consumida durante todo ano, o grão precisa permanecer em armazenamento, seja através das indústrias/cooperativas ou com o produtor armazenando o produto na sua propriedade. Assim, existem alguns cuidados a serem observados na pós-colheita desse cereal.

Após todos os cuidados no campo, o produtor necessita continuar tendo atenção com sua produção. As fases antecedentes ao armazenamento são: a pré-limpeza, a qual consiste em retirar as impurezas que podem retardar a continuidade do processo; e a secagem, visando buscar um arroz com alta qualidade e um bom rendimento de grãos inteiros, os quais são secados até atingirem o teor de umidade adequado, que deve ficar entre 12% e 13%. Após o término desse processo, é preciso que os grãos passem por um resfriamento, a fim de evitar perdas, como as trincas. Após o resfriamento, o arroz é finalmente destinado ao armazenamento.

O armazenamento desse cereal normalmente é a granel, em silos metálicos ou de concreto. Nesses silos, é necessário ter um grande cuidado com a temperatura, que é um dos fatores mais importantes na manutenção de qualidade de sementes e grãos. Manter a massa de grãos em baixas temperaturas é o manejo mais importante do produto, pois através disso, ocorre o controle de pragas como carunchos, besouros e traças.

Quando está abaixo dos 18ºC o surgimento dessas pragas é desfavorecido. O monitoramento das pragas é realizado com a utilização de armadilhas. Caso essas pragas estejam presentes, é indispensável controlá-las eliminando os focos existentes, podendo ser quimicamente, através de inseticidas; pelo controle físico, manipulando a temperatura e umidade relativa do ar nos locais de armazenamento.

Diante desses cuidados, o armazenamento do arroz garante uma maior qualidade do alimento, permitindo a comercialização dos grãos ao longo do ano com preços mais atrativos aos produtores.

Autor:

Benhur Sari Severo, acadêmico do 5º semestre de Agronomia e bolsista do grupo PET Agronomia — Universidade Federal de Santa Maria