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ENERGIA EÓLICA-FONTE ALTERNATIVA DE GRANDE IMPORTÂNCIA



INTRODUÇÃO
            Energia eólica (EE) é a energia cinética contida nas massas de ar em movimento, ou seja, no vento. É possível se aproveitar esta energia de forma que haja uma conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o auxílio de turbinas eólicas (aerogeradores) para a geração de eletricidade (ANEEL, 2008).
1 História
A EE é utilizada a mais de 3000 anos pela humanidade (MARTINS et al., 2008) para auxiliar no di-a-dia da sociedade, como por exemplo no bombeamento de água, moagem de grãos além de outras aplicações que envolvem energia mecânica. No final do século XIX é que surgiram as primeiras tentativas de geração de eletricidade através do “vento”, porém apenas na década de 1970 é que houve um maior interesse nesta forma de energia, devido a crise internacional do petróleo. A primeira turbina eólica comercial ligada à rede elétrica pública foi instalada em 1976, na Dinamarca, e atualmente existem mais de 30 mil turbinas eólicas em operação no mundo. Segundo Martins et al. (2008), a evolução da capacidade instalada de geração de eletricidade de forma eólica, vem apresentando, desde a década de 1990, um crescimento acelerado em todo o mundo (Figura 1 a), assim como a evolução tecnológica dos aerogeradores (Figura 1 b).
Um dos principais gargalos da EE sempre foi o alto custo do material. No entanto, recentemente, vem se produzindo sistemas avançados em questão de equipamentos, reduzindo custos e melhorado o desempenho e a confiabilidade dos equipamentos.
Figura 1 – (a) Evolução da capacidade instalada de geração de eletricidade eólica no mundo e (b) Evolução tecnológica das turbinas eólicas comerciais, onde: D = diâmetro; P = potência e H = altura, entre 1980 e 2002. Fonte: Adaptado de Martins et al., (2008).
2 Energia eólica no Brasil
            No Brasil, é possível produzir energia a custos competitivos em relação a outras fontes de energia elétrica, como termoelétricas, nucleares e hidráulicas, desde que com regras e incentivos adequados. A geração de energia a partir de turbinas eólicas teve início em julho de 1992, com a instalação de uma turbina de 75 KW na ilha de Fernando de Noronha. frisa que a EE, em regiões com potencial de ventos (Figura 2), é uma grande alternativa energética, pois é uma energia limpa, adequando-se ao um “Desenvolvimento Sustentável” (ANEEL, 2008). O Brasil totalizou a inserção de 208 MW ao longo de 2006, fechando o ano com 237 MW de capacidade instalada. Esse acréscimo se deve principalmente à instalação dos parques eólicos de Osório no Rio Grande do Sul,  que totalizam 150 MW (GWEC, 2006). De forma a complementar, pode-se destacar que, segundo ANEEL (2008), ao longo dos 630 km de extensão do litoral do Rio Grande do Sul existem 986 km² de areia e dunas, com ventos constantes e intensos. Além disso, tem-se no interior do estado (coxilhas da campanha), muitos ventos que se unem ao minuano e compõe um dos potenciais eólicos mais promissores e importantes do país. Porém a realidade brasileira se apresenta muito longe do ideal, pois a participação da energia eólica na geração de energia elétrica ainda é pequena. Em setembro de 2003 havia apenas 6 centrais eólicas em operação no país. Entre estas, destacam-se Taíba e Prainha, no estado do Ceará, as quais  representam 68% do parque eólico nacional. (ANEEL, 2008).
Figura 2 – Regiões com potenciais de ventos para geração de energia eólica. Fonte: Adaptado de Feitosa, E. A. N. et al. (2003) apud ANEEL (2008).
 
3 Tecnologias para energia eólica
           
Consiste basicamente no emprego turbinas eólicas para que se possa aproveitar a energia limpa e renovável que o vento nos oferece.
            No início da utilização da energia eólica, surgiram turbinas de vários tipos, porém com o passar dos anos consolidou-se o projeto de turbinas eólicas com as seguintes características: eixo de rotação horizontal, três pás, alinhamento ativo, gerador de indução e estrutura não-flexível conforme a Figura 3 (CBEE, 2000 apud ANEEL, 2008).
Figura 3 – Turbina eólica. Fonte: CBEE/UFPE (2000) apud ANEEL (2008).
            Conforme ANEEL (2008), a capacidade de geração elétrica das primeiras turbinas eólicas
desenvolvidas em escala comercial era entre 10 kW e 50 kW e nos dias atuais tem-se protótipos de 3,6MW e 4,5MW sendo testados na Espanha e Alemanha. Nos últimos anos, as inovações tecnológicas aplicadas foram, a utilização de acionamento direto com geradores síncronos e novos sistemas de controle que permitem o funcionamento das turbinas em velocidades variáveis.
            As turbinas podem ser aplicadas de duas formas: ligadas a redes elétricas, adicionando a sua energia a redes normais de distribuição de energia hidroelétrica; ou, destinadas ao suprimento da demanda de energia elétrica de pequenas comunidades de forma isolada. Podem ser instaladas em terra firme (Figura 4) ou mesmo em mar aberto (Figura 5) (neste caso, tem-se turbinas de grande porte).
Figura 4 – Turbinas eólicas em terra firme. Fonte: http://www.globalgeo.com.br
 
 
Figura 5 – Turbinas eólicas em mar aberto. Fonte: http://www.grupoenerbio.com.br
4 Impactos socioambientais
            Segundo ANEEL (2008), a geração de energia elétrica por meio de turbinas eólicas constitui uma alternativa para diversos níveis de demanda. Com tamanha aplicação, esta forma de produzir energia elétrica, contribui para: a) redução da emissão de poluentes atmosféricos pelas usinas térmicas; b) diminuição da necessidade da construção de grandes reservatórios e; c)  redução do risco gerado pela sazonalidade hidrológica, ou seja, da alternância de períodos chuvosos e secos. Porém também existem impactos negativos desta prática, os quais são: a) visuais, causados pelo excesso de equipamentos, os quais modificam a paisagem, embora às vezes embeleze o local; b) sonoros, causados pelo ruído das turbinas e; c) perturbações eletromagnéticas, as quais podem atrapalhar os sistemas de comunicação e etc.
REFERÊNCIAS:
Aneel: <http://www.aneel.gov.br/>


Enerbio: <http://www.grupoenerbio.com.br/blog/tag/energias-renovaveis-2/page/4/>

Global Wind Energy Council, Global Wind 2006 Report. Disponível em: <http://www.gwec.net/index.php?id=8.>

Autor: Diego Henrique Simon

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